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Bancários do Maranhão ameaçam entrar em greve

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Greve Bancos
Assembleia Geral deliberou estado de greve em resposta a propostas insuficientes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

MARANHÃO, 22 de agosto de 2024 – Os bancários do Maranhão decidiram, em Assembleia Geral realizada nesta quarta (21), em São Luís e Caixas, deflagrar estado de greve em todo o estado.

A categoria está preparada para paralisar as atividades a qualquer momento, caso a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) continue a apresentar propostas consideradas insuficientes, que desconsideram as principais reivindicações dos trabalhadores, incluindo aquelas que beneficiariam diretamente a população.

“Conclamamos nossos colegas de todo o Brasil a pressionarem seus sindicatos para se unirem rumo a uma paralisação geral. O Maranhão não fará greve sozinho, mas, pelo exemplo, esperamos levar a categoria à conscientização em âmbito nacional. Sem uma greve geral, continuaremos a perder direitos e a ver nossos salários e a nossa saúde serem corroídos pela ganância dos bancos. Não podemos permitir. Unidos, bancários(as), podemos avançar muito mais”, afirmou Rodolfo Cutrim, coordenador-geral do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Maranhão (SEEB-MA).

Os bancários maranhenses estão reivindicando um aumento salarial de 34,47%, reposição das perdas salariais, participação nos lucros (PLR linear), garantia de emprego, mais contratações, convocação de concursados, fim das metas abusivas, do assédio moral, das demissões e das reestruturações.

Além disso, exigem medidas de combate ao adoecimento, melhoria na assistência à saúde da categoria e atendimento digno aos clientes. Apesar das demandas, os bancos têm se recusado a atender as pautas sociais, oferecendo um reajuste inferior à inflação, mesmo após lucrar R$ 145 bilhões em 2023.

Durante a Assembleia, foi aprovada a participação no Dia Nacional de Mobilização, que ocorrerá na segunda (26) em várias cidades do Maranhão e do país. Em São Luís, a concentração será no Banco do Brasil da Praça Deodoro, a partir das 9h.

A mobilização visa retardar a abertura das agências até o meio-dia, como forma de pressionar os banqueiros e o governo, patrão dos bancos públicos, a apresentarem uma proposta digna na rodada de negociação marcada para o dia 27 de agosto.

“Chega de enrolação: proposta digna ou greve. Sem mobilização, não haverá novas conquistas. Vamos à luta”, finalizou Rodolfo Cutrim.

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