SÃO LUÍS, 23 de abril de 2024 – Trabalhadores rurais se reuniram em protesto diante da Assembleia Legislativa do Maranhão para denunciar a crescente violência no campo no estado.
A mobilização, organizada nesta terça (23), demanda políticas públicas e leis que assegurem direitos e proteção aos trabalhadores. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Maranhão é o terceiro estado com maior número de conflitos no campo.
A CPT registrou, em 2023, 171 conflitos por terra, 13 casos de trabalho escravo rural, resgatando 104 pessoas em situação análoga à escravidão, além de 22 disputas por água no Maranhão. Quanto à violência, foram reportados quatro assassinatos e sete tentativas no estado.
Dos 5.568 municípios brasileiros, a CPT registrou violência contra pessoas em conflitos rurais em 492 nos últimos 10 anos.
A região Nordeste lidera com 1.146 ocorrências, destacando-se Amarante, Bom Jardim e Viana no Maranhão, e Jaqueira em Pernambuco. A região Norte ocupa o segundo lugar, com 931 registros.
Além da busca por segurança, os manifestantes exigem melhorias na educação, saúde e questões ambientais para as comunidades rurais. Está programada uma passeata até o Palácio dos Leões, sede do governo maranhense.
O protesto conta com acompanhamento das forças policiais estaduais.
???? O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) paralisa avenidas importantes de São Luís durante o protesto chamado de “Grito da Terra”, seguindo em direção ao Palácio dos Leões. + pic.twitter.com/9Q1n80GRwQ
— Atualiza MA (@atualizama) April 23, 2024