Grupo de Diego Sá divulga pesquisa feita por empresa especializada em organização de feiras e construção civil

Dois dias após ser condenado pelo Conselho da OAB/MA a devolver mais de R$ 100 mil aos cofres da Caixa de Assistência, devido ao fato de não ter comprovado sua aplicação no exercício financeiro de 2020, quando iniciou-se a pandemia, Sá e seu grupo, com o objetivo de espalhar fake news e, desta forma, confundir a opinião da classe, divulgaram uma pesquisa de intenção de voto realizada por uma empresa de nome MOB. Sediada em Caxias, a referida empresa, conhecida no mercado como instrumento para atender interesses, dependendo do gosto do cliente, é especializada em organização de feiras e construção civil, conforme consta no seu registro no cadastro da Receita Federal. O resultado, claro, não poderia ser diferente, colocando o presidente da Caixa, que rompeu com o grupo que o indicou para tal posição, na liderança da corrida pela presidência da Ordem, cujo pleito ocorrerá em novembro. Entre os causídicos e causídicas, o fato gerou indignação, risadas e soou como um claro sinal de desesperança e angústia que se abateu no grupo do intrépido pré-candidato. Diárias ilegais – Na decisão plenária do Conselho da OAB do Maranhão, tomada na última quinta-feira, Diego Sá foi condenado a devolver mais de R$ 100 mil aos cofres da CAAMA, sendo que somente a título de diárias indevidamente recebidas o montante soma R$ 30.700,00. No voto apresentado pelo conselheiro Raimundo Everardo, acompanhado pela maioria dos conselheiros, foi destacado que a diretoria da Caixa, além de receber o ressarcimento de todas as despesas das viagens que faziam representando a instituição, recebia também cumulativamente diárias em cada viagem. Para piorar a situação, não foram apresentados recibos ou comprovantes de despesas descritas como “adiantamento para viagem” no total de R$ 38.800, e “restituição de viagens” no valor de R$ 32.500,00. A prestação de contas de Sá, de acordo com análise da Comissão de Contas, apresentou, ainda, outras situações, no mínimo, inusitadas que apontam, por exemplo, para um gasto, no valor de R$ 169 mil, feito para aquisição de mobília que, de acordo com o próprio pré-candidato, estão armazenadas na sede da Caixa desde dezembro do ano passado.
Poluidor de praias, Flávio Dino defende meio ambiente em conferência

O despejo de milhões de litros de esgotos nas praias de São Luís aparentemente credenciou o governador Flávio Dino a falar sobre meio ambiente. O comunista participou nesta semana do GLF Amazônia (Global Landscapes Forum). A conferência internacional reuniu cientistas, políticos, jornalistas, ativistas e líderes de grupos afrodescendentes e indígenas, entre outros, para debater soluções de preservação da floresta amazônica. Desde que assumiu o governo do estado, Flávio Dino tem tentado passar a ideia de ser um defensor do meio ambiente. Ao mesmo tempo, seu governo fracassou em absolutamente todos os setores ligados ao debate. Entre os casos mais grotescos, está o despejo de esgotos nas praias de São Luís de forma indiscriminada pela Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (CAEMA). A empresa é controlada pelo governo do estado. Além disso, Flávio Dino também ordenou desmatamento de uma grande área de reserva ambiental em São Luís para a construção de um parque. No governo do comunista também avançaram as queimadas no estado. No início do seu primeiro mandato, governador também autorizou o uso da força policial na expulsão de uma comunidade quilombola no Cajueiro, área nas proximidades do Porto do Itaqui. Além do desastre humanitário, a ação também abriu as portas para que o lugar abrigasse mais empresas poluidoras. O governador participou da plenária “Como construir um modelo de desenvolvimento endógeno?”, mediada pela jornalista Miriam Leitão. Mesmo sendo mandatário de um governo que não liga para o meio ambiente, Flávio Dino conseguiu ludibriar os demais participantes com seu discurso desconexo da realidade. “Nós precisamos de um modelo de economia verde que garanta que os 30 milhões de brasileiros e brasileiras que moram na Amazônia tenham seus direitos sociais atendidos. Então, nós partimos da visão segundo a qual não existe sustentabilidade ambiental sem sustentabilidade social e vice-versa”, mentiu Flávio Dino.