PF combate fraudes ambientais e receptação de madeira no MA
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MARANHÃO, 18 de janeiro de 2025 – A Polícia Federal (PF), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Corpo de Bombeiros Militares do Maranhão, deflagrou nesta terça (18) a Operação Falsa Origem. A ação ocorreu no interior do Maranhão e teve como objetivo o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão contra esquemas ilegais no setor madeireiro. A investigação da PF identificou serrarias clandestinas que abasteciam o comércio de madeira e utilizavam saldos fictícios no Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (SISDOF). Durante a operação, foram apreendidas toras de madeira, produtos beneficiados, documentos, dispositivos eletrônicos e equipamentos. Em um único local, mais de 400 toras foram encontradas.
Senador critica Flávio Dino por suspensão de emendas à Saúde
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SÃO LUÍS, 18 de janeiro de 2025 – O senador Otto Alencar (PSD-BA) criticou a suspensão das emendas parlamentares na área da saúde e solicitou que o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), revise suas decisões. Alencar argumentou que a retenção de recursos traria grandes prejuízos para a população, uma vez que a execução de programas essenciais depende desses fundos. Segundo o Estadão, o senador destacou que Dino, que possui plano de saúde, pode não compreender a gravidade da situação. “Ele não imagina o impacto. Tem seguro de saúde, então ele não entende a realidade. Isso me incomoda muito”, afirmou Alencar. O ministro Flávio Dino e o STF não se manifestaram sobre as declarações. A suspensão do pagamento das emendas ocorreu em agosto do ano passado, quando Dino alegou falta de transparência e descumprimento das regras fiscais. Em dezembro, os recursos foram liberados, mas com novas condições que geraram discordância entre os parlamentares.
Entidades denunciam infração de direitos na obra do Governo
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ANAJATUBA, 18 de janeiro de 2025 – Comunidades quilombolas do município de Anajatuba e entidades emitiram uma nota de repúdio à construção da rodovia Travessia da Baixada, que liga a cidade de Anajatuba ao Rio Mearim. A estrada de 14 km está sendo construída pelo governo estadual sem consulta prévia às comunidades afetadas. O projeto atravessa áreas quilombolas, o que, segundo as comunidades, compromete seus modos de vida e territórios tradicionais. O projeto da rodovia corta a Área de Proteção Ambiental (APA) Baixada Maranhense, uma região úmida de relevância internacional, reconhecida pela Convenção de Ramsar, e abriga uma rica biodiversidade. Os quilombolas alertam que a obra ameaça não apenas a fauna e flora locais, mas também seus modos de vida, que dependem da preservação do ecossistema. Além disso, a construção afeta o Território Quilombola das Ilhas do Teso, que é composto por 24 ilhas e certificado pela Fundação Cultural Palmares, além de outros oito territórios quilombolas da região. As comunidades denunciam ainda a falta de reconhecimento das suas existências pela Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP), que inicialmente emitiu uma certidão afirmando a inexistência de comunidades tradicionais na área. Posteriormente, a certidão foi corrigida, mas a licença ambiental já havia sido concedida com base em informações erradas, permanecendo válida até o momento. Para as comunidades, isso configura uma violação da legislação nacional e internacional, que exige a realização de estudos de impacto ambiental específicos e a Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI), conforme estipulado pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Assembleia contesta decisão do STF sobre indicação ao TCE
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MARANHÃO, 18 de janeiro de 2025 – A Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA) emitiu uma manifestação formal sobre a decisão do ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que, em 10 de fevereiro, suspendeu temporariamente a indicação de Flávio Costa para o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MA). A decisão ocorreu após uma nova Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), movida pelo Partido Solidariedade, de Othelino Neto, deputado opositor ao governo. A Assembleia contesta a suspensão e solicita que o partido seja condenado por litigância de má-fé.
TRT convoca audiência sobre greve dos rodoviários
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MARANHÃO, 18 de janeiro de 2025 – A presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão), desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, marcou para esta terça (18), às 9h, uma audiência de conciliação sobre o dissídio coletivo da greve dos rodoviários em São Luís e região metropolitana. A reunião ocorrerá no salão nobre do prédio-sede do TRT, na Areinha.
Brandão revoga nomeações de Jefferson Portela e Rodrigo Maia
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MARANHÃO, 18 de janeiro de 2025 – O governador do Maranhão, Carlos Brandão, anulou as nomeações do delegado Jefferson Portela e do subprocurador Rodrigo Maia para a Vice-Governadoria. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda (17) e determina o retorno de ambos aos seus órgãos de origem. No primeiro ato, Brandão revogou a cessão de Rodrigo Maia, que havia sido requisitado para atuar na Vice-Governadoria com ônus para a Procuradoria-Geral do Estado. Sua nomeação foi originalmente publicada no Diário Oficial do Estado em 2 de maio de 2024. No segundo ato, o governador tornou sem efeito a cessão de Jefferson Portela, delegado de polícia classe especial vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Braide propõe transporte em greves e gera questionamentos
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SÃO LUÍS, 18 de janeiro de 2025 – O deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) criticou duramente o projeto de lei anunciado pelo prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD). A proposta, enviada à Câmara Municipal, autoriza o uso de recursos destinados ao transporte público para custear corridas de aplicativos durante greves dos rodoviários. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Yglésio classificou a medida como um “ataque aos cofres públicos” e afirmou que a população está sendo enganada. “Tem milhares de pessoas caindo nisso porque, infelizmente, a maioria das pessoas não sabe fazer conta”, declarou. Segundo ele, o município gasta atualmente cerca de R$ 8 milhões mensais com transporte coletivo. Se implementada, a proposta elevaria essa despesa para R$ 24 a R$ 25 milhões por mês, o que poderia configurar improbidade administrativa.