Iracema Vale prestigia selo dos 40 anos da redemocratização

iRACEMA COMEMORAÇÃO

SÃO LUÍS, 25 de abril de 2025 – A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), participou, na noite de quinta (24), da cerimônia de lançamento do selo em comemoração aos 40 anos da redemocratização do Brasil. O evento foi realizado no Convento das Mercês, em São Luís, e prestou homenagem ao ex-presidente José Sarney, que completou 95 anos. A solenidade foi promovida pelos Correios, em parceria com o Ministério das Comunicações. O selo, apresentado pela primeira vez na capital maranhense, reconhece o papel de Sarney na transição do regime militar para a democracia e destaca a participação do Maranhão nesse processo político nacional. Durante o evento, Iracema Vale destacou a importância do reconhecimento àqueles que contribuíram para a reconstrução institucional do país. Segundo a parlamentar, celebrar a redemocratização é também valorizar os líderes que conduziram o Brasil de volta à normalidade democrática.

O longo caminho do ‘Fora Sarney’ ao ‘Parabéns, presidente’

Sarney Artigo

Sarney completa 95 anos neste 24 de abril. Pois bem, quem tem mais de 30 anos e nunca agitou um cartaz berrando “Fora Sarney” que atire a primeira pedra da ignorância estudantil. Eu mesmo, ativista de passeata universitária e camiseta surrada do Che, passei alguns anos cuspindo slogans contra o “culpado por nossa miséria”. Era simples: se faltava merenda na escola ou asfalto no bairro, a culpa era dele; se havia engarrafamento ou atraso no ônibus, a culpa era dele; se a cerveja esquentava, coloca a culpa no Bigode – foram anos de adestramento em sala de aula pelo MEC servido como feijão ralo. Eu, jovem maiobeiro ressentido em busca de vilão, engoli tudo sem mastigar. Hoje, adulto, vivido e instruído, percebo a realidade dos fatos: Sarney é o maior de nós, por isso recaiu nos ombros dele toda a responsabilidade que deveria ser de todos. O sol, meus caros e caríssimas, é um detergente cruel: ao clarear, revela a ferrugem das narrativas mais longevas. Lá pelas bandas de 2006, conforme os anos correram, pulei da teoria revolucionária para o boleto de fim do mês e descobri que o bode expiatório de nossos problemas na verdade era a cabra de pedigree. Muito dessa percepção foi começando a viver política e observar a política. Constatei que quem apontava dedos contra José Sarney não aguentaria entregar 5% do que exigia dele. Demorou, mas comecei a observar que de um  de um lado, o escritor consagrado em livrarias e academias, o político que pilotou a redemocratização sem disparar um tiro, o pai que conduziu a filha para o feito histórico de ser a primeira mulher eleita governadora do Brasil. Do outro, uma fauna de fracassados que coleciona diplomas de ressentimento e não enche uma página no almanaque de feitos. “Ah, Linhares. Para com isso. O Maranhão é assim por causa dele”, diz aquele que ocupa meu antigo lugar de manipulado. Vamos lá! Sarney assumiu o Maranhão em 1966, quando o estado já era o lanterninha da federação – não o paraíso que os arautos da nostalgia juram perdido. Sarney é culpado por uma tragédia que já acontecera antes dele. Assunto encerrado! O que queriam? Esperavam que, num passe de mágica, ele instalasse um Éden com ar-condicionado? Vieram depois dele treze governadores. Nada de Éden, só mais poeira e pindaíba. Ainda assim, só o velho José continua pagando a conta moral desse fiasco coletivo. É a loteria da culpa: ganha sempre quem tem mais brilho para ofuscar os medíocres. Agora uma verdade amarga e direta para dar uma chacoalhada. O Maranhão não é culpa de Sarney. É culpa dos maranhenses. Até onde não é citado Sarney foi colossal. A tal pauta feminista, por exemplo. Antes de hashtags fáceis e lacrações gourmet, Sarney já plantava tijolos de verdade no empoderamento feminino: auxiliou a filha Roseana a chegar no topo quando muito macho e fêmea progressista ainda engatinhavam no discurso. Resultado? Roseana governadora viu a turma “desconstruída” responder à sua ascensão com ataques tão baixos que deveriam ser proibidos para menos de 35 anos. Ironia fina: o patriarca conservador virou o pioneiro da igualdade entre homens e mulheres na política e seus detratores só foram entender a coisa décadas depois, via tutorial no Instagram. O mundo é uma graça! E não pense o leitor que troquei o crachá de crítico alienado pelo de bajulador em transe; minhas rugas de desacordo com Sarney não cabem no status de fã incondicional. Detestei sua inflação galopante empacotada em “Nova República”, torci o nariz para o bordão “Tudo pelo social” que cheirava a socialismo de gabinete, e ainda hoje engasgo quando ele abraça certos movimentos progressistas como se fossem a salvação — sem falar na convicção, que não partilho, de que o 8 de janeiro foi tentativa de golpe orquestrado. Sim, coleciono divergências suficientes para evitar qualquer fanatismo. Mas nenhuma delas é larga o bastante para eclipsar a basílica de feitos que ele ergueu: aqui e ali existem fissuras, algumas colunas rangem, porém a catedral continua imponente demais para ser demolida por minhas ressalvas pessoais. Hoje, aos 95, Sarney coleciona flores de ex-adversários e uma romaria crescente em direção ao Murano. Eles descobriram tardiamente o preço da grandeza: escrever romances traduzidos mundo afora, promulgar a Constituição de 1988 e ainda encontrar tempo para ser unanimidade em rodas que antes o queriam no paredão. Querem imitá-lo? Boa sorte: legado não se plagia. É manuscrito único, tinta que dinheiro nenhum compra. O fato é que, no fundo do bar, entre um gole de indignação morna e outro de inveja quente, os mais ruidosos críticos de José Sarney fariam pacto com o diabo para vestir o paletó de linho branco do “oligarca” que eles juram detestar. Sim, esses que carimbaram Sarney de todas as infâmias — coronel, atraso, bigode — traem-se num desejo mal disfarçado de possuir o currículo que fingem desprezar. Querem o brilho do acadêmico, o poder do estadista, a posteridade talhada em mármore — mas sobram-lhes apenas lamúrias azedas e teses que mofam em prateleiras esquecidas. Porque grandeza, meus caros e caríssimas, não é tatuagem de boutique; é cicatriz rara, esculpida em décadas de história que os ressentidos jamais terão coragem de viver. Aprendi, enfim, que a inveja é algo comum, mas não muito resistente quando o invejado é forte. Ela tende a derreter diante de uma biografia que atravessa gerações como lâmina afiada. José Sarney continua de pé, provavelmente sem dar a mínima para o circo de forjado por seus detratores. Aos arrependidos, só resta admitir: o bode expiatório virou lenda – e a horda ficou pequena demais para enxergar a própria pequenez. De um ex-crítico manipulado que transformou-se em admirador sóbrio, feliz aniversário, presidente. Longa vida a José Sarney, a Lenda!

