Cientistas admitem ter usado o medo para controlar população durante a pandemia

SENSO INCOMUM

Cientistas membros de um sub-comitê de resposta à emergências pandêmicas do governo do Reino Unido manifestaram arrependimento por utilizarem táticas de amedrontamento para moldar o comportamento da população durante a peste chinesa, informa reportagem do jornal britânico The Telegraph. As declarações foram publicadas no livro State of Fear (Estado de Medo, em tradução livre), de Laura Dodsworth. Lançado na segunda-feira (17), a publicação é resultado de um ano de investigações sobre as táticas do governo. De acordo com o site do governo britânico, o Scientific Pandemic Insights Group of Behaviors (SPI-B) “fornece assessoria científica comportamental especializada e independente ao Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências ( SAGE ), que por sua vez assessora ministros e funcionários de todo o governo.” O objetivo do SPI-B, descreve o governo, é de “antecipar e ajudar as pessoas a aderir a intervenções recomendadas por especialistas médicos ou epidemiológicos.” Em março do ano passado, o SPI-B advertiu que os ministros britânicos precisavam aumentar o “nível de percepção de ameaça individual”, já que um número significativo de pessoas não se sentia ameaçado o suficiente para obedecer ordens de privação de liberdade. “Usar o medo como meio de controle não é ético. Usar o medo cheira a totalitarismo. Não é uma postura ética para nenhum governo moderno”, contou Gavin Morgan, um dos membros do SPI-B. Outro cientista disse à autora que houve discussões sobre a necessidade de usar o medo como forma de encorajar a obediência. “A maneira como usamos o medo foi distópica.” “O uso do medo foi definitivamente questionável do ponto de vista ético. Foi como um experimento estranho. No final das contas, o tiro saiu pela culatra porque as pessoas ficaram apavoradas. ” Outro membro do SPI-B declarou: “Você poderia chamar a psicologia de ‘controle da mente’. Isso é o que fazemos (…). Claramente tentamos fazer isso de uma maneira positiva, mas foi usado de forma nefasta no ano passado. ” O governo britânico tem sido acusado de alimentar a população com uma dieta ininterrupta de más notícias, como mortes e hospitalizações, sem nunca contextualizar os números com as notícias de quantas pessoas estão se recuperando, ou se o número de mortes diárias está acima ou abaixo das médias de gripes sazonais. Outro membro do SPI-B disse que eles ficaram “surpresos com a transformação da psicologia comportamental” durante a pandemia, e que “os psicólogos não pareceram notar quando ela deixou de ser altruísta e se tornou manipuladora. Eles têm muito poder e isso os intoxicou.” Não é a primeira denúncia sobre táticas de medo usadas por um governo para justificar tirania e concentração de poder. Em fevereiro, noticiamos que o Ministério do Interior da Alemanha encomendou estudos científicos para justificar as medidas draconianas de lockdown no país. Também não será a última.

Mentes doentias usam morte de Paulo Gustavo para culpar Bolsonaro

PAULO GUSTAVO

O luto faz aflorar um dos mais caros valores cristãos, a compaixão, na maioria das pessoas com um mínimo de sensatez e sentimento de amor ao próximo. Mas é também nestas horas que as piores e mais vis almas demonstram o tamanho de seu vazio existencial. Se engana quem pensa que este mal acomete apenas um lado do espectro ideológico (não nos esqueçamos, por exemplo, o chorume que vazou da “direita” à época da morte do neto de Lula) – embora a esquerda sempre sobressaia neste quesito, visto a “moral” capenga pela qual se norteia. A lamentável morte do ator e humorista Paulo Gustavo, 42, em consequência da peste chinesa, fez submergir da lama algumas destas almas doentes, que se aproveitaram de uma tragédia para fazer discurso político.

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