CASO HENRY BOREL

Funcionária pública acusada de matar filho é mantida no cargo por estabilidade

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Investigações mostram que Monique Medeiros participou da morte da criança Henry Borel. Funcionária concursada, ela mantém emprego por estabilidade

Acusada de assassinar o próprio filho, a funcionária pública Monique Medeiros voltou a ocupar cargo na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME). Segundo a Polícia, Monique assassinou o próprio filho, Henry Borel, em 2021. Por conta da estabilidade, Monique não pode ser exonerada.

Segundo as investigações, Henry foi assassinado após uma sessão de tortura promovida pelo padrasto, o vereador conhecido como Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. Henry tinha 4 anos na época e o crime, ainda segundo a polícia, contou com a participação da própria mãe, Monique.

As provas coletadas pela Polícia vão desde mensagens de telefone celular a relatos de agressões anteriores sofridas por outras crianças por Jairinho

A acusada chegou a ser presa, mas foi solta após decisão do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Com o retorno ao trabalho, ela passa a receber remuneração bruta de R$ 3,1 mil. A volta de Monique tem causado constrangimentos aos demais funcionários da secretaria.

Em nota, o órgão municipal informou que não há como Medeiros ser afastada. Segundo o documento, a orientação jurídica recebida pela Secretaria Municipal de Educação foi de que como a servidora foi solta pelo Superior Tribunal de Justiça e ainda não houve sentença condenatória, não há como a servidora concursada ser afastada e ter sua remuneração suspensa, razão pela qual ela retornou ao trabalho, em função administrativa no almoxarifado da Secretaria.

Por meio das redes sociais, o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, afirmou que há um processo administrativo pedindo a demissão de Monique.

“Se dependesse de mim, Monique Medeiros já teria sido demitida há muito tempo, mas sabemos como a Justiça demora no Brasil. Desde que aconteceu este caso absurdo, instauramos um processo administrativo, mas como ela foi solta pela Justiça e ainda não houve sentença condenatória, a orientação jurídica recebida pela Secretaria é de que não há como a servidora ser afastada e ter a remuneração suspensa, mas será mantida longe da sala de aula e das nossas escolas”, escreveu.

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