Nazareth, 100 anos

Hoje escrevo afastado do monótono cotidiano: me volto para as razões do coração, relembrando minha gratidão eterna a Odylo Costa, filho, que me deu a felicidade de ser o meu melhor amigo — amizade esta que extrapolava para Nazareth, sua mulher, e seus filhos. Odylo foi o maior jornalista do seu tempo. Ele não se esgotou no que escrevia, mas modernizou o conteúdo e a forma da imprensa, quando editou o Jornal do Brasil e promoveu uma revolução que logo viralizou (para usar uma expressão de hoje), como com Pompeu de Souza, no Diário Carioca. Odylo não era uma só pessoa, mas duas almas que se completavam: ele e Nazareth. Tanto que em São Luís, capital do Maranhão, sua terra natal, havia uma velha e tradicional rua chamada Rua de Nazareth. A Câmara Municipal mudou esse nome, pois percebeu que algo estava errado, e passou sua denominação para Rua de Nazareth e Odylo. Eram dois, mas apenas um.

José Sarney deixa hospital após receber alta médica

José Sarney

SÃO LUÍS, 17 de julho de 2023 – O ex-presidente da República, José Sarney, recebeu alta médica após um curto período de internação. Aos 92 anos, Sarney foi hospitalizado nesse domingo (16), devido a uma queda, em um hospital na capital maranhense. Durante sua estadia no hospital, José Sarney teve uma boa evolução clínica e seus exames indicaram estabilidade em sua saúde. Apesar do susto inicial, ele não apresentou complicações significativas. Uma nota divulgada pelo hospital reforçou a boa condição clínica do ex-presidente. No entanto, devido a pequenas áreas com isquemia cerebral, ele permaneceu em observação por mais algum tempo. Enquanto estava no hospital, Sarney recebeu cuidados médicos e passou por exames para monitorar seu estado de saúde. Os médicos também avaliaram sua capacidade de recuperação e seu estado geral. Com base nos resultados, concluíram que ele estava pronto para receber alta médica. A família do ex-presidente expressou alívio com a notícia e agradeceu aos profissionais de saúde que cuidaram dele. Com a alta médica, espera-se que José Sarney possa retomar suas atividades e projetos.

