“Você escolhe: vacina ou prisão”, afirma Presidente das Filipinas
Em pronunciamento na TV nesta segunda-feira, Rodrigo Duterte, o presidente das Filipinas, ameaçou prender cidadãos que se recusarem a tomar a vacina contra a o novo coronavírus no país. As Filipinas constatam baixo comparecimento em pontos de imunização, inclusive na capital Manila. A meta do Ministério da Saúde é imunizar até 70 milhões de habitantes, de uma população com cerca de 110 milhões, até o final deste ano. “Você escolhe: vacina ou vai preso […] Não me interpretem mal, há uma crise neste país. Estou exasperado com o fato de os filipinos não atenderem ao governo”, declarou o mandatário. O governo filipino registra mais de 1,2 milhão de casos e cerca de 23 mil óbitos em decorrência da Covid-19. A vacina mais aplicada é a CoronaVac.
Bebê é internado após ingerir pedras de crack na própria casa
Bebê de sete meses que engoliu duas pedras de crack foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e de lá foi transferido para o Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD), na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, em Divinópolis. “A criança está internada com a mãe sob os cuidados do hospital e serviço social”, informou a Prefeitura de Divinópolis por meio de sua assessoria de comunicação. O Conselho Tutelar foi acionado pela equipe do hospital, cuja unidade de saúde não foi autorizada pela família a informar o estado de saúde. O Conselho tutelar acionou a Polícia Militar e o pai foi preso. No entanto, a Polícia Civil não reconheceu a prisão porque não houve apreensão de droga ou elementos suficientes que justificassem.
STF decide tornar ex-juiz Sergio Moro suspeito e Lula comemora
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (23), tornar Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato de Curitiba (PR), suspeito no processo do triplex do Guarujá, que levou à condenação e prisão do ex-presidente Lula em 2018. Em sessão realizada através de videoconferência, os ministros do Supremo oficializaram a suspeição por 7 votos contra 4. Foram favoráveis pela suspeição os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Nunes Marques, Ricardo Lewandoski e Rosa Weber. Marco Aurélio e Fux se posicionaram contra o entendimento de que Moro foi um juiz suspeito, acompanhando o relator Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Após a decisão, o petista comemorou nas redes sociais publicando no Twitter que “A verdade venceu”.
Manutenção de policiais causa revolta à população no interior
Nesta quarta-feira (23), a população de Presidente Dutra protestou pela morte do jovem Hamilton Cesar Lima Bandeira, de 23 anos, que foi morto em sua casa no último dia 18 de junho. Após decisão do secretário Jefferson Portela em manter os agentes da polícia até o término das investigações, tendo em vista que a Polícia Civil havia informado o afastamento dos envolvidos na última segunda (21), a população realizou protesto pedindo justiça pelo jovem. Hamilton foi morto após denúncias de uma postagem em suas redes sociais ao desejar sorte à Lázaro Barbosa. Os agentes da Polícia Civil teriam ido à casa do jovem para investigar prováel “apologia ao crime”, quando o jovem morreu na frente do avô da vítima. Segundo os agentes, o jovem havia atacado os policiais com uma faca, mas a família contesta a versão e afirma que o jovem não era um perigo à sociedade. “Eles foram entrando aqui e eu vim de lá para cá e quando cheguei… [perguntou] ‘O que é?’ Ai eles disseram: tem alguém aqui? E eu disse ‘tem, eu e meu filho’. E quando eu disse assim, o menino [Hamilton] pulou da cama e puxou essa cortina aqui. Apontou só o peito dele com a cabeça. Ai ele [policial civil] foi dizendo assim: ‘é esse aqui mesmo’ e atirou nele. E ele caiu bem aqui nos meus pés. Ele só fez dizer ‘Oh, papai’”, afirmou o avô de Hamilton Cesar. O Ministério Público vai solicitar a exumação do corpo do jovem. Hamilton foi enterrado sem passar por necropsia e, por isso, não há laudos sobre os tiros que o atingiram.
Cinco pessoas são retiradas de trabalho escravo no Maranhão
Cinco pessoas são resgatadas de condição análoga à escravidão em estabelecimento voltado ao cultivo de hortaliças, na zona rural de Barra do Corda. Durante a operação realizada entre os dias 14 e 18 de junho, auditores-fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Maranhão (SRTb/MA) constataram que no local de trabalho não havia banheiro nem espaço adequado para refeições. A água consumida pelos trabalhadores era transportada em embalagens de produtos tóxicos reutilizadas, oriunda de um chafariz localizado numa aldeia indígena. “Três dos cinco trabalhadores resgatados estavam alojados em uma casa de paredes de taipa e sem banheiro. Nesse alojamento, dois deles dormiam em redes armadas no alpendre, sujeitos a intempéries, sem privacidade e conforto e o outro dormia na sala da casa. Todos tomavam banho no rio Corda, que passa ao lado da casa”, explica Ivano Sampaio, auditor-fiscal do Trabalho que coordenou a operação. Apesar de cumprirem jornada semanal de 44 horas, os empregados recebiam salário inferior ao mínimo legal, trabalhando de maneira informal. Os trabalhadores também não realizavam exames médicos, nem equipamentos de proteção individual adequados aos riscos da atividade e não contavam com materiais de primeiros socorros. Entre os cinco empregados retirados, havia um indígena e um adolescente com 16 anos. A ação contou com o apoio da 2ª Promotoria de Justiça de Barra do Corda/MA, da Procuradoria do Trabalho em Imperatriz/MA e da Polícia Civil do Estado do Maranhão.
