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PF indicia Janones por suspeita de rachadinha em gabinete

Janones Corrupção

BRASÍLIA, 12 de setembro de 2024 – A PF apontou que Janones teria cometido os crimes de corrupção passiva, peculato e associação criminosa. Quando o inquérito foi aberto, no ano passado, Janones negou que tivesse praticado “rachadinha” em seu gabinete. Também foram indiciados um assessor do deputado e um ex-assessor pelos crimes de corrupção passiva e associação criminosa. O relatório foi enviado nesta quinta-feira ao ao Supremo Tribunal Federal (STF). “O Deputado Federal André Janones é o eixo central em torno do qual toda a engrenagem criminosa gira. A investigação expôs a ilicitude de seus atos em todas as etapas, desde o início até o desfecho”, diz o documento . A investigação foi aberta a partir de um áudio, divulgado no ano passado pelo portal Metrópoles, no qual Janones pede para que funcionários façam doações mensais de seus salários para compensar gastos de campanha. O relatório afirma que o áudio teve a “veracidade corroborada tanto pelos participantes da reunião, quanto por laudos periciais”, e que a gravação mostra que “o parlamentar solicitou a devolução de parte da remuneração dos seus assessores, prática popularmente conhecida como ‘rachadinha’, enquadrando-se no crime previsto no art. 317 do Código Penal (corrupção passiva)”. Em depoimento, dois ex-assessores confirmaram os pedidos de devolução. Um deles afirmou que “sofreu retaliações por não repassar e isso explica o porquê não está mais no cargo”. A PF também reforçou seu entendimento sobre a ocorrência da rachadinha analisando a quebra de sigilo fiscal e bancário do deputado, autorizada pelo STF. Houve uma variação patrimonial “a descoberto” (ou seja, quando o aumento não é justificado pela renda declarada) de R$ 64.414,12 em 2019 e de R$ 86.118,06 em 2020. “Isso indica que, nos anos próximos ao período em que a reunião foi gravada, a diferença entre as receitas e as despesas do Deputado Federal André Janones não seria suficiente para justificar o aumento patrimonial registrado”, diz o relatório.

PF apreende R$ 28 mil em casas de suspeitos de desvios no MA

Operação desvios

BARÃO DO GRAJAÚ, 28 de agosto de 2024 – Na manhã desta quarta (28), a Polícia Federal realizou uma operação contra desvios de dinheiro público, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro no município de Barão do Grajaú, na divisa com o Piauí. Segundo as investigações, os desvios teriam ocorrido entre 2014 e 2017, quando servidores municipais movimentaram, em contas pessoais, mais de R$ 1.375.480,00 originadas de transferências de empresas contratadas pela prefeitura.

PF investiga judiciário de Tocantins após operação no Maranhão

Operação Judiciário

TOCANTINS, 23 de agosto de 2024 – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta (23) a Operação Máximus para investigar crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa no Judiciário do Estado do Tocantins. A operação mobilizou policiais federais em cinco estados: Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal, com o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além disso, foram impostas medidas cautelares diversas da prisão, como o afastamento de cargos públicos e o sequestro e a indisponibilidade de bens, direitos e valores dos envolvidos. As investigações visam apurar a suposta negociação para compra e venda de decisões e atos jurisdicionais, bem como atividades que buscavam lavar o dinheiro obtido das práticas criminosas investigadas. A operação foi batizada de Máximus em referência ao personagem do filme “Gladiador”, conhecido por sua luta contra a corrupção na cúpula do poder do Império Romano.

Wellington pede investigação da PF sobre carro com R$ 1 milhão

Wellington Investigação

SÃO LUÍS, 06 de agosto de 2024 – O deputado estadual Wellington do Curso solicitou, na sessão plenária de terça (6), uma investigação pela Polícia Federal sobre um veículo encontrado em São Luís contendo mais de R$ 1 milhão em espécie. O parlamentar e pré-candidato a prefeito de São Luís pelo partido Novo suspeita que o dinheiro possa estar relacionado a desvios de recursos públicos ou lavagem de dinheiro. Na oportunidade, Wellington destacou que o montante encontrado não parece ser fruto de assalto a banco ou caixa forte, sugerindo a possibilidade de crimes federais. Ele solicitou que a Polícia Federal investigue o caso para determinar a origem dos fundos e os motivos para o dinheiro estar no veículo. Além disso, o deputado mencionou a possibilidade de envolvimento em crimes federais, como desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

