Rubens Jr é exonerado um mês após reunião para espionar prefeitos
Rubens Pereira Júnior (PCdoB) foi exonerado do cargo de secretário de Estado de Articulação Política (SECAP). O afastamento de Rubens acontece um mês após a divulgação de vídeo em que o comunista aparece solicitando a funcionários da Secap que espionassem prefeitos do interior do Maranhão. Interlocutores do PCdoB reclamaram da atuação de Rubens na secretaria. Segundo eles, a atuação do comunista na secretaria era “vexatória”. “Nunca participou de uma reunião decisiva. Ele nunca foi secretário de fato”, disse uma fonte do PCdoB. Além disso, a fonte consultada também afirmou que a atuação de Rubens Jr na secretaria era completamente independente. “Tudo aquilo saiu única e exclusivamente da cabeça dele”, disse. As declarações, de certa forma, eximem a cúpula do governo de responsabilidade em relação à desastrosa reunião protagonizada por Rubens Jr em que o secretário solicitou aos funcionários que espionassem prefeitos.
Eduardo Braide acaba com especulações sobre candidatura em 2022
Responsável por um melhores inícios de gestão pública no Maranhão das últimas décadas (o que não significa tratar-se de um início perfeito), Eduardo Braide era visto como possível candidato ao governo em 2022 por apoiadores. Na manhã desta segunda (2), o prefeito pôs fim às especulações e afirmou que não deve deixar o posto para tentar o governo. “Nesse momento, realmente, a intenção é cuidar bem da cidade. As minhas energias, os meus esforços, os meus cuidados, estão em fazer de São Luís uma cidade melhor”, disse Eduardo Braide. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Ponto Final, da Mirante AM. Nas últimas semanas afirmei a vários interlocutores que a permanência no cargo era o caminho natural de Braide. Após quatro anos de espera, duas eleições, uma eleição desgastante em 2020 e a luta contra a Covid-19 já no primeiro semestre da gestão, seria perigoso embarcar em uma eleição de governador menos de 2 anos após tomar posse como prefeito. A permanência de Braide no cargo o tira de uma aventura em 2022 e o coloca como favorito na reeleição de 2024. Dessa forma, o esperado é que Braide apenas tente voos mais alto em 2026. Dadas as circunstâncias e a configuração explícita do governador Flávio Dino (PSB) em apoiar o vice Carlos Brandão (PSDB) com o intuito de voltar ao governo em 2026, o embate entre Eduardo Braide e Flávio Dino é real (desde que Brandão seja eleito no ano que vem e Flávio Dino conquiste a provável vaga para o Senado). A opção de Braide por uma gestão exitosa é a melhor estratégia a seguir. Pois mantém a confiança do povo que o escolheu para ficar por quatro anos no mandato e lhe dá a chance de preparar o ataque onde a classe política maranhense é mais débil (principalmente o governador Flávio Dino): a gestão.
Manifestações pelo voto atraíram grande público
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“Cédula de papel” é fake news!
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Lahesio Bonfim tumultua manifestação pelo voto impresso em São Luís
O prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim, e seu grupo tumultuaram a manifestação pró-voto impresso realizada em São Lu ontem (1). Participantes do ato se disseram chocados com a violência das palavras do prefeito e de seus apoiadores contra a organização do evento. “Eu já participei de várias manifestações e nunca tinha visto isso”, disse uma das organizadoras. As críticas são direcionadas à quebra do roteiro do evento pelo grupo do prefeito Lahesio Bonfim. Na quarta (28), em reunião da organização, ficou acordado que não seriam permitidos discursos de pré-campanha ou que fugissem da pauta do voto impresso. O acordo foi quebrado quando o prefeito de São Pedro dos Crentes discursou. Lahesio esqueceu a pauta do evento e fez propaganda política de si mesmo. O pré-candidato falou sobre o voto impresso auditável rapidamente, por pouco mais de 30 segundos. Ao ser interrompido por membros da organização, o prefeito prosseguiu desrespeitando o compromisso de não falar sobre pré-campanha. Após sua fala, foram iniciados uma série de ataques do grupo do prefeito contra os demais membros da organização do evento. Muitos participantes, chocados com a violência e teor das palavras dos apoiadores de Lahesio, deixaram a manifestação. “Eu fiquei sem entender nada. Tinha levado meus filhos e, do nada, eles (grupo de Lahesio) começaram a xingar todo mundo. Fui embora”, disse uma participante. O mais descontrolado dos apoiadores de Lahesio Bonfim era o médico extremista Allan Garcês, já conhecido por sua truculência tanto no meio da saúde quanto no meio político. Garcês atacou e xingou demais membros da manifestação que deveria sair em carreata pelas ruas da cidade. A certo ponto, o médico lançou mão em uma estratégia antiga de dividir o movimento. Espalhando desinformação, o extremista afirmou que não haveria mais carreata. Alguns participantes, confusos com a situação, não acompanharam o comboio. INFILTRADOS? Essa foi a primeira participação do prefeito Lahesio Bonfim em eventos da chamada “direita maranhense”. Coincidentemente, foi a primeira vez que uma manifestação acabou em desordem e ataques. Semanas atrás o prefeito afirmou em entrevista à TV Mirante que não gosta de ser identificado como “bolsonarista” e que seu jeito de fazer política é diferente da promovida por Jair Bolsonaro. Após a manifestação, cresceu a tese entre lideranças conservadoras no estado de que Lahesio Bonfim esteja sabotando as ações propositadamente. O prefeito seria motivado pelo rancor de saber que não será escolhido pelo presidente como seu candidato no estado. Dessa forma, ao lado de extremistas como Allan Garcês, estaria espalhando desinformação e propondo a desunião entre os grupos.
Líder comunitário executado em São Luís disse que comunista iria matá-lo
Assassinado na noite de ontem (1), o líder comunitário Nestor Almeida previu que seria assassinado. Nestor, que era um dos ativistas por moradia mais conhecidos da capital maranhense, foi morto a tiros em um bar. Anos atrás o líder comunitário apontou secretário de governo, Márcio Jerry, como possível mandante de um futuro atentado contra ele. A acusação foi feita ainda em 2015, há sete anos. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Blog do Linhares (@blogdolinhares) “Quem matou o jovem Fagner na Vila Luizão não foi a PM, mas sim a ordem do ditador Márcio Jerry, e eu sou o próximo segundo gente ligado à ele, por isso, Direitos Humanos, se me matarem, já sabem a quem prender”, disse em suas redes sociais. No ano da acusação, Jerry ocupava a Secretaria de Articulação Política e Assuntos Federativos. Procurado para opinar sobre a situação, Jerry desconsiderou a situação. Durante aquele período, Nestor comandou uma série de protestos contra o Governo do Estado que foram severamente reprimidos pelo governo. Mulheres e crianças chegaram a ser atingidas com bombas de gás. Era o primeiro ano de gestão do governador Flávio Dino (PCdoB). É improvável que o secretário seja investigado com base nas declarações publicadas em perfil social da vítima. A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, acionada por Nestor, também deve eximir-se de qualquer manifestação sobre o caso. Ocorre que a situação seria completamente diferente se Nestor Almeida tivesse acusado algum membro da Família Sarney, apoiador de Bolsonaro ou membro da oposição do governo Flávio Dino E aí está o cerne dessa situação: por que tratar a situação com desdém para uns e com extrema gravidade se tivesse sido com outros?