Dólar deve cair ainda mais, diz Paulo Guedes
Nesta quarta-feira (23), Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que o câmbio de equilíbrio ainda é muito abaixo do patamar de R$ 5,00 e que o dólar deve cair ainda mais. As declarações de Paulo Guedes foram feitas em uma transmissão ao vivo. Embora o governo tenha ficado encurralado com os golpes contra o teto de gastos, Paulo Guedes também disse que os juros curtos estão aumentando, mas o longo está sob controle, pois o governo manteve a responsabilidade fiscal e tem diminuído gasto. Na oportunidade, o ministro disse que o único país que fez reformas estruturantes em meio à pandemia foi o Brasil.
PF deve investigar deputado por falas sobre compra da Covaxin
O Governo Federal se pronunciou nesta quarta-feira (23), através de Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, sobre as polêmicas envolvendo aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin. De acordo com o Ministério Público Federal, há suspeitas de superfaturamento no valor de cada dose da vacina indiana contra a Covid-19, há dúvidas sobre qual a necessidade de haver como intermediária uma empresa sem ligação prévia com a indústria de vacinas e, também, pelo processo rápido para a aquisição. “Se constrói uma narrativa para afetar a imagem do presidente Jair Bolsonaro […] não houve favorecimento a ninguém, não houve sobrepreço e não houve compra alguma, um centavo de dinheiro público, que tenha sido despendido pelo caixa do Tesouro Nacional ou pelo Ministério da Saúde”, disse Onyx Lorenzoni, afirmando que o presidente determinou que a Polícia Federal investigue as declarações do deputado Luís Miranda e do seu irmão e servidor público do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda. O irmão do deputado e servidor da pasta de saúde havia revelado ao Ministério Público Federal que sofreu pressão por vários setores do Ministério da Saúde para garantir a impotação da Covaxin. O servidor e o parlamentar devem depor à CPI da Pandemia durante a tarde da próxima sexta-feira (25). Quanto aos prováveis documentos sigilosos do Ministério das Relações Exteriores em posse do jornal O Estado de S. Paulo alegando que cada dose custava 100 rúpias, ou seja, cerca de US$ 1,34, mas que no contrato pelo governo foi pago US$ 15, Onyx se pronunciou. “Existem indícios de adulteração do documento. Vamos solicitar uma perícia do documento à Polícia Federal”, afirmou o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil.
Ricardo Salles pede exoneração do Ministério do Meio Ambiente
O presidente da República, Jair Bolsonaro, acatou pedido de exoneração do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nesta quarta-feira (23). A informação foi divulgada em edição extra do Diário Oficial da União. A decisão ocorre em meio a pressões impostas por diversos atores internacionais, diante do aumento das ocorrências de desmatamentos durante a gestão do, então ex-ministro, e de acusações de leniência com condutas ilegais. A suposta tentativa de prejudicar investigações sobre apreensão de madeira ilegal ocasionou que Ricardo Salles fosse alvo de inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) solicitado pela Procuradoria Geral da República (PGR). No mês anterior, a Polícia Federal indicou, durante o período que Salles esteve à frente da pasta, operações financeiras duvidosas envolvendo o escritório da advocacia que tem em sociedade com a mãe. No fim da tarde desta quarta-feira, Salles fez breve manifestação e comentou sobre as ações adotadas pelo ministério durante sua gestão. “Experimentei ao longo destes dois anos e meio muitas contestações, tentativas de dar a essas medidas caráter de desrespeito à legislação, o que não é verdade […] Para que isso (a investigação) seja feita de forma mais serena possível, apresentei minha exoneração”, afirmou Ricardo Salles. Antes do pronunciamento do então ex-ministro, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirma que alertou a presidência sobre um “esquema de corrupção pesado” no Ministério da Saúde envolvendo a aquisição da vacina indiana Covaxin. A troca no Ministério do Meio Ambiente acontece no momento que o governo federal vê crescer a pressão provocada pela CPI da Pandemia. Ricardo Salles comandava o Ministério do Meio Ambiente há dois anos e meio, cuja pasta passará a ser ocupada por Joaquim Álvaro Pereira Leite, que atuava como secretário da Amazônia e Serviços Ambientais.