O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou um pedido da Alemanha que solicitava o envio de munição para tanques Leopard-1 que devem atuar contra a invasão russa na defesa da Ucrânia. O Brasil é um dos 4 países que ainda operam o veículo.
A decisão de Lula em negar ajuda aos ucranianos aconteceu ainda na semana passada em reunião do petista com os chefes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio.
Lula justificou argumentando que a ajuda poderia desencadear retaliações russas. O Brasil, apesar de ter condenado na ONU a invasão iniciada em 24 de fevereiro de 2022, mantém uma posição de neutralidade por motivos econômicos, recusando participar de sanções contra a Rússia do presidente Vladimir Putin.
O Leopard-1 só é operado por Brasil (261 unidades, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, de Londres), Chile (30), Grécia (500) e Turquia (397). O tanque tem um canhão com calibre de padrão antigo, de 105 mm, enquanto o Leopard-2 usa munição de 120 mm.
Além de ajudar a ucrânia contra a invasão, o Brasil ainda embolsaria cerca de R$ 25 milhões por um lote de munição estocada para seus tanques Leopard-1.