Proporção de pessoas inadimplentes cresce no Brasil

BRASIL, 05 de setembro de 2023 – A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelou um aumento na proporção de pessoas com dívidas atrasadas e daqueles que não acreditam poder quitar esses atrasos. Essa situação preocupa e impacta significativamente os brasileiros, com 30% deles enfrentando dívidas em atraso, um resultado igual ao de dezembro de 2022. Na oportunidade, Izis Ferreira, economista responsável pela Peic, explica que esse cenário se relaciona com a diversificação das modalidades de dívida que os consumidores possuem. “Estamos falando de um consumidor [por exemplo] que tem dois, três cartões de crédito e um crédito pessoal ou consignado, um financiamento. Com mais modalidades de dívida, está difícil de esse consumidor conseguir pagar todas dentro do prazo de vencimento”, considerou a economista. Outro aspecto alarmante da pesquisa é o número de consumidores que acreditam que não poderão pagar as contas em atraso, continuando inadimplentes. Esse número atinge 12,7%, o maior já registrado desde o início da série histórica em janeiro de 2010, especialmente afetando aqueles com renda de até três salários mínimos. O cartão de crédito se destaca como a principal fonte de endividamento, afetando 85,5% dos consumidores. Outras modalidades de dívidas significativas incluem carnês (17,1%), crédito pessoal (9,2%), financiamento de carro (7,9%) e financiamento de casa (7,5%). A pesquisa também revela que o tempo médio de comprometimento com dívidas é de 6,9 meses, enquanto o tempo médio de atraso nos pagamentos é de 63 dias. A parcela da renda comprometida com dívidas é de 29,9%. A CNC (Confederação Nacional do Comércio) estima que a proporção de endividados deve continuar diminuindo nos próximos meses, chegando a cerca de 77% entre setembro e outubro. No entanto, prevê um aumento no endividamento no final do ano, encerrando 2023 em torno de 78% do total de famílias.
Imposto na AliExpress em compra acima de $50 passa a ser 92%

BRASÍLIA, 04 de setembro de 2023 – Os brasileiros que costumam fazer compras na AliExpress, um dos maiores sites de compras do mundo, enfrentarão um aumento significativo nos impostos. A partir de agora, as compras acima de $50 serão taxadas em 92%, de acordo com o programa de taxação “Remessa Conforme” do governo brasileiro. Isso ocorre apesar das previsões anteriores de que essa taxação não seria repassada aos consumidores finais. A notícia foi comunicada pela equipe do AliExpress Brasil, que obteve a certificação do programa governamental e, como resultado, passará a aplicar a taxação na fonte. Para compras abaixo de $50, o governo estabeleceu uma taxa de 17%, que corresponde apenas ao ICMS. No entanto, para compras acima desse valor, o valor permanece em 92% do total. Essa mudança nas taxas de importação surpreendeu muitos consumidores brasileiros que frequentemente compram produtos na AliExpress, já que anteriormente se acreditava que a taxação não afetaria significativamente o custo final dos produtos. No entanto, o aumento de 92% pode praticamente dobrar o preço das mercadorias, o que preocupa os consumidores. O programa “Remessa Conforme” do governo brasileiro visa aumentar a arrecadação de impostos sobre produtos importados, mas essa decisão vai na contramão do que havia sido cogitado anteriormente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pela primeira-dama, Janja. Eles haviam afirmado que essa taxação não seria repassada aos consumidores finais, mas apenas às empresas.
Dino espalha Fake News sobre funcionamento de Suprema Corte

BRASÍLIA, 05 de setembro de 2023 – O Ministro da Justiça, Flávio Dino, espalhou informações incorretas sobre o funcionamento da Suprema Corte dos Estados Unidos quando alegou que não é possível saber a posição individual dos ministros da Suprema Corte dos EUA em cada votação é falsa. Dino fez essas declarações enquanto buscava agradar o presidente Lula, que defendeu a ideia de que a sociedade “não tem que saber” como os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro votam em suas decisões. No entanto, a afirmação de Dino contradiz os fatos. Nos Estados Unidos, é possível saber como cada ministro vota em cada caso da Suprema Corte. Quando um caso chega à Suprema Corte americana, há uma sessão aberta ao público em que são feitas as sustentações orais. Em seguida, os ministros se reúnem a portas fechadas para deliberar. Cada ministro pode concordar com a maioria, concordar com o voto mas não com os argumentos, ou divergir. A informação sobre como votou cada ministro é pública e disponível para consulta. No caso mais recente e polêmico da Suprema Corte dos EUA, que envolveu a suspensão da garantia do direito ao aborto no país, foi possível identificar como cada ministro votou. Alguns ministros votaram a favor da suspensão, enquanto outros votaram contra.
Votação de acusação de assédio contra Márcio Jerry é adiado

BRASÍLIA, 05 de setembro de 2023 – O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados adiou a votação sobre a denúncia de assédio sexual envolvendo o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) e a deputada Júlia Zanatta (PL-SC). O caso gira em torno de alegações de assédio ocorridas durante uma discussão na comissão de segurança pública da Casa. Embora o relator, deputado Ricardo Maia (MDB-BA), tenha recomendado o arquivamento do processo em agosto, a votação tem sido adiada pelo colegiado. Além disso, o Conselho de Ética tomou decisões em relação a outras denúncias nesta terça. Os processos envolvendo as deputadas Juliana Cardoso (PT-SP), acusada de chamar os deputados defensores do marco temporal para demarcação de terras indígenas de “assassinos”, e Talíria Petrone (PSOL-RJ), acusada de quebrar o decoro parlamentar ao alegar que o deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI do MST, tinha relação com crimes ambientais, foram arquivados. Durante a mesma sessão, o deputado Josenildo Ramos (PDT-AP), relator do processo envolvendo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), solicitou o arquivamento do caso relacionado ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ramos justificou que Eduardo agiu impulsivamente em resposta a declarações do deputado Dionilso Marcon (PT-RS) sobre o atentado a faca contra Jair Bolsonaro. No entanto, devido a um pedido de vista feito pelo deputado Chico Alencar (Psol-RJ), a sessão para avaliar o caso de Eduardo Bolsonaro foi adiada.