Investigado teria intermediado emendas de Cleber Verde, diz PF

Cleber Verde

MARANHÃO, 4 de julho de 2024 – Mensagens encontradas no celular de um empresário do Maranhão investigado pela Polícia Federal indicam que ele intermediou a destinação de emendas do deputado federal Cleber Verde, do MDB, a duas cidades maranhenses. O conteúdo foi encontrado pela PF no celular do empresário Gianmarko Alecksander Cardoso Beserra, um dos alvos da Operação Tira-Dente, em março de 2023. A operação da PF foi deflagrada no âmbito de um inquérito que apura supostos desvios de dinheiro de emendas parlamentares destinadas a serviços de saúde na cidade de Pedreiras (MA). A investigação que inclui Beserra foi aberta a partir de uma reportagem da revista piauí publicada em julho de 2022, segundo a qual o município de 39 mil habitantes informou no sistema do SUS ter feito 540,6 mil extrações de dentes em 2021 — uma média de 14 dentes extraídos por habitante, a indicar fraudes. Ao analisar o material no celular de Gianmarko Beserra, a PF localizou mensagens trocadas entre ele e o deputado Cleber Verde. A conversa, segundo a PF, indica que o empresário investigado teria atuado como intermediário de emendas do deputado para ações e serviços de saúde de Média e Alta Complexidade (MAC) em outras duas cidades do Maranhão. Na mensagem ao empresário, cuja data não é especificada nos documentos, Verde indicou valores de R$ 2 milhões relacionados às cidades maranhenses de Governador Nunes Freire (MA) e São Domingos do Maranhão (MA), acompanhados dos contados dos respectivos prefeitos. Beserra respondeu: “ok”. “Nos diálogos analisados, há indícios de que o deputado federal Cleber Verde Cordeiro Mendes estaria destinando recursos públicos, via emendas parlamentares, a municípios maranhenses por intermédio do empresário Gianmarko Alecksander Cardoso Beserra”, disse a investigação. Os investigadores também apontaram áudios de Gianmarko Beserra nos quais o empresário citou uma mulher chamada Leila, que é chefe de gabinete do deputado Cleber Verde. Beserra teria indicado Leila a um secretário da cidade de Governador Nunes Feire, como interlocutora para tratar de recursos.

Maranhense da PF pode ser o 1º brasileiro a comandar a Interpol

Maranhense Interpol

SÃO LUÍS, 25 de junho de 2024 – O delegado Valdecy Urquiza, da Polícia Federal, foi indicado pelo Comitê Executivo da Interpol para ser o próximo Secretário-Geral da Interpol. O mandato é de seis anos, entre 2025 e 2030. Urquiza tem 43 anos e desde 2007 integra os quadros da PF, com larga experiência na área de cooperação internacional. Natural de São Luís, no Maranhão, ele é formado em Direito pela Universidade de Fortaleza (Unifor), no Ceará. Possui, ainda, MBA em Administração Pública pelo IBMEC e pós-graduação em Direito Ambiental pela PUC/SP. Com experiências internacionais, o delegado também realizou cursos de Justiça Criminal na Universidade de Virginia, além de Telecomunicações e Tecnologia da Informação na Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica), em Tóquio, e Gestão e Liderança em Harvard. “Estou profundamente grato pela confiança depositada em mim pelos representantes da comunidade policial global ao ser indicado como o próximo Secretário-Geral. Agradeço também à Polícia Federal e as demais instituições governamentais brasileiras pelo apoio fundamental nesta conquista histórica”, disse Urquiza após saber da indicação. Segundo o governo brasileiro, a indicação deve ser confirmada em novembro deste ano pela Assembleia Geral da Interpol. Se confirmado no posto, essa será a primeira vez em 100 anos que um brasileiro comandará a instituição.

Juscelino Filho e aliados têm centrado fogo em delegado da PF

Juscelino Filho

BRASÍLIA, 24 de junho de 2024 – Indiciado pela PF por suposta corrupção envolvendo emendas parlamentares vinculadas à Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), Juscelino Filho (ministro das Comunicações) e seus aliados no partido União Brasil têm direcionado críticas ao delegado Roberto Santos Costa, responsável pela investigação. Segundo fontes internas, os correligionários do ministro acusam Santos Costa de ter uma atuação deliberada para prejudicar o governo do presidente Lula. Eles chegam a comparar o delegado aos investigadores da Operação Lava Jato, insinuando que sua conduta tem motivação política. Em conversas privadas, Juscelino Filho afirmou que seu depoimento à PF foi encerrado após apenas 15 minutos porque ele se recusou a responder perguntas que não estivessem diretamente relacionadas à investigação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Aliados veem Juscelino confiante em arquivamento de inquérito

Juscelino arquivamento

BRASÍLIA, 19 de junho de 2024 – Segundo aliados do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ele demonstra tranquilidade em relação ao indiciamento realizado pela Polícia Federal, confiante de que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitará o arquivamento do inquérito. Eles argumentam que o ministro considera que o inquérito representa uma perseguição por parte da PF. O grupo político de Juscelino já iniciou uma ofensiva contra o delegado responsável pelo caso, conforme detalhado em recente coluna.