Caso do Comando Vermelho amplia pressão por queda de Dino
BRASÍLIA, 13 de novembro de 2023 – A pressão pela deposição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, aumentou, nesta segunda (13), depois que o jornal O Estado de São Paulo noticiou que dois servidores da pasta receberam Luciane Barbosa Farias, mulher do líder do Comando Vermelho no Amazonas, nas dependências do MJ, por duas vezes neste ano. Luciane participou de quatro reuniões com assessores de Dino em 19 de março e 2 de maio. Sendo em março com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino; e, em maio, com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais. O nome dela não consta da agenda do Ministério da Justiça, mas a pasta confirmou a presença dela nas reuniões. Os deputados federais Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Filipe Barros (PL-SP) anunciaram que estão ingressando com o pedido de impeachment do ministro da Justiça. Apesar de Dino não ter ido ao encontro entre os membros do ministério e Luciane, os deputados acreditam que o ministro cometeu “grave violação ao princípio republicano e ao mandamento constitucional da moralidade no exercício da administração pública”. Segundo Kataguiri, que pediu a deposição de Dino por crime de responsabilidade, o ministro usou “poderes inerentes ao cargo com o propósito de garantir interlocução com o crime organizado, especificamente, o Comando Vermelho”. “A moralidade administrativa consiste num conjunto de valores éticos que estabelecem um padrão de conduta que deve ser seguido pelos agentes e gestores públicos visando uma atuação honesta, íntegra, ilibada e de proteção ao patrimônio público, especialmente ao dinheiro público”, argumentou o deputado no pedido de impeachment de Dino. Já Barros argumentou que o ministro “atentou contra a segurança interna do país”. “Isso é causa expressa na lei para impeachment de ministro”, continuou. Barros e Kataguri informaram que vão abrir seus respectivos pedidos para outros deputados assinarem. Comissão da Câmara já denunciou Dino por crime de responsabilidade Como noticiou Oeste, o presidente da comissão de Segurança, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), já havia enviado à PGR um ofício solicitando que o ministro Dino seja responsabilizado pela prática de “crime de responsabilidade”. “Flávio Dino faz mal não só ao governo Lula, mas sobretudo ao país na totalidade”, disse Sanderson a Oeste. “Lula e Dino já deixaram muito claro à população que preferem serem omissos e tolerantes com as facções criminosas ao invés de enfrentá-las.” Sem contar os dois requerimentos relacionados ao caso do Comando Vermelho, o ministro é alvo de mais de 20 pedidos de convocação. Os deputados pedem que ele explique desde os motivos para a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, a temas relacionados a violência e segurança pública. A lista é longa e inclui: política de acesso a armas, atuação de Flávio Dino com a Polícia Federal, crise na segurança pública, prisões do 8 de janeiro, impacto das invasões em terras na segurança urbana, e muito mais.
A verdade sobre o fracasso de Flávio Dino na segurança pública do MA
São Luís, 06 de outubro de 2023 – Sete anos de gestão do atual ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), à frente do governo do estado arrastaram a segurança pública no Maranhão para sua pior crise em todos os tempos. Dezenas de viaturas da Polícia Militar foram bloqueadas por falta de pagamento. Segundo fontes ouvidas pelo blog, locadoras tomaram a medida após um atraso de meses nos pagamentos. O sistema de aluguel de viaturas, considerado por membros da corporação como caro demais, foi popularizado durante a gestão de Dino. O fato poderia ser isolado, mas é apenas mais um, entre tantos, que evidenciam a absoluta falta de credibilidade do ministro ao tentar dar lição de moral ou posar de autoridade sobre o tema. O contraste entre o falante ministro em relação à segurança pública no país e o indiscutível fracasso de sua gestão na área chama a atenção dos maranhenses nos últimos meses. Além da crise das viaturas proveniente da falência do sistema implantado por ele, também eclodem guerras de facções criminosas pelo estado, chacinas, suspeitas de uso político da polícia e execuções constantes. BANDIAGEM LIVRE, LEVE E SOLTA COM DINO Em maior de 2017, cerca de 32 presos deixaram do Complexo Penitenciário de Pedrinhas na maior fuga de toda a história do sistema de segurança pública do estado. Na época, Flávio Dino estava em seu terceiro ano do primeiro mandato. Em 2015, bandidos rumaram em comboio por mais de 200 quilômetros em carros roubados e altamente armados para realizar a primeira, de muitas fugas espetaculares, durante o primeiro mandato de Flávio Dino. Após a fuga de 11 detentos, a Secretaria de Segurança chegou ao cúmulo de divulgar nota afirmando saber dos planos e monitorar o comboio, mas nada fizera para impedir a fuga. Crítico da operação Escudo realizada pelo Governo de São Paulo neste ano, Flávio Dino esquece que em 2019 agentes da Polícia Civil do governo dele invadiram uma comunidade nem São Luís em uma operação que resultou em oito mortes. Detalhe: apenas cinco armas foram encontradas pela polícia com os suspeitos. Nos sete anos de Flávio Dino, os maranhenses viram eclodir um fenômeno que conheciam apenas pela televisão: o domínio de comunidades por facções criminosas. Em todo o estado são inúmeros os pontos em que a polícia é impedida de entrar. A liberdade durante o governo Flávio Dino foi tanta que uma das principais facções do estado comemora o aniversário com foguetório em dezenas de bairros da Grande São Luís e cidades do interior do estado. O “espetáculo” sempre ocorre no dia 19 de outubro e começou ainda