CONFLITO

Entenda o conflito que gera onda de violência entre Israel e Palestina

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Israel Palestina
Movimento islâmico armado bombardeou Israel neste sábado, deixando centenas de mortos e milhares de feridos. Conflito já dura mais de 70 anos.

O movimento islâmico armado Hamas bombardeou Israel na manhã deste sábado (7), pelo horário local, em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.

Ao reivindicar a ofensiva, o Hamas afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território.

O conflito entre Israel e a Palestina mistura política e religião e já se estende há décadas, tendo deixado milhares de mortos e feridos em ambos os lados.

O que está acontecendo agora?

Neste sábado (7), o Hamas bombardeou Israel , em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. Há centenas de mortos e feridos.

Os ataques aconteceram principalmente na parte sul do país. Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”.

Ao reivindicar a ofensiva, o grupo afirmou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território.

Como começou o conflito?

O conflito entre Israel e Palestina já dura décadas. Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na Palestina, sob mandato britânico. A proposta foi aceita pelos líderes judeus, mas rejeitada pelo lado árabe e nunca foi implementada.

Sem capacidade de resolver a situação, os governantes britânicos partiram e o Estado de Israel foi proclamado pelos líderes judeus no ano seguinte, causando revolta entre os palestinos e resultando na Guerra árabe-israelense de 1948.

Em meio a diversos impasses sobre os territórios, em 1967 veio a Guerra dos Seis Dias, que mudou o cenário na região. Vitorioso, Israel tomou à força a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, então sob controle da Jordânia, bem como a Faixa de Gaza, sob administração egípcia. À época, 500 mil palestinos fugiram.

Desde então, em meio a outros conflitos e enfrentamentos, o país anexou Jerusalém Oriental (onde estão localizados santuários venerados por cristãos, judeus e muçulmanos) e continua a ocupar a Cisjordânia, mas se retirou em 2005 da Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islâmico Hamas desde 2007.

A solução de referência da comunidade internacional é a criação de um Estado palestino que coexista em paz com Israel.

A resolução do conflito, no entanto, ainda se choca em disputas que parecem cada vez mais insolúveis, como a segurança de Israel, as fronteiras, o estatuto de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos que fugiram ou foram expulsos de suas terras, por exemplo.

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