Impostos federais somam R$ 912 bilhões em três meses de 2025

Impostos tributos

BRASÍLIA, 24 de março de 2025 –  O governo federal arrecadou R$ 912,3 bilhões em impostos no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O valor considera todos os tributos federais, incluindo IR, IPI, IOF, COFINS, PIS/PASEP e contribuições previdenciárias. O sistema contabiliza 16 tipos de tributos, desde impostos sobre operações financeiras (IOF) e produtos industrializados (IPI) até contribuições sociais como o FGTS. A arrecadação diária gera aproximadamente R$ 180 milhões em juros se aplicada na poupança. Em notas de R$ 100, o montante exigiria 301 contêineres para transporte.

Lula aposta em publicidade para reverter impopularidade

Lula campanha

BRASÍLIA, 21 de março de 2025 –  O governo lançou uma série de campanhas publicitárias nesta semana para tentar reverter a queda na popularidade do presidente Lula (PT). A estratégia se baseia na proposta de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, na valorização de símbolos nacionais e na promoção de programas sociais. A medida faz parte do plano apresentado pelo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, durante a reunião ministerial de janeiro, estabelecendo um prazo de três meses para conter o desgaste da gestão. A estratégia publicitária foi intensificada após pesquisa Datafolha divulgada em fevereiro indicar que apenas 24% dos brasileiros aprovam o governo Lula, o pior índice entre seus três mandatos. A rejeição chegou a 41%, o maior percentual registrado até o momento. Com isso, o Palácio do Planalto acelerou a veiculação das campanhas. A principal aposta do governo é a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. As primeiras peças publicitárias foram lançadas na quinta (20), com produção da agência Nacional, e já estão em circulação nas redes sociais, rádio e televisão. A campanha destaca que trabalhadores de baixa renda pagarão menos impostos, enquanto os mais ricos contribuirão mais. Para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, a isenção será parcial, com descontos progressivos. Apesar de divergências internas, a Secom manteve o calendário original, rejeitando sugestões para adiar a campanha e evitar confusão com o início da declaração do IR 2025, iniciada na última segunda (17). NACIONALISMO E PROGRAMAS SOCIAIS EM DESTAQUE A partir do domingo (23), será lançada a campanha “Brasil dos brasileiros”, com foco na valorização da identidade nacional e na aproximação com o eleitorado. A Bahia, reduto petista e estado de origem dos ministros da Secom e da Casa Civil, será o primeiro destino da ação. Além disso, uma campanha institucional de balanço, produzida pelas agências Nacional e Nova S/B, destacará programas como Farmácia Popular e Pé-de-Meia, apresentados como conquistas sociais.

Lula realoca R$ 750 milhões para o MST e reduz Bolsa Família

Lula remanejamento

BRASÍLIA, 13 de março de 2025 – O governo Lula propôs ao Congresso Nacional uma alteração no Orçamento de 2025 para destinar R$ 750 milhões ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e remanejar R$ 40 bilhões para atender aliados políticos. A mudança prevê cortes em programas sociais, como o Bolsa Família, segundo informações divulgadas pelo Estadão nesta quinta (13). Do total destinado ao MST, R$ 400 milhões serão para a compra de alimentos da agricultura familiar, enquanto R$ 350 milhões irão para o Fundo de Terras e da Reforma Agrária. O envio de recursos ao movimento ocorre dias após a visita de Lula a um acampamento do MST em Minas Gerais, onde recebeu críticas dos integrantes e afirmou conhecer a diferença entre aliados históricos e temporários. A proposta de alteração orçamentária foi encaminhada pelo Ministério do Planejamento à Comissão Mista de Orçamento (CMO) e ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), na terça (11). O governo e parlamentares esperam votar a proposta na próxima semana. OUTROS REMANEJAMENTOS ORÇAMENTÁRIOS Além dos recursos para o MST, o governo prevê R$ 1 bilhão para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 3 bilhões para o pagamento do Auxílio Gás. Também será destinado um acréscimo de R$ 183 milhões ao abono salarial, que beneficia trabalhadores com carteira assinada e renda de até dois salários mínimos. O seguro-desemprego receberá reforço financeiro, enquanto órgãos controlados por partidos do centrão também serão beneficiados. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), ligado ao PP e Avante, terá um aumento de R$ 40 milhões, e o Ministério dos Esportes, contará com R$ 300 milhões adicionais para infraestrutura esportiva vinculada ao PAC.

‘Fale manso comigo’, diz Lula sobre presidente Donald Trump

Lula trump

BRASÍLIA, 12 de março de 2025 – O presidente Lula (PT) disparou nesta terça (11) contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante discurso em Minas Gerais, Lula afirmou que não adianta Trump “ficar gritando”, e pediu que o republicano “fale manso” com ele. “Não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo, que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado. É assim que a gente vai governar esse país”, declarou o presidente Lula. “Quero sair da Presidência entregando mais do que eu prometi nas eleições. O Brasil passou a ser um país respeitado. O Brasil não quer ser maior do que ninguém, mas o Brasil não aceita ser menor. Queremos ser iguais. Porque, sendo iguais, a gente aprende a se respeitar mutuamente”, acrescentou ainda.

