MARANHÃO, 29 de dezembro de 2023 – A Baixada Maranhense enfrenta uma seca considerada a pior dos últimos 10 anos, afetando mais de 20 municípios no Maranhão.
A escassez de água na região, conhecida por suas planícies e lagoas durante a estação chuvosa, atinge diretamente a população que depende dos recursos aquáticos para pesca e outras atividades.
O Lago de Itans, abrangendo 4 km², é uma área vital na Baixada Maranhense. Após seis meses de estiagem, transformou-se em um córrego, deixando os pescadores em desespero.
Estima-se que cerca de cinco toneladas de peixes tenham perecido devido à seca, impactando a vida de aproximadamente 10 mil pescadores que dependem diretamente do lago.
A falta de água, oxigênio e as altas temperaturas têm sufocado os peixes, levando à morte em massa. Pescadores se veem obrigados a resgatar os peixes ainda vivos, tentando salvá-los em meio aos resíduos em decomposição.
A seca compromete não apenas a economia local, mas também a subsistência das comunidades, uma vez que cerca de 90% dos pescadores se alimentam do que é produzido no lago.
A situação afeta a reprodução das espécies, impactando ainda mais a economia local, especialmente durante a piracema, período em que o governo fornece auxílio aos pescadores. Os animais, em busca de água, perambulam pelos campos secos, agravando a situação.
O governador Carlos Brandão anunciou que buscará soluções para impedir a seca no Lago de Itans. A Secretaria de Meio e Recursos Naturais (Sema) alegou que monitora as condições hidrometeorológicas do estado, e há previsão de reforço de chuvas nos primeiros dias de 2024.
Já o secretário de Estado do Meio Ambiente, Pedro Chagas, reforçou o monitoramento das condições e divulgação de dados para tomada de medidas que minimizem os impactos socioambientais.