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Há poucas semanas atrás o vereador Paulo Victor (PCdoB) figurava entre os mais proeminentes secretários do Governo Carlos Brandão. Caberia ao ex-secretário realizar o que, nas próprias palavras dele, seria o “maior São João” da Terra. No fim de semana, inexplicavelmente, o vereador deixou o cargo no governo e anunciou seu retorno à presidência da Câmara Municipal de São Luís.
A notícia surpreendeu toda a classe política porque, pelo menos até o fim de semana, tinha como clara a estratégia de Paulo Victor em catapultar sua pré-candidatura por meio da gestão à frente da Secretaria de Cultura do Estado.
A guinada repentina gerou desconfiança em relação aos motivos que teriam determinado a saída do governo e retorno à presidência. Após a manobra, o real poder de planejamento e articulação do pretenso candidato a prefeito de São Luís é colocada em dúvida.
A COLETIVA
O retorno do parlamentar foi antecedido por entrevista coletiva concedida nas dependências da Câmara de Vereadores. Paulo Victor iniciou sua coletiva afirmando que a volta para o cargo de presidente da Câmara de Vereadores foi programada.
A declaração reforça certa confusão estratégica, uma vez que o vereador permaneceu no cargo de secretário por 60 dias. O retorno passageiro ao cargo era programado?
“Retorno com o intuito de fazer o enfrentamento positivo. Assumir a responsabilidade de ser pré-candidato à prefeito de nossa cidade”, disse o presidente durante a coletiva.
Logo após afirmar que não pretende usar o cargo para fazer, em suas palavras, “politicagem”, o vereador anunciou o recebimento de três pedidos de afastamento do prefeito Eduardo Braide. Por coincidência, todos os 3 pedidos foram recebidos ao mesmo tempo poucas horas antes do parlamentar reassumir a presidência da casa.
O movimento foi visto por todos como uma franca e indiscutível declaração de guerra total contra o prefeito Eduardo Braide.
Além dos pedidos de afastamento protocolados às 8h da manhã de hoje, Paulo Victor ainda afirmou que iniciou coleta de assinaturas para a criação de uma CPI da Saúde que pretende investigar a Prefeitura de São Luís.
Em relação à sua saída da Secretaria de Cultura, Paulo Victor tentou fazer parecer que a saída se deu em comum acordo com o governador Carlos Brandão.
“Não poderia fazer oposição ao prefeito enquanto secretário de estado”. Acontece que, desde quando assumiu a secretaria, Paulo Victor já sabia que seria oposicionista ao prefeito.
Em determinado momento o presidente assumiu que o suposto momento de crise vivido por Eduardo Braide foi fundamental para seu retorno à presidência da casa.
O fato é que o retorno do parlamentar à Presidência da Câmara de São Luís, além de repentino, gerou desconfiança sobre a solidez dos planos para 2024.
Respostas de 3
Essa “guinada” é para tentar afastar o prefeito via impeachment, acredito eu.
Afastar um prefeito do cargo com aprovação acima dos 50% é complicado. A verdade é que PV fez muito barulho no carnaval e no São João passado. No carnaval socorreu folião desmaiado, dava banho de mangueira no povao, fez o diabo, mas não decolou. Segundo se sabe, pontua em toda pesquisa perto de 0%. Particularmente eu não gosto do estilo trator dele. É truculento, grosso, parece ser do tipo que passa por cima da mãe pra chegar onde quer. Ele não me agrada como político.
Ah isso eu concordo. Esse estilo grosseirão não cola !