SÃO LUÍS, 13 de agosto de 2024 – A Polícia Civil do Maranhão agendou para esta terça (13) os depoimentos de Carlos Braide, ex-deputado estadual, e Tonho Braide, médico, pai e irmão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD).
Ambos foram citados na investigação do caso envolvendo um Clio Vermelho, abandonado com mais de R$ 1,1 milhão no porta-malas. O veículo pertencia a Guilherme Bucho, ex-assessor de Eduardo Braide.
Carlos, pai do prefeito, deverá explicar um depósito de R$ 350 mil realizado em sua conta por Guilherme Bucho. Além disso, o ex-deputado foi mencionado em um suposto contrato de compra e venda de um apartamento para Bucho, documento que foi apreendido durante uma operação policial.
Um extrato bancário revelado pelo blog Marco Aurélio d’Eça aponta o depósito como um dos elementos chave da investigação.
O médico Tonho, irmão do prefeito, também está sob investigação. Tonho utiliza um veículo modelo FIT preto, que foi flagrado ao lado do Clio Vermelho, no momento em que Guilherme Bucho foi resgatado após o abandono do veículo.
A presença de Tonho no local foi confirmada após o prefeito admitir que o irmão, com quem afirma não ter relação próxima, era o responsável pelo uso do carro.
A investigação tem como uma das hipóteses que os R$ 1,1 milhão encontrados no Clio Vermelho estejam ligados a práticas de corrupção na administração municipal de São Luís. A polícia busca entender o grau de envolvimento dos familiares do prefeito no caso.
Os depoimentos de Carlos Braide e Tonho Braide ocorrerão na Superintendência de Investigações Criminais (SEIC), em São Luís. O primeiro será ouvido pela manhã, enquanto o segundo prestará depoimento à tarde.