TV Câmara mostra o rastro de destruição deixado pelos invasores do Congresso
Repórter Lincoln Macário percorre as dependências do Congresso Nacional invadidas no domingo por radicais defensores do golpe de estado.
MPF recebe denúncias contra participantes dos ataques ocorridos em Brasília
O Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão está recebendo denúncias que possam ajudar nas investigações e na identificação dos participantes dos atos violentos que resultaram em invasão de prédios e depredação do patrimônio público ocorridos nesse domingo (8/1) em Brasília (DF). Sendo assim, o MPF pede para todos que conhecerem alguém do Maranhão que realizou atos criminosos em Brasília neste domingo, denunciem na Sala de Atendimento ao Cidadão (clique aqui). Pelo formulário, é possível anexar aquivos e enviar relatos ou informações. As pessoas podem solicitar que os dados pessoais sejam mantidos em sigilo. Assessoria de Comunicação Ministério Público Federal no Maranhão Twitter:@MPF_MA Atendimento à Imprensa – 9h às 17h http://www.mpf.mp.br/sala-de-imprensa/atendimento-a-jornalistas Sistema de Atendimento à Jornalistas (SAJ)
Moraes afasta governador do Distrito Federal por 90 dias
O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, ficará 90 dias afastado do cargo. Em decisão publicada na madrugada desta segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou descaso e omissão por parte do governador e do então secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, que foi exonerado ontem. “O descaso e a conivência do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e, até então, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres – cuja responsabilidade está sendo apurada em petição em separado – com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem no DF, tanto do patrimônio público – Congresso Nacional, Presidência da República e Supremo Tribunal Federal – só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do governador do DF, Ibaneis Rocha, que não só deu declarações públicas defendendo uma falsa “livre manifestação política em Brasília” – mesmo sabedor, por todas as redes, que ataques às instituições e seus membros seriam realizados – como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante ao realizado nos últimos dois anos, em 7 de setembro em especial, com a proibição de ingresso na Esplanada dos Ministérios pelos criminosos terroristas; tendo liberado o amplo acesso”, destacou o magistrado. O chefe do Executivo local e o secretário de Segurança exonerado Anderson Torres também serão incluídos no inquérito que investiga atos antidemocráticos. A vice de Ibaneis, Celina Leão (PP), assumirá o comando do Executivo local nesse período. Moraes determinou ainda a desocupação total do acampamento bolsonarista em frente ao Quartel do Exército, na área central de Brasília, em até 24 horas. Os que insistirem, alerta o ministro, poderão ser presos em flagrante e enquadrados em pelo menos sete crimes diferentes. “Determino a desocupação e dissolução total, em 24 (vinte e quatro) horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime)”. A desocupação deverá ser feita pelas polícias militares dos estados e Distrito Federal, com o apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário, devendo o governador do estado e DF ser intimado para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal. Em vídeo divulgado ontem (8) a noite, Ibaneis Rocha pediu desculpas aos chefes dos Três Poderes. Segundo o governador afastado, não se imaginava que os atos tomariam tal proporção. “Quero me dirigir aqui, primeiramente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para pedir desculpas pelo que aconteceu hoje em nossa cidade. Para a presidente do Supremo Tribunal Federal [Rosa Weber], ao meu querido amigo Arthur Lira [presidente da Câmara], ao meu querido amigo Rodrigo Pacheco [presidente do Senado]”, disse. Intervenção Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a publicação de um decreto que prevê a intervenção na área de segurança pública do governo do Distrito Federal (GDF). A intervenção vai até 31 de janeiro deste ano.
Após ataques, bolsonaristas terroristas são autuados por golpe de Estado, roubo, lesão corporal e mais 12 crimes
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) afirmou, na manhã desta segunda-feira (9), que pelo menos 15 crimes foram identificados nas ações dos bolsonaristas terroristas presos neste domingo (8), na invasão às sedes dos três poderes, em Brasília. Entre eles, estão golpe de Estado, dano a bem público e lesão corporal. Também foram presas pessoas suspeitas de roubo a transeunte — no caso de jornalistas que tiveram materiais de trabalho roubados —, porte de arma branca e corrupção ativa. Os policiais cumpriram, inclusive, um mandado de prisão que já estava em aberto, contra um dos criminosos (veja lista completa abaixo). Segundo a corporação, ao todo, 300 pessoas foram levadas ao Departamento de Polícia Especializada e 204 pessoas foram presas durante as invasões. O número foi contabilizado a partir dos registros de autos de prisões em flagrante, termos circunstanciados e procedimentos de apuração de atos infracionais. Os envolvidos imputáveis foram recolhidos à carceragem da Polícia Civil e os adolescentes infratores apreendidos foram apresentados às delegacias da Criança e do Adolescente (DCA). Todos passarão por audiência de custódia, a partir desta segunda-feira. Mesmo antes disso, os detidos já começaram a ser levados para o Complexo da Papuda e a Penitenciária Feminina do DF. Até a manhã desta segunda, 97 presos tinham sido transferidos. Já as pessoas autuadas por crimes de menor potencial ofensivo foram liberadas após a assinatura dos termos circunstanciados.