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Ditador Maduro adianta Natal na Venezuela para 1º de outubro

Maduro decreto

VENEZUELA, 03 de setembro de 2024 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou o adiantamento do Natal no país para o próximo dia 1º de outubro. O anúncio foi feito na noite desta segunda (2), em um programa de auditório que ele mesmo apresenta semanalmente. O adiantamento coincide com um momento de tensão no país, após as eleições presidenciais de 28 de julho. Oposição e boa parte da comunidade internacional colocam em dúvida a legitimidade da reeleição de Maduro para mais um mandato. A medida de Maduro é considerada uma “cortina de fumaça para a fraude eleitoral” pelo pesquisador de Harvard e professor de relações internacionais Vitelio Brustolin. Em meio a protestos e à pressão internacional, a Procuradoria venezuelana, aliada do chavismo, pediu a prisão do candidato oposicionista, Edmundo González, que reivindica a vitória nas eleições e pede a divulgação das atas das urnas. O pedido foi acatado pela Justiça, também considerada um braço do regime de Maduro. NATAIS ADIANTADOS Não é a primeira vez que Maduro recorre à antecipação das celebrações natalinas no país. Em 2020, ele adiantou o Natal para 15 de outubro, em meio à pandemia. Na ocasião, a data foi marcada pela liberação de recursos para a compra de brinquedos. Em 2013, Maduro já havia decretado que as comemorações acontecessem a partir de 1º de novembro, afirmando na época que desejava “felicidade e paz para todo o mundo” e “derrotar a amargura”. Hugo Chávez havia morrido em março daquele ano, e Maduro venceu uma eleição presidencial cuja lisura foi contestada.

Boulos já reconhece suspeitas de fraude na eleição venezuelana

SÃO PAULO, 21 de agosto de 2024 – Em entrevista à CNN Brasil, Boulos afirmou que, caso se confirme a falta de transparência no processo eleitoral, o presidente eleito não seria legítimo. Boulos, que anteriormente havia manifestado apoio ao regime de Nicolás Maduro, justificou sua mudança de posição ao destacar que o reconhecimento internacional do governo de Maduro, à época, incluía países como Estados Unidos e Brasil. No entanto, ele enfatizou que a eleição atual, contestada por vários governos, inclusive o brasileiro, apresenta fortes indícios de fraude. Boulos também fez uma comparação entre a situação na Venezuela e os eventos de 8 de janeiro de 2023 no Brasil, quando atos de vandalismo ocorreram em Brasília. Ele sugeriu que, assim como não seria legítimo para Jair Bolsonaro tentar reverter o resultado da eleição no Brasil, o mesmo se aplicaria à Venezuela se as suspeitas de fraude forem confirmadas. O candidato do Psol evitou comentar a nota oficial do Partido dos Trabalhadores (PT), que reconheceu Maduro como presidente reeleito. Em debates e entrevistas recentes, a falta de condenação ao regime chavista tem sido um ponto de crítica de seus adversários, como José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB), que questionaram a relação de Boulos com o governo venezuelano. Em entrevistas anteriores, Boulos já havia afirmado que a Venezuela “não é seu modelo de democracia”. Ele reiterou que, se comprovadas as fraudes, o país deixaria de ser considerado uma democracia.

María Corina convoca protesto global contra eleições na Venezuela

María Corina

VENEZUELA, 12 de agosto de 2024 – A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, convocou um protesto global para o próximo sábado (17) em resposta às eleições nas quais o ditador Nicolás Maduro foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), sem que qualquer ata de votos tenha sido apresentada. Através das redes sociais, María Corina incentivou os cidadãos venezuelanos a comparecer aos locais de manifestação portando seus comprovantes de voto, enfatizando que “o mundo deve ver, com as atas em mãos, que não permitiremos que nos roubem”. María Corina destacou a necessidade de união entre os venezuelanos, tanto dentro quanto fora do país, para protestar contra o regime de Maduro. Ela reforçou que todos os venezuelanos, em “qualquer lugar do mundo”, devem levantar suas vozes em prol da verdade. Neste sábado, 10 de agosto, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, controlado pelo regime de Maduro, anunciou que revisará documentos apresentados por organizações políticas e ex-candidatos, para concluir o processo de validação das eleições de 28 de julho.

González se declara presidente da Venezuela e exige posse

Eleição Posse

VENEZUELA, 05 de agosto de 2024 – Edmundo González, candidato da oposição na Venezuela, autoproclamou-se presidente nesta segunda (5). A declaração ocorre após a disputa eleitoral contra Nicolás Maduro, na qual, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro obteve 51% dos votos, enquanto González ficou com 44%. No entanto, atas obtidas pela oposição indicam 67% dos votos para González e 30% para Maduro. A agência de notícias AFP e o Centro Carter ratificaram os resultados favoráveis ao ex-diplomata.

