MARANHÃO, 13 de setembro de 2023 – Após uma Assembleia Geral Extraordinária realizada na noite da terça (12), a Associação de Delegados de Polícia do Maranhão (ADEPOL) anunciou uma série de medidas em resposta ao que chamou de sucateamento da Polícia Civil no estado.
Os delegados e delegadas da Polícia Civil do Maranhão decidiram adotar essas medidas em resposta ao que consideram uma falta de atenção do governo às demandas da instituição. Abaixo, estão listadas as medidas que serão implementadas:
- 30 dias sem qualquer tipo de representação policial, exceto em casos estritamente necessários (a partir de 18 de setembro).
- Não enviar releases à Ascom (Assessoria de Comunicação).
- Delegacias de Polícia Civil da Capital e do Interior não responderão por cidades sem lotação formal.
- Não realizar deslocamentos para missões em outras cidades sem pagamento prévio de diárias.
- Não receber apresentações de ocorrências após as 18h em cidades sem plantão.
- Cumprimento da instrução normativa que trata dos plantões, com 72 horas de folga para cada 24 horas trabalhadas.
A ADEPOL destacou o esforço do atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), para enfrentar o problema, mas ressaltou que é necessário avançar ainda mais para evitar o sucateamento da Polícia Civil, um cenário que, segundo a associação, resulta de décadas de negligência e foi intensificado nos últimos oito anos, durante o governo de Flávio Dino.
“A ADEPOL reconhece no governador Carlos Brandão a intenção de mudar esse quadro de quase colapso em que se encontra a polícia civil, fruto de décadas de abandono e que foi intensificado nos últimos oito anos, trata-se de uma herança maldita, porém, é preciso mais do que apenas boas intenções, são necessárias ações concretas e imediatas que demonstrem de maneira insofismável que a atual gestão do Governo do Maranhão dará a segurança pública a importância que toda sociedade espera”, declarou a assossiação.
