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Prefeitura recupera mais de 500 pontos em uma semana da Operação Tapa-Buracos

tapa buracos

Um total de 593 pontos com necessidade de recuperação asfáltica foram contemplados pela Operação Tapa-Buracos da Prefeitura de São Luís, executada pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), em uma semana do início da ação. Somada a extensão total, já foram recuperados mais de 20 km de ruas e avenidas, cujos serviços estão melhorando a trafegabilidade e a mobilidade nessas regiões, proporcionando um trânsito mais seguro, sobretudo durante este período chuvoso que vive a capital. “Os pontos recuperados nesta primeira semana de execução dos trabalhos foram mapeados e priorizados já que eram considerados estratégicos para o trânsito e que pelas condições estavam comprometendo o fluxo normal em quatro grandes avenidas de São Luís. Desta forma, mobilizamos equipes das três linhas de frente, que já atuaram nas avenidas Brasil, Litorânea, Daniel de La Touche e Jerônimo de Albuquerque recuperando o asfalto nessas vias”, destacou o titular da Semosp, Davi Col Debella. Para a recuperação dos 593 pontos nestas quatro avenidas, a Semosp aplicou aproximadamente 500 toneladas de asfalto, isto após o trabalho de recorte da área até a sua adequada compactação.Simultaneamente, as equipes da Prefeitura de São Luís têm trabalhado, durante o dia e a noite, para dar às vias, e consequentemente aos condutores, mais segurança, evitando, assim, acidentes e outros prejuízos, como pneus cortados, amortecedores estourados, rodas quebradas, entre outros. Nesta semana, as equipes seguem avançando com a Operação Tapa-Buracos por outras avenidas da capital, a fim de impactarem positivamente na fluidez do trânsito. Recebem nova pavimentação durante os próximos dias, as avenidas 01 e 02 da Cidade Olímpica, por onde o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, passou para acompanhar o andamento da operação; a Avenida Mato Grosso e Rua Minas Gerais, no bairro Matões Turu, que são importante rotas de fuga para os condutores; também a Avenida 02, no São Cristóvão e a Avenida Sol Nascente, no Divinéia. Em todas, o serviço acontece durante o dia. Já à noite, os operários se concentram nas avenidas dos Franceses, Holandeses e Acre. O período escolhido para execução do trabalho nelas se dá pela tranquilidade do trânsito, de modo a evitar embaraçamento durante o dia nessas vias, que recebem um grande movimento de veículos.

