O Tribunal Superior Eleitoral formou maioria nesta sexta (30) em favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por 8 anos, devido a abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
A ministra Cármen Lúcia, quinta a votar, anunciou seu apoio ao relator, ministro Benedito Gonçalves, para declarar a inelegibilidade de Bolsonaro e a absolvição de Braga Netto. Ainda restam os votos dos ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes.
A ação, apresentada pelo PDT em agosto de 2022, baseia-se na reunião do ex-presidente com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do mesmo ano. Durante o encontro, Bolsonaro fez críticas ao sistema eleitoral brasileiro, às urnas eletrônicas e ao STF e TSE. O tribunal já havia decidido pela absolvição do candidato a vice-presidente na chapa, o general Braga Netto.
Com essa decisão, Bolsonaro ficará inelegível por 8 anos a partir do pleito de 2022, o que o impedirá de participar das próximas três disputas eleitorais (2024, 2026 e 2028).
A defesa de Bolsonaro já anunciou que recorrerá ao STF, mas isso só será possível após a apresentação de todos os recursos perante a Corte Eleitoral.