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Tarcísio garante lealdade a Bolsonaro, apesar das divergências

Tarcisio Bolsonaro

BRASÍLIA, 09 de julho de 2023 – Dois dias depois de reconciliar com o ex-presidente Jair Bolsonaro, após um constrangimento na semana passada antes da votação da Reforma Tributária, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou neste domingo que não é possível concordar em tudo com o ex-chefe. No entanto, ele prometeu ser sempre leal a Bolsonaro. Tarcísio participou de uma solenidade em homenagem aos 91 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, evento realizado no Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, no Ibirapuera. Ao ser questionado sobre a polêmica da semana passada, ele minimizou a situação e destacou que já tinha divergências com Bolsonaro quando era seu ministro da Infraestrutura, de 2019 a 2022. “A conversa com Bolsonaro foi excelente. O presidente é um grande amigo. Podemos divergir em algum ponto sobre a reforma, o que é normal. Não é possível concordar em tudo. Já era assim quando eu era ministro. Havia situações em que discordava dele, mas sempre procurei assessorá-lo de maneira respeitosa. Sempre tive uma lealdade muito grande. Os pontos que coloquei sobre a reforma, já havia apresentado antes a ele. Está tudo bem. Sempre serei leal e grato ao presidente”, declarou Tarcísio. Na quinta (6), os aliados e de Bolsonaro. O embate foi registrado e divulgado nas redes sociais para gerar pressão contra o governador. No mesmo dia, após a aprovação da reforma na Câmara, Tarcísio recebeu telefonemas de empresários influentes, como Abilio Diniz, e foi publicamente defendido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. No dia seguinte, devido à repercussão negativa por parte dos apoiadores de Bolsonaro, o ex-presidente telefonou para o governador e eles marcaram um encontro em Brasília para apaziguar a situação. Perfis de apoio a Tarcísio rapidamente divulgaram uma foto do encontro para aliviar a pressão sobre o governador, que passou a ser cobrado por bolsonaristas para se posicionar de forma mais firme como uma liderança da direita bolsonarista e demonstrar lealdade ao ex-presidente.

PT busca cassação de Moro e Lula apoia Gleisi para a vaga

O PT está buscando a cassação de Sergio Moro (União Brasil-PR) pela Justiça Eleitoral e Lula (PT) deu seu apoio para que a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) tente ocupar a vaga. A ação contra Moro foi movida pela Federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PCdoB e PV, e alega o uso indevido, desvio e abuso de poder econômico por parte do ex-juiz durante a pré-campanha e campanha eleitoral de 2022. A expectativa no PT é que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) julgue o caso em agosto, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – para onde um possível recurso das partes seria encaminhado – em dezembro. Diferentemente do ocorrido após a cassação de Deltan Dallagnol, em que a vaga do ex-deputado foi ocupada por Luiz Carlos Hauly, uma eventual cassação de Moro exigiria a realização de uma nova eleição. Nesse cenário, o PT planeja lançar Gleisi, atual presidente do partido e que já ocupou o cargo de senadora de 2011 a 2019. Ela não precisaria se licenciar do mandato de deputada para concorrer. Segundo informações obtidas, Lula e Gleisi já discutiram o assunto, e o presidente deu sua aprovação para que ela busque a vaga. Embora estejam cientes de que o governador Ratinho Júnior (PSD) provavelmente lançará um candidato com apoio da máquina, o PT vê essa como uma oportunidade para mais um debate sobre os abusos e excessos cometidos por Moro durante uma possível eleição. Além de Gleisi, outros possíveis interessados na vaga incluem Álvaro Dias (Podemos), Paulo Martins (PL) – ambos derrotados por Moro na disputa pelo Senado em 2022 – e Ricardo Barros (PP), atual secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Paraná.

Flávio Dino descarta interesse em indicação ao STF

Dino Stf

BRASÍLIA, 09 de julho de 2023 – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou a seus aliados próximos que não está interessado em ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) neste momento, embora considere a indicação algo honroso. A informação foi divulgada pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. Em outubro, uma nova vaga será aberta no STF com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Segundo aliados de Lula (PT), o presidente “não teria como recusar um eventual pedido de Dino para ir ao STF”. Apesar disso, o ministro da Justiça tem apreço pela política e não se arrepende de ter deixado a magistratura para seguir sua carreira atual. Dino também é considerado um dos possíveis sucessores de Lula após o término do mandato do petista – seja em 2026 ou 2030.

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