Gastos de Lula em viagens já superam toda gestão Bolsonaro

Lula despesas

BRASIL, 11 de março de 2025 – Os gastos do governo Lula com viagens oficiais ultrapassaram em apenas dois anos todo o valor gasto pela gestão de Jair Bolsonaro (2019-2022). Dados da Controladoria-Geral da União (CGU) revelam que o governo Lula acumulou despesas de R$ 4,58 bilhões em viagens oficiais entre 2023 e fevereiro de 2025, enquanto Bolsonaro gastou R$ 4,15 bilhões ao longo dos seus quatro anos no poder. Dos gastos totais de R$ 4,58 bilhões registrados até agora pela gestão Lula, cerca de R$ 3 bilhões foram destinados ao pagamento de diárias de servidores públicos e autoridades, incluindo ministros, assessores e equipes que acompanharam o presidente em viagens oficiais tanto no Brasil quanto no exterior. O levantamento, feito pela Controladoria-Geral da União (CGU), mostra claramente um aumento expressivo nas despesas com viagens desde o início do atual governo em janeiro de 2023, em comparação com o período anterior. EVOLUÇÃO DOS GASTOS COM VIAGENS OFICIAIS Governo Bolsonaro (2019-2022): Total: R$ 4,15 bilhões Governo Lula (2023-2025 até agora): Em comparação anual, o governo Lula gastou quase o dobro da média anual registrada por Bolsonaro, mesmo excluindo os anos de pandemia.

Sete ministros não se reúnem com Lula há mais de 100 dias

Lula diálogo

BRASÍLIA, 11 de março de 2025 – O presidente Lula (PT) está sem receber 7 dos seus 38 ministros para uma conversa privada há mais de 100 dias. Com a reforma ministerial tomando forma, alguns chefes de órgãos do 1º escalão reclamam da falta de agenda com o chefe do Executivo. As críticas a um isolamento do petista não são novas, com uma ala de políticos culpando a primeira-dama Janja da Silva pelo fato. O Poder360 contabilizou as reuniões registradas na agenda oficial em que até 5 pessoas estiveram presentes, contando com Lula. Também não foram contabilizadas reuniões ministeriais. Os dados incluem encontros de 1º de janeiro de 2023 a 7 de março de 2025. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, por exemplo, nunca foi recebida por Lula para uma reunião privada. O ex-chefe do órgão, Silvio Almeida, demitido em 6 de setembro de 2024, foi recebido 6 vezes no tempo em que foi ministro. General Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) é o recordista, com um hiato de 322 dias sem ver o petista em audiência privada, segundo a agenda oficial. HADDAD & RUI & PADILHA Segundo o levantamento, os mais recebidos por Lula no período foram Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Isso porque os 3 ministérios são considerados os mais importantes da Esplanada, já que são o chefe da economia, da articulação com a Esplanada e da articulação com o Congresso, respectivamente. Como mostrou o Poder360, congressistas reclamam da dificuldade em se comunicar com Lula diretamente. Ele recebeu pouco mais de 100 deputados e senadores para reuniões. Dos que conseguiram estar com o petista, a maioria é formada pelos próprios líderes governistas ou apoiadores próximos a Lula, ou ao PT no Congresso. Há quem faça a avaliação de que a ida de Gleisi Hoffmann (PT) para as Relações Institucionais pode isolar ainda mais o presidente a uma cúpula petista. Mesmo criticado por uma ala do Palácio do Planalto, Fernando Haddad segue em alta com o presidente. Ao menos no espaço de agenda. O ministro da Fazenda teve ao menos 100 encontros privados durante o mandato.

Governo Lula pode gastar R$ 3,5 bilhões em publicidade

Lula 2025

BRASÍLIA, 10 de março de 2025 – O governo Lula pode gastar até R$ 3,5 bilhões com publicidade em 2025, segundo projeções baseadas em licitações em andamento. O valor inclui contratos de ministérios, bancos públicos e estatais, como Correios, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O aumento ocorre em um momento em que o presidente busca reverter a queda em sua popularidade e ampliar a divulgação de programas sociais, como o Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e o Mais Acesso a Especialistas, do Ministério da Saúde. A Secretaria de Comunicação Social (Secom), que teve sua liderança substituída em janeiro após críticas públicas de Lula, é uma das principais responsáveis pela gestão dos contratos. Os órgãos federais justificam o aumento dos investimentos em publicidade como uma forma de melhorar a transparência e informar a população sobre políticas públicas.

Governos estaduais resistem à redução do ICMS de alimentos

ICMS Imposto

BRASIL, 10 de março de 2025 – A pressão do governo Lula (PT) para que governadores reduzam o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de alimentos não está sendo bem recebida pelos estados. A preocupação é que se repita no governo Lula o mesmo expediente usado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para baratear os preços dos combustíveis via redução do ICMS. Em 2022, o então chefe do Executivo buscava alternativas para trazer alívio para a inflação do país em ano eleitoral. Na época, o Congresso Nacional aprovou a desoneração do ICMS dos combustíveis, à revelia dos estados, que tiveram uma redução abrupta da arrecadação. A perda de receitas acabou sendo mais tarde compensada em R$ 27 bilhões pelo governo federal após acordo homologado no STF (Supremo Tribunal Federal), já no governo Lula. Secretários de Fazenda ouvidos pela reportagem da Folha, na condição de anonimato, criticam a postura do vice-presidente Geraldo Alckmin durante o anúncio, na quinta (6), da zerar a alíquota de importação para diversos produtos –a lista inclui carne, café, milho, óleo de girassol, óleo de palma, azeite, sardinha e açúcar. O governo federal disse, na ocasião, que faria um apelo aos estados para que retirassem impostos estaduais. Entre os críticos, há uma avaliação de que Lula e Alckmin deveriam ter chamado os governadores para uma reunião antes de tentar empurrar o problema para os estados.

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