BRASIL, 21 de junho de 2024 – Após uma breve queda em 2023, quando os preços dos alimentos recuaram 0,52%, analistas preveem uma pressão inflacionária significativa devido a eventos climáticos adversos e a valorização do dólar.
Instituições financeiras revisaram suas projeções e agora esperam um aumento de 4,5% a 7,5% nos preços dos alimentos essenciais da cesta básica.
O El Niño mais intenso, as chuvas devastadoras no Rio Grande do Sul e a antecipação do La Niña são os principais fatores apontados para a alta nos preços.
Segundo especialistas, a previsão de inflação geral é de cerca de 3,96% para o ano, conforme o Boletim Focus, mas os alimentos devem superar essa média.
Produtos como arroz, legumes, verduras e frutas não devem apresentar reduções significativas no segundo semestre. Há também a possibilidade de aumento nos preços de carnes e leite, que tiveram quedas nos últimos 12 meses.
O Banco Central interrompeu o ciclo de redução da taxa Selic, mantendo-a em 10,5% ao ano. A alimentação, segundo Ribeiro, pode contaminar outras expectativas inflacionárias para 2025.
Os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul podem se estender a commodities como arroz, trigo e soja, afetando cadeias produtivas de pães e carnes.
Analistas preveem que alimentos como legumes, hortaliças, frutas, frango e óleo de soja terão aumentos superiores à média da inflação geral em 2024.