Retorno do horário de verão é descartado pelo governo

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Ministério de Minas e Energia decide não retomar horário de verão em 2024 devido a melhora nos reservatórios e falta de tempo para setores se adequarem.

BRASÍLIA, 16 de outubro de 2024 – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta (16), que o governo não retomará o horário de verão neste ano. A decisão foi tomada após avaliação de que houve melhora no cenário das chuvas e nos reservatórios das hidrelétricas.

O anúncio ocorreu após reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período”, declarou Silveira. “Temos a segurança energética assegurada e início de restabelecimento da condição hídrica.”

Além disso, considerou-se que setores importantes da economia teriam pouco tempo para ajustar suas operações ao retorno do horário de verão. Empresas aéreas, por exemplo, afirmam necessitar de pelo menos 180 dias para se adaptarem à mudança.

JUSTIFICATIVAS PARA A DECISÃO

O governo também levou em conta que a medida não traria benefícios significativos neste momento. O horário de verão, adotado oficialmente no Brasil em 1985, tinha como objetivo economizar energia ao aproveitar uma hora a mais de luz natural.

Em 2019, um decreto do então presidente Jair Bolsonaro extinguiu o horário de verão, alegando mudanças no comportamento da sociedade. A possível volta da medida foi sugerida pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), mas com foco em reduzir o acionamento de termelétricas.

Nos próximos meses, o governo avaliará se o horário de verão será retomado em 2025. Entretanto, por agora, a decisão é de manter a situação atual, considerando os fatores apresentados.

IMPACTOS NO SETOR ECONÔMICO

Setores como o de aviação teriam dificuldades em se adaptar ao retorno imediato do horário de verão. As companhias aéreas destacam a necessidade de um prazo mínimo para reorganizar suas operações e cronogramas.

O ministro ressaltou que a segurança energética está assegurada e que há um início, ainda que modesto, de recuperação das condições hídricas. Dessa forma, não há urgência para reintroduzir o horário de verão.

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