Violência de gênero são abordados em reunião do MPMA

O Ministério Público do Maranhão, por meio da 8ª Promotoria de Justiça Especializada em Defesa da Mulher de Imperatriz, promoveu nesta quinta-feira, 8, uma reunião on- line para tratar do tema “Violência de gênero e o papel da imprensa”. Coordenado pela promotora de justiça Alline Pires Ferreira, titular da Promotoria, o evento teve como convidados a juíza Ana Paula Silva Araújo, titular da Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e os defensores públicos André de Oliveira Almeida, que atua na defesa da vítima da violência doméstica e familiar, e Fábio Souza de Carvalho, da área da infância e juventude. Também participaram do encontro virtual servidores do Ministério Público e jornalistas. Ao iniciar a reunião, a promotora de justiça destacou a importância do papel da imprensa na formação da opinião pública para o enfrentamento da violência de gênero, notadamente do feminicídio. “Informar, trazendo visibilidade ao problema, mas de uma maneira acertada e ética, comprometida com a complexidade do fenômeno, entendendo suas especificidades e sua verdadeira raiz”, indicou. A representante do Ministério Público apontou que a própria Lei Maria da Penha sugere como forma de prevenção à violência doméstica a adoção de medidas integradas, reunindo diversos atores sociais, entre instituições públicas e entes sociais, como a imprensa. Para Alline Pires Ferreira, a violência de gênero está diretamente relacionada com a questão da desigualdade entre homens e mulheres. “Em qualquer lugar do mundo, quanto maior a violência de gênero maior é a desigualdade de gênero. Portanto, se eu quiser resolver a questão da violência de gênero, preciso resolver a questão da igualdade”, defendeu. Foram discutidos, ainda, dados estatísticos sobre o feminicídio no Maranhão, bem como a abordagem da imprensa acerca da violência de gênero. Também foram abordados pelos representantes do Judiciário e da Defensoria Pública temas como as medidas protetivas e os cuidados que os meios de comunicação devem adotar para preservar as mulheres vítimas de violência doméstica e do feminicídio.

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