A idiotia epidêmica transformou ignorância em virtude

Escolas fechadas

No segundo semestre de 2001, Silvio Santos teve uma ideia que certamente engordaria a pontuação do SBT no Ibope: apresentar um Show do Milhão com a participação exclusiva de políticos conhecidos nacionalmente. Reuniu a equipe responsável pela produção do programa e ordenou que fossem convidadas apenas figuras com fama de sabido, pose de primeiro da classe ou memória de elefante-africano. O senador piauiense Hugo Napoleão, por exemplo, sabia identificar de bate-pronto as bandeiras de todos os Estados brasileiros. Não podia ficar fora. O governador fluminense Anthony Garotinho sabia cantorias religiosas ignoradas por 99 em cada 100 devotos da igreja que frequentava. Outra presença obrigatória. E o internacional Paulo Maluf sabia o nome completo de todos os ibns e sauds da família real saudita. Com gente desse calibre, estava assegurado o sucesso do especial exibido na noite de 30 de dezembro. “Espero que os telespectadores compreendam que eles são célebres, famosos, mas não são obrigados a saber tudo”, preveniu Silvio Santos antes de apresentar, uma a uma, as 12 sumidades em conhecimentos gerais que sorriam para o Brasil. Mas excluiu Maluf da advertência com a ressalva superlativa: “O doutor Paulo tem uma cabeça brilhante”. Desconfiou que havia exagerado quando o craque fugiu da primeira pergunta. “Na linguagem tupi, abaçaí é o mesmo que a) amigo do peito, b) abraço apertado, c) espírito maléfico ou d) fruta saborosa?” A opção certa era a C. Maluf caprichou no sorriso superior enquanto contornava a pedra no caminho. “Olha, eu confesso que a língua tupi não é bem o meu forte”, desconversou a estrela de um dos quatro grupos formados pelos candidatos. “E eu não posso prejudicar meus companheiros.” Foi socorrido pelo lembrete do apresentador — “Você pode pular” —, que o livrou da enrascada. “Vou pular, não quero prejudicar”, escapuliu Maluf. “Vai pular?”, estranhou Silvio Santos. “Vou pular”, confirmou o gênio de araque. “Próxima pergunta, valendo 20 mil reais”, foi em frente o apresentador. “Quem escreve a respeito da vida dos santos é conhecido como a) sacrário, b) hierônimo, c) santório ou d) hagiólogo?”. Maluf devolveu a bola de primeira: “Três: santório!”, animou-se. “Está certo disso, posso perguntar?”, conferiu o apresentador. “Pode”, autorizou o falso brilhante. “Valendo 20 mil: qual é a resposta?”, perguntou Silvio olhando um painel onde reluzia a opção acertada. “Não, Maluf. É hagiólogo.” O sorriso amarelo do candidato contrastou com a gargalhada do apresentador. “Você derrubou a equipe!”, repreendeu Silvio. “Agora você vai pra lá, vai pra lá”, repetiu, apontando o fundo do palco. “Você derrubou seu time!” Além dos R$ 20 mil já obtidos pelos parceiros de Maluf, a equipe perdeu a chance de ganhar R$ 1 milhão (em barras de ouro). Ninguém reclamou. Fora o deputado paraibano Marcondes Gadelha, que preferiu parar em R$ 500 mil, todos naufragaram. Maluf dividiu com Anthony Garotinho os risos debochados que a plateia reservou ao pior da classe. “Em casa ele acerta todas, a gente não perde o Show do Milhão”, balbuciou Rosinha Matheus ao ver o marido afundar, com apenas R$ 15 mil, na oitava das 16 perguntas previstas. O governador do Rio começou a tenebrosa travessia pulando as duas primeiras. Não sabia em que década surgiu a pílula anticoncepcional, nem o que significava o W. de George W. Bush. Desvendou sozinho os dois mistérios seguintes. Pediu ajuda para livrar-se de outros três. Um deles: qual é a fórmula da água? Três jornalistas sopraram-lhe a resposta: H2O. Foi eliminado ao colidir com o oitavo obstáculo. A profecia de Nelson Rodrigues se cumpriu: os idiotas estavam por toda parte Os telespectadores ficaram espantados: se aquele bando de marmanjos não precisava saber tudo, também não precisava saber tão pouco. Os convidados ficaram inquietos: se o naufrágio numa prova de conhecimentos elementares influenciasse a decisão do eleitorado, nenhum deles arranjaria emprego nas urnas de 2002. Fiquei impressionado com as cenas de imbecilidade explícita, mas consolei-me com a ostensiva decepção do público. Pelo visto, ainda aparecia mal no retrato gente que não soubesse o que sabe um aluno do jardim de infância com mais de dez neurônios. Não demoraria a descobrir que naquele Brasil redesenhado pela ascensão das cavalgaduras a ignorância deixara de ser defeito. Já começara a virar virtude, anunciou a chegada à Presidência da República de um analfabeto funcional que não aprendeu a escrever direito e nunca leu um livro da primeira linha ao ponto-final. Não por falta de chances, mas pela preguiça que sempre sobrou. Passados 13 anos, a profecia de Nelson Rodrigues se cumpriu: os idiotas estavam por toda parte. Estudar e aprender tornaram-se verbos conjugados pela elite golpista, gente de olhos azuis irremediavelmente racista, misógina e homofóbica. Falar a linguagem culta é coisa de reacionário pedante. Para quem efetivamente ama os desvalidos, é pura música ouvi-los dizer “Nós pega os peixe”. Os democratas de abaixo-assinado controlam o orgasmo quando um favelado murmura “menas”. Num país desgovernado por cinco anos e meio pela nulidade que nunca disse coisa com coisa, nada tem de surpreendente a quarentena criminosa das escolas e universidades. Estudantes e mestres fariam um papelão num Show do Milhão, o Retorno. Isso se incontáveis professores se livrassem de uma doença rara: a exaustão provocada por excesso de descanso. Mas certos defeitos de fabricação não têm conserto. E não existe vacina para o vírus da vadiagem.

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