Maduro manda prender mais de 2 mil pessoas na Venezuela

Maduro Venezuela

VENEZUELA, 05 de agosto de 2024 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, intensificou a repressão em seu governo, com mais de 2 mil venezuelanos presos após protestos em Caracas. As manifestações ocorreram após denúncias de fraude eleitoral, e o governo de Maduro reagiu com a maior repressão de seus 11 anos no poder. Durante uma coletiva de imprensa, Maduro prometeu enviar os manifestantes para prisões de segurança máxima por até 30 anos. Os protestos surgiram após a oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, publicar resultados eleitorais detalhados, alegando vitória. A alegação contradiz os números divulgados pelo governo, que declarou Maduro vencedor com 51,95% dos votos. A oposição, no entanto, apresentou evidências de que González obteve quase 70%. Em sua primeira coletiva de imprensa internacional em quase dois anos, Maduro demonstrou frustração e raiva, criticando a mídia internacional e a oposição. Ele acusou seus opositores de tentar incitar uma guerra na Venezuela, comparando a situação a conflitos em outros países.

EUA veem vitória da oposição na Venezuela e pedem transição

Eleições Venezuela

ESTADOS UNIDOS, 02 de agosto de 2024 – A pressão sobre Nicolás Maduro ganhou força, nesta quinta (1º), depois que os Estados Unidos reconheceram a vitória da oposição na Venezuela no último domingo (28), e o Brasil assumiu a custódia da Embaixada da Argentina em Caracas. “Dada a esmagadora evidência, está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia ganhou a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho”, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em um comunicado. “Além disso, os EUA rejeitam as alegações infundadas de Maduro contra os líderes da oposição. As ameaças de Maduro e de seus representantes de prender líderes da oposição (…) são uma tentativa antidemocrática de reprimir a participação política e manter o poder.” Blinken também cobrou o início das tratativas para a mudança de governo. “Nós saudamos Edmundo González Urrutia por sua campanha bem-sucedida. Agora, é hora de os partidos da Venezuela começarem as discussões sobre uma transição pacífica e respeitosa, em concordância com a lei eleitoral e os desejos do povo venezuelano.”

Chavismo pede prisão de opositores María Corina e González

Opositores Ditadura

VENEZUELA, 30 de julho de 2024 – O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, solicitou a prisão de María Corina Machado e do ex-diplomata Edmundo González, ambos opositores do governo, nesta terça (30). Rodríguez acusa os dois de tentativa de golpe de Estado e de questionarem os resultados da eleição. Durante uma sessão no Parlamento, Rodríguez afirmou: “O Ministério Público deve agir não apenas contra os criminosos nas ruas, mas também contra os líderes, que precisam ser presos.” Ele especificou que se referia a María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, acusando os opositores de liderarem uma “conspiração fascista” na Venezuela. Rodríguez enfatizou que “com o fascismo não se pode ter contemplações, com o fascismo não se dialoga”. Ele ainda declarou: “Ao fascismo não se dão benefícios processuais. Ao fascismo não se perdoa, quando se perdoa quase acaba com o planeta, quase acaba com a humanidade.”

Esquerda maranhense silencia sobre eleição na Venezuela

Esquerda Maranhão

MARANHÃO, 30 de julho de 2024 – A recente eleição na Venezuela, ocorrida no último domingo (28), provocou reações intensas entre políticos de direita no Maranhão, que utilizaram o evento para criticar a esquerda e seus apoiadores. O deputado estadual e pré-candidato à prefeitura de São Luís, Yglésio Moyses (PRTB), publicou um vídeo nas redes sociais lembrando os venezuelanos que vivem na capital maranhense, muitos em condições precárias. Ele criticou a situação no país vizinho, associando-a à “ditadura sanguinária” apoiada, segundo ele, pelo presidente Lula e pela esquerda brasileira. A deputada estadual Mical Damasceno (PSD), conhecida por seus discursos com tom religioso, compartilhou um vídeo da opositora venezuelana Maria Corina Machado recebendo uma oração de uma pastora. Já o deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos) se pronunciou de forma mais moderada, enfatizando a necessidade de eleições “verdadeiramente livres e justas” para o povo venezuelano. Lahesio Bonfim, embaixador do partido Novo, também se manifestou, compartilhando imagens de manifestações na Venezuela e expressando tristeza pelo sofrimento dos venezuelanos.