em 2017. POLÍCIA É PARA A POLÍTICA Ocorre que durante os 7 anos de Flávio Dino, o aparato policial maranhense deixou de ter como principal objetivo a segurança pública. Tornando-se uma espécie de mecanismo político. No governo dele eclodiu o chamado “Escândalo dos Capelães”. Desejoso de ter o apoio de evangélicos, Flávio Dino criou um destacamento de 50 capelães no estado. Destes, 36 foram nomeados diretamente pelo governador sem concurso público. Para se ter uma ideia da grandiosidade do escândalo, todos os demais estados juntos tinham 36 capelães. Nenhum com mais de 5. Em novembro de 2019, o ex-superintendente de investigações criminais no Maranhão, Tiago Bardal e o delegado licenciado Ney Anderson Gaspar, prestaram depoimento na Câmara Federal. Eles afirmaram que o então secretário de segurança, Jefferson Portela, usou o aparato policial para criar uma estrutura de escutas telefônicas sem autorização judicial. Os alvos eram magistrados, autoridades e políticos adversários do governador Flávio Dino. Pouco mais de ano antes das denúncias dos dois, um escândalo semelhante ao denunciado pelos dois membros da Polícia Civil eclodiu no Estado. No dia 6 de abril daquele ano fora emitido um ofício em que deixava clara a intenção de espionar adversários do governo. Imediatamente o documento foi tratado como notícia falsa. Contudo, poucos dias depois, um documento oficial foi divulgado para “desfazer” a mentira. Encurralado pela realidade, o governo acabou admitindo o ofício da espionagem e abriu sindicância. Dadas as circunstâncias, fatos e história catalogada e indiscutível, chega a ser constrangedor o falatório de Flávio Dino à frente do Ministério da Justiça. Sempre tentando culpar outros por um setor em que ele, como principal feito, obteve êxito apenas no investimento de cabines intimas para presidiários. A verdade é que o ministro sempre aposta na ignorância do povo e, quase sempre, acerta. É o fracassado enquanto governador na segurança pública venha à tona para confrontar o ministro.
Exibicionismo escandaloso de Flávio Dino começa a ruir
SÃO LUÍS, 24 de agosto de 2023 – Na ânsia de deixar para trás o retumbante, completo e absoluto fracasso no combate à miséria nos tempos em que era governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB) tenta usar o Ministério da Justiça como vitrine de um produto que ele não é. Para isso, passou os últimos meses abusando de declarações bombasticamente inúteis, medidas exibicionistas impossíveis, operações espetacularmente duvidosas e muita, mais muita, propaganda mentirosa. Incialmente a tática deu certo e, graças à imaturidade melancólica da oposição bolsonarista, o ex-mandatário do governo fracassado do Maranhão domou os holofotes da nascente gestão petista. O espetáculo do, segundo análise médica, gorduroso ministro, durou cerca de seis meses. Bravatas sem resposta e mentiras sem contraponto são grandes janelas de oportunidade àquele que tem muita vontade de aparecer. Só que nem sempre dura para sempre. O excesso, não de banha, mas de gabolice, resultou em excesso de atenção. A concordância plena foi transmutada de forma gradativa em dúvida metódica. Petistas começam a incomodar-se com a extravagância de Dino e, em particular, começaram a criticá-lo. A imprensa submissa também. No início de julho o Estadão fez alguns editoriais criticando a predisposição de Dino em dar declarações obtusas sobre tudo. Em meados de agosto, a Folha de São Paulo publicou reportagem em que trazia uma suposta irritação e Lula em relação a Flávio Dino. Por tratar-se da Folha de São Paulo, ficou fácil para o governo desmentir a informação. Contudo, é custoso acreditar que Lula, sendo o Lula que é, tenha ligado e parabenizado Dino por uma operação da Polícia Federal que ofuscou o lançamento do PAC 3. Mas, a notícia foi dada pela Folha, então… Na semana passada mais um editorial, desasa vez direto, evidenciado a tática de Dino de espetacularizar o cargo que ocupa. Agora, após o início do governo, o Poder 360 publica matéria em que divulga uma queda na busca por Flávio Dino no Google e a ascensão de Fernando Haddad. Hoje o ministro da economia tem preferência nas buscas realizadas na ferramenta. “Conforme o Google Trends, responsável por disponibilizar dados sobre os números de buscas, Haddad acumula 34% das pesquisas em relação aos demais ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Há 3 meses, ele contava com 25%”, diz a notícia mostrando um crescimento de Haddad. Se não fosse pela absoluta imbecilidade da oposição bolsonarista, incapaz de pesquisar minimamente sobre os 7 anos da fracassada e desastrosa gestão comunista no Maranhão, Flávio Dino não teria tido mais do que algumas semanas de prestígio midiático. Contudo, segundo disse Abraham Lincoln; “Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo.” O apocalipse adiposo parece ter sido desencadeado ou Flávio Dino irá virar o jogo e apenas perder gordura?
Ministério inicia megaoperação contra exploração sexual infantil
O Ministério da Justiça e Segurança Pública deu início a uma megaoperação contra crimes de abuso e pronografia infantil praticados na internet, nesta quarta-feira (9). Ação em 18 Estados do Brasil, entre eles SP, RJ, PA, ES, RO, MT, PR, CE, GO, MS, SC, RN, AL, PI, BA, MA, AM, RS cumpre 176 mandados de busca e apreensão e tem suporte de seguranças estrangeiras para desarticular a rede criminosa devido a atuação em cinco países como: Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Panamá e Equador. No Brasil, as penalidades para quem armazena material de exploração sexual infantil variam de 1 a 4 anos de reclusão. Para quem distribui, a prisão prevista é de 3 a 6 anos. Já quem cria esse tipo de conteúdo pode cumprir de 4 a 8 anos de prisão.