O senador Sergio Moro concedeu entrevista à Jovem Pan em que afirmou, categoricamente, que o atos de vândalos acontecidos no último dia 8 de janeiro não irão melindrar a oposição. “A gente não pode utilizar esse episódio de 8 de janeiro para simplesmente desistir de fazer oposição ao governo do PT ou criminalizar qualquer espécie de oposição. Às vezes eu me preocupo muito que a gente observa uma tentativa de classificar todo mundo que se opõe ao governo do PT como de extrema-direita. Numa democracia, temos soluções democráticas. Não é porque houve essa tragédia do 8 de janeiro que vamos nos curvar ao governo do PT”, disse.
Sérgio Moro reiterou que seu mandato irá ter como fundamento principal o combate à corrupção. “O governo do PT não tem mostrado projeto para o país. Meu objetivo não é acertar contas com o passado, é trabalhar para o futuro. Vou defender no Congresso Nacional a prisão em segunda instância, por mais que essa seja uma pauta difícil. Continuo defendendo o fim do foro privilegiado, acho que isso não se justifica numa República.”
Sergio Moro ainda afirmou que a oposição deve se sobressair a figura de Jair Bolsonaro. “Acho que é muito cedo para fazer qualquer tipo de diagnóstico, a oposição não deve se pautar em cima de um indivíduo. O que a gente tem hoje no Senado é um grupo de parlamentares que se colocam claramente como oposição, uma oposição racional a esse governo. É o meu caso, não acredito nas pautas do PT, acredito em abertura da economia, combate à violência, proteger o cidadão, combater a corrupção”, pontuou. O desenvolvimento econômico não pode se basear nessa ideia de nós contra eles, rico contra pobres. A gente está vendo o que me preocupa muito: esses ataques do presidente da República ao regime de metas da inflação, ataques ao Banco Central. Isso nos leva para trás, o que nós temos que fazer é organizar um grupo coeso que não se renda ao fisiologismo para fazer essa oposição”, concluiu.
Com informações da Jovem Pan.