Metade dos municípios tem apenas dois candidatos a prefeito
BRASIL, 11 de setembro de 2024 – Cerca de 2.748 municípios brasileiros terão apenas dois candidatos disputando o cargo de prefeito nas eleições deste ano, de acordo com dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Isso representa quase metade dos 5.496 candidatos que concorrem em todo o país, com uma média populacional de 12,7 mil habitantes nessas cidades. Os estados do Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte possuem os maiores percentuais de municípios com apenas dois candidatos à prefeitura, com 76%, 71% e 69%, respectivamente. Em números absolutos, Minas Gerais lidera, com 429 cidades nessa situação, seguido pelo Rio Grande do Sul (282) e São Paulo (227).
Dino critica influência de Bolsonaro em meio à insegurança no MA
O ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), que busca uma vaga no Senado Federal, se posicionou, mais uma vez, sobre pautas de cunho nacional. Na ocasião, atribuiu a violência do caso Genivaldo com a postura que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem tratando as questões de segurança e políticas públicas no país. Após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal, no município de Umbaúba, no estado de Sergipe, Genival morreu em ação da PRF, que utilizou uma bomba de gás lacrimogênio dentro de uma viatura onde a vítima estava. A suspeita é que a causa da morte de Genival tenha sido por asfixia. A mais alta autoridade política do país não pode praticar ou estimular atos ilegais e violentos. Quando isso ocorre, produz uma câmara de gás, em uma viatura policial. Os agentes, provavelmente, responderão por homicídio doloso. E o que ocorrerá com a tal autoridade ? — Flávio Dino (@FlavioDino) May 26, 2022 A postura do ex-governador do Maranhão, segundo Roberto Rocha – que já desafiou Dino a discutir os problemas do Estado -, é fugir da discussão sobre os problemas do Maranhão para centralizar a discussão de âmbito nacional e colocar Bolsonaro como um mal que precisa ser vencido em meio a polarização entre Lula e o atual presidente da República. Desta forma, o líder do PSB no Maranhão se escora no petismo adoecido e sem projeto de país, que, marcado na história com o evento da prisão de seu líder, sem qualquer autocrítica por suas responsabilidades na situação atual e com compromisso nenhum com a gestão presente ou futura do país, radicaliza seu discurso pregando novamente tudo o que não tentaram fazer no poder. A postura de Dino pode ser considerada como parte de uma estratégia de polarização da velha política conhecida por “quanto pior melhor”. “Ele quer fugir do debate porque não tem como justificar os índices de miséria do Maranhão. Ele vendeu sonho e entregou pesadelo. Temos que discutir o Estado. Se ele quiser discutir o Brasil, que se candidate a presidente”, pontuou o pré-candidato a reeleição que rivaliza com Dino a vaga única do Senado Federal. Leia mais em: Dino foge de pautas sobre o Maranhão e mira no Governo Federal Por que fugir do debate sobre o Estado? No período de mandato do ex-governador, o Maranhão piorou os índices de pobreza e não apresentou crescimento nos índices econômico e de desenvolvimento. É um dos estados mais pobres do Brasil, está na última posição em competitividade, tem os piores índices de saneamento básico e fracassou no crescimento econômico. Lembrando que o ex-chefe do Palácio dos Leões, que foi eleito com a promessa de tirar os municípios no estado do ranking dos 100 piores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), precisou culpar a Caixa Econômica, o Banco do Nordeste e o BNDEs pela falta de políticas capazes de tirar o maranhense da linha de pobreza. “Quem faz política econômica no Brasil é o governo federal. O governo do estado tem poucos instrumentos. O Banco Central é federal, o BNDES é federal, os bancos de desenvolvimento de modo geral são todos federais. Quando a política econômica federal é ruim, como é atualmente, é claro que todos os estados sofrem”, afirmou Dino. Veja também: Levantamento nacional valida solução de Simplício ao Maranhão Segurança pública local O governo estadual é responsável pelo policiamento ostensivo, aquele que produz na população uma percepção de segurança. Só que o número de homicídios na Grande São Luís deste ano é maior do que o registrado no mesmo período de 2021, quando ocorreram 93 homicídios. Confira: Insegurança no Maranhão retrata alta de mortes na Grande Ilha Logo, como se não bastasse o Maranhão ter um déficit de 4.216 no quadro da Polícia Militar, sendo que mais 2 mil vão se aposentar, na última semana o blog trouxe a reportagem Acordo entre Flávio Dino e facções criminosas enfraqueceu polícia. Ontem (27/05), uma perseguição policial culminou com um tiroteio em São Luís. O caso ocorreu na altura da Ponta do Farol, próximo da entrada da Avenida Litorânea. Um bandido atirou em agentes da Polícia Civil em São Luís esta manhã. Seguiu, acreditem, em direção ao Comando Geral da PM. Nada de helicópteros, nada de perseguição, nem operações para prendê-lo. Fugiu com facilidade. Flávio Dino cumpriu a meta de entregar o MA aos bandidos. — José Linhares Jr (@blogdolinhares) May 27, 2022