MARANHÃO, 29 de abril de 2024 – Um estudo recente realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), utilizando dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), trouxe projeções preocupantes para as finanças do Governo do Maranhão.
Segundo esse levantamento, o estado pode enfrentar um déficit de R$ 133 milhões até o final de 2024.
O relatório, divulgado na última sexta (26), aponta que o saldo negativo total das contas públicas pode chegar a R$ 29,3 bilhões, com a maioria dos estados enfrentando dificuldades financeiras.
Das 27 unidades da federação, apenas quatro devem fechar o exercício deste ano com um saldo positivo ou zerado na relação entre receitas e despesas.
No contexto regional, o Maranhão figura como o 19º estado com o maior déficit estimado para 2024. Na comparação dentro da região Nordeste, ocupa a 8ª posição, com um déficit previsto maior apenas do que Alagoas. Estados como Ceará, Bahia e Paraíba lideram a lista com déficits significativos.
Entre os estados com saldo positivo nas finanças, destacam-se São Paulo, Amapá, Espírito Santo e Mato Grosso. Em contrapartida, o Rio de Janeiro é o estado com o maior déficit estimado para 2024, seguido por Minas Gerais e Ceará.
A situação econômica desafiadora também é compartilhada por Paraná e Rio Grande do Sul.
A análise da Firjan aponta para diversos fatores que contribuem para essa situação, incluindo gastos desequilibrados e o impacto econômico da pandemia.
A alteração no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis e energia, em 2022, é citada como um dos elementos que afetaram as receitas estaduais. Além disso, as despesas com pessoal, especialmente as previdenciárias, exercem um peso considerável no orçamento.
Apesar da reforma da previdência realizada em 2019, o estudo ressalta que essa medida não foi suficiente para garantir o equilíbrio financeiro nesse campo.
Em 2022, o déficit previdenciário total das unidades da Federação atingiu a marca de R$ 86,1 bilhões.