
BRASIL, 15 de abril de 2024 – No último fim de semana, veio à tona um gasto envolvendo o governo Lula 1, referente ao período de 2003 a 2006. Em julho de 2004, aproximadamente R$ 128 mil foram destinados ao aluguel de carros, um serviço de fretamento, que foi pago em dinheiro vivo.
A empresa contratada para fornecer esse serviço foi a Renaro Locadora. Curiosamente, essa mesma empresa havia recebido um pagamento de R$ 92 mil apenas um mês antes.
Essa não foi uma ocorrência isolada. Durante o primeiro mandato de Lula, entre 2003 e 2004, foram gastos R$ 2,9 milhões com locações de veículos e combustível para a escolta do presidente. Além disso, um total de R$ 994 mil foi gasto em hospedagens, também pagos em dinheiro vivo.
A prática de usar dinheiro em espécie para despesas do governo gerou críticas e levantou questões sobre a transparência nos gastos públicos.
Em resposta às críticas, a Secretaria de Comunicação Social da República (Secom) argumentou que, na época, o uso de dinheiro vivo era necessário em locais onde o cartão corporativo não era aceito. Isso se dava devido à recente implementação do cartão e à baixa aceitação em alguns países.
Os gastos do governo Lula em dinheiro vivo durante seus dois primeiros mandatos totalizaram cerca de R$ 22 milhões. Esse valor é significativamente maior do que os cerca de R$ 2,5 milhões gastos pela gestão Bolsonaro nos quatro primeiros anos de seu governo.
Os dados foram levantados pela Agência Fiquem Sabendo, especializada em Lei de Acesso à Informação.