Campanha de Duarte Jr em São Luís corre perigo
SÃO LUÍS, 9 de março de 2024 – O deputado federal Duarte Jr (PSB) passa por um momento turbulento em sua pré-campanha. Sob o risco de perder o apoio do governador Carlos Brandão (PSB), Duarte vê o sonho de uma candidatura competitiva derreter e já começa a sentir, mais uma vez, a dureza implacável da derrota para Eduardo Braide. O clima é de angústia. Para entender a situação delicada de Duarte, é preciso saber que sua pré-candidatura foi uma exigência do ex-ministro da Justiça, Flávio Dino. Amigo quase que íntimo de Dino, Duarte é apadrinhado por ele na disputa para o cargo de prefeito de São Luís. A eleição de Duarte é uma espécie de capricho não resolvido pelo agora ministro do Supremo Tribunal Federal durante sua passagem pelo palácio dos Leões. Em 2020, Duarte contou com amplo apoio do então governador Flávio Dino e do vice, Carlos Brandão, na primeira derrota sofrida contra Eduardo Braide. Apesar de ser o preferido de Dino, Duarte teve que disputar as eleições com outros membros do grupo. Os também deputados Neto Evangelista e Rubens Pereira Jr. Vencedor da disputa no próprio grupo, Duarte foi ao segundo turno e não contou com o apoio antes apalavrado: quem fosse seria acolhido pelos demais. Neto preferiu apoiar Braide e Rubens Jr já tinha causado muito estrago na campanha de Duarte ainda no primeiro turno. A derrota foi retumbante. Passados quatro anos, Dino convenceu Brandão a reeditar o apoio do Palácio dos Leões ao jovem deputado. Brandão não queria apoiar Duarte como o fez em 2020. Ocorre que, após a derrota, Duarte chamou vereadores e o próprio Brandão para reunião no Palácio dos Leões para uma desnecessária, mas nem por isso leve, lição de moral e responsabilização pela derrota. Brandão nunca esqueceu da humilhação. Por conta da aliança com Dino, o governador se dispunha a ajudar Duarte mais uma vez. Então, o ministro paralisou a escolha do advogado Flávio Costa para o Tribunal de Contas do Estado. A ação de Dino foi antecedida por ataques de membros mais próximos do ministro, como Carlos Lula, Rodrigo Lago e Othelino Neto. E Duarte, que só queria apoio para disputar a eleição, se viu no meio do fogo cruzado. Brandão ainda não oficializou o bater de ombros em relação ao pupilo de Dino, mas a expectativa é que a força avassaladora que iria dar suporte ao presidente de honra do Procon. Contudo, o desembarque do governador da candidatura de Duarte é tido como fatal caso Dino, e seu grupo, não cessem as hostilidades. Sem o apoio de Brandão, a tendência é que Duarte seja esmagado por Braide já no primeiro turno e veja o segundo lugar ameaçado para Yglésio Moyses ou Fábio Câmara.