Carlos Brandão vence a si mesmo no duelo com Weverton

O vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) trava uma batalha aberta contra o senador Weverton Rocha (PDT) pelo governo do estado em 2022. Até agora, graças ao próprio Brandão, Weverton acumula três vitórias significativas contra o adversário. Acontece que uma análise simples revela que todos os triunfos do senador foram originados de ações atabalhoadas do próprio vice-governador. DERROTA EM SÃO LUÍS Enquanto Weverton Rocha tem na capital maranhense o maior reduto eleitoral do seu partido, o PDT, Carlos Brandão é um anônimo na política local. As eleições de 2020 eram fundamentais para Weverton, que perdeu as eleições ao apostar em Neto Evangelista. Já Carlos Brandão embarcou, quase que de corpo e alma, na campanha do correligionário Duarte Jr. Era sabido que muito dificilmente Eduardo Braide sairia derrotado. E isso principalmente quando o consórcio de candidatos formado pelo governador Flávio Dino não conseguia decolar poucas semanas antes da eleição. Todas as esperanças posteriores eram baseadas em ilusões. Acontece que a simples ida de Duarte Jr ao segundo deveria ter sido festejada por Brandão como uma vitória sobre Weverton. Ali o vice-governador deveria ter anunciado a vitória sobre Weverton e deixado o pleito. No entanto, ao invés disso, o vice governador jogou Weverton Rocha no coloco do favorito Eduardo Braide e ao trouxe para si a derrota de Duarte Jr. CÂMARA MUNCIPAL Poucos dias após a derrota que trouxe para si nas eleições de São Luís, Brandão ensaiou um levante contra a reeleição de Osmar Filho, membro do PDT de Weverton, na Câmara Municipal. Além de disputar a reeleição sentado na cadeira, Osmar contava com o apoio da franca maioria dos vereadores e do prefeito recém-eleito, Eduardo Braide. E mais uma vez Brandão foi derrotado em uma disputa que não tinha a mínima condição de vencer e, muito pior, que em nada iria ajuda-lo. FAMEM Na eleição da mesa diretora da Federação dos Municípios Brandão plantou a mais humilhante de suas derrotas até agora. Uma entidade que não tem peso político, completamente dominada por seus adversários, enfrentando um presidente excelentemente bem avaliado e apoiado por políticos de peso como o presidente da Assembleia, Othelino Neto (PCdoB). Em termos comparativos: Erlânio Xavier, candidato a reeleição na FAMEM, era infinitamente mais favorito do que Eduardo Braide era no ano passado. E, assim como em São Luís, a entidade não tem qualquer ligação com Brandão. O vice-governador faz a opção por conflitos em campos alheios ao seu território político. Enquanto o governador Flávio Dino tirava férias, Brandão aproveitou a estadia no cargo de mandatário do governo para disputar, e perder, a eleição na FAMEM. Infinitas eram as possibilidades nestes dias. Brandão, inclusive, viu Eduardo Braide nadar sozinho no mar de oportunidades que o início da vacinação proporcionou. ATRAVESSA A RUA PARA PISAR EM CASCA DE BANANA Carlos Brandão possui o maior trunfo objetivo que um ser humano pode ter nas eleições de 2022. Irá disputar a eleição sentado na cadeira de governador. A ele cabe apenas esperar. O desespero, que logicamente deveria ser externado por Weverton, foi assumido por Brandão. E a simples observação atesta essa tese. O vice-governador não precisa mover nenhuma peça em terreno inseguro. O tempo é seu aliado e a certeza lhe é assegurada. Quem tem que fortificar-se até o pleito é o senador Weverton Rocha, quem tem que arriscar-se é ele. As provocações deveriam partir de Weverton. A imprudência, necessária por conta do momento, também. Só que, por uma insegurança inexplicável, quem assumiu esse papel foi Carlos Brandão. A impressão que se tem é que Brandão acredita que quem irá assumir o governo em 2022 após a vacância Flávio Dino de Weverton. E assim ele vai perdendo, perdendo, perdendo e enfraquecendo a sua maior arma. Brandão conseguiu desgastar seu governo um ano antes dele acontecer.
Flávio Dino saiu de férias no pior momento da pandemia.
Fábio Porchat usa cadáveres do Amazonas para pedir impeachment de Bolsonaro

Apesar de todas as notícias que dão conta de que a gravidade da situação no estado do Amazonas foi causada por corrupção e pela incapacidade do governo preparar-se após um ano da pandemia, o humorista Fábio Porchat afirmou que a situação deve ensejar o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Ele usou suas redes sociais para dizer que a situação basta para o presidente da casa, Rodrigo Maia, pautar o impeachment. O humorista não fez, pelo menos até o momento, qualquer menção aos escândalos de corrupção no estado que tem ligação direto com a falta de insumos hospitalares básicos. A crise de falta de oxigênio no Amazonas não foi observada em nenhum outro estado da federação. Além disso, decorrido quase um ano da pandemia e com todas as medidas restritivas tomadas por prefeitos e governadores, fica evidenciado que o estado foi incapaz de cuidar de seus habitantes. A fala de Porchat soa como oportunismo político. Ao culpar Bolsonaro pelas mortes causadas por corrupção e má-gestão no Amazonas, o humorista usa cadáveres para dar vazão a seu desejo pela deposição do presidente.