Após queda, José Sarney deve ter alta nesta segunda

Sarney queda

SÃO LUÍS, 17 de julho de 2023 – O ex-presidente José Sarney, de 93 anos, deu entrada no Hospital UDI após sofrer uma queda em sua residência nesse domingo (16). O Hospital ainda não emitiu um boletim médico com detalhes sobre a situação, mas a alta foi confirmada para esta segunda (17). O acidente ocorreu devido a um tropeço enquanto caminhava dentro de casa. Após ser levado ao hospital, Sarney passou por uma série de exames, cujos resultados devem ser divulgados nesta segunda (17). Apesar do susto, a deputada federal Roseana Sarney utilizou suas redes sociais para tranquilizar amigos e familiares a respeito do estado de saúde de seu pai. Ela informou que o quadro de saúde dele é estável e agradeceu pelas mensagens de apoio. “Olá pessoal, passando para informar que hoje de manhã nós tivemos, levamos um susto muito grande. Meu pai tropeçou, caiu, enfim, levamos para o hospital, mas Graças a Deus, os exames já foram concluídos e ele está muito bem e se Deus quiser ele vai ficar bom logo, logo”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Roseana Sarney Murad (@roseanasarney)

Sarney será homenageado em inauguração da ferrovia Norte-Sul

Design sem nome 2023 06 14T094313.444

RIO VERDE, 16 de junho de 2023 – O ex-presidente José Sarney (MDB) será homenageado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a inauguração do último trecho da ferrovia Norte-Sul, uma obra que teve início durante o mandato do emedebista. A ação acontecerá na próxima sexta (16), cuja cerimônia ocorrerá em Rio Verde (GO), onde será inaugurado o trecho da ferrovia que teve sua construção iniciada há 36 anos. A história da ferrovia Norte-Sul remonta à década de 1980. O jornal Folha de S.Paulo, em 13 de maio de 1987, publicou uma reportagem de Janio de Freitas que revelou a farsa na concorrência para a construção da ferrovia. O resultado das empresas vencedoras foi publicado de forma cifrada cinco dias antes. Inclusive, até 2017, estima-se que a ferrovia tenha consumido R$ 28 bilhões em valores corrigidos pela inflação, e órgãos de controle e fiscalização apontam que pelo menos um terço desse valor foi superfaturado. Cinco anos antes, a Polícia Federal deflagrou uma operação que revelou casos de corrupção nas obras realizadas pela Valec, estatal responsável pela concessão da ferrovia.

José Sarney é eleito para Instituto Histórico e Geográfico do DF

Design sem nome   T

Brasília, 15 de maio de 2023 – Nesse final de semana passada, o ex-presidente José Sarney, o ex-senador Cristovam Buarque e os juristas Marco Aurélio Mello e José Eduardo Alckmin foram eleitos para as últimas quatro vagas abertas no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal. O advogado, ex-presidente do Brasil e e escritor brasileiro José Sarney vai assumir a cadeira que tem como patrono o escritor maranhense Josué Montello – um dos responsáveis por elevar Brasília a Patrimônio Cultural da Humanidade. Cristovam ocupará a cadeira Darcy Ribeiro; e Marco Aurélio, a cadeira Mariane Perretti (artista que fez os vitrais da catedral da capital federal).

José Sarney recebe Carlos Brandão e deputados em Brasília

Design sem nome   T

O ex-presidente e escritor José Sarney recebeu o governador Carlos Brandão, os deputados estaduais Roberto Costa, Florêncio Neto e Davi Brandão, além do assessor jurídico da Prefeitura de Bacabal, o advogado Dr. Emílio Carvalho. Se no sábado (22) completou 38 anos que o ex-presidente José Sarney assumia definitivamente o cargo de presidente da República, após o Brasil viver um terrível drama, cujo desfecho deu-se com a morte de Tancredo Neves, nessa segunda (24) completou 93 anos de idade. Na oportunidade, o escrito tem celebrado junto aos familiares, amigos e representantes da classe política nacional e maranhense na sua residência, em Brasília.

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.