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Brasil gasta mais em política do que em saneamento básico

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Só em 2022, o país gastou 6 bilhões financiando candidaturas, sendo que nos últimos sete anos, investiu 5,8 bilhões de reais em saneamento.

Enquanto cerca de 35 milhões continuam sem acesso à água potável e 100 milhões sequer possuem acesso à coleta de esgoto, o governo federal prefere gastar dinheiro público em política eleitoral do que investir em saneamento básico.

Só para se ter uma ideia, nos últimos sete anos, o Brasil investiu 5,8 bilhões de reais em projetos de saneamento básico, o que representa uma média de 833 milhões por ano, com declínio de 20% em 2022. E na temporada eleitoral, também do ano passado, em 2022, o país gastou 6 bilhões no financiamento público de partidos políticos e candidaturas ao Executivo e Legislativo.

Em capitais como Belém, Porto Velho, Macapá e muncípios da Baixada Fluminense (Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti) a coleta é rarefeita e, praticamente, não existe tratamento de esgoto. De acordo com o Instituto Trata Brasil, São Luís é a 15ª cidade com o pior serviço de saneamento básico no Brasil entre os 20 municípios com as piores colocações do Ranking do Saneamento 2023.

Segundo dados do Divulgacand – Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 279 candidatos que disputaram as eleições 2022 no Maranhão e que receberam recurso do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

Conforme levantamento da Folha do Maranhão, com dados do TSE, o PSB foi o partido que mais recebeu recursos do FEFC. Ao todo, R$ 20 milhões, seguido do MDB com R$ 12 milhões e o Podemos com R$ 9 milhões. Dando continuidade na lista, PDT e PSD aparecem logo em seguida, cada com R$ 8,6 e R$ 8,5 milhões; respectivamente cada.

Para o candidato ao cargo de governador, Carlos Brandão, do PSB, foi o que mais recebeu dinheiro do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) com R$ 5.010.000,00. No senado, Flavio Dino, também pelo PSB, recebe o montante de R$ 2.950.000,00.

Quanto ao cargo de deputado federal, o candidato Fábio Macedo, do Podemos, foi o que mais recebeu dinheiro do Fundo Eleitoral. Ao todo, R$ 3.176.572,53. Já para o cargo de deputado estadual, Inácio Melo, pelo PSDB, recebeu R$ 1,270.629,00.

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