COVID-19: 20% dos leitos de UTI estão ocupados em São Luís
Boletim Epidemiológico mostrou que os pacientes com coronavírus já ocupam 20% dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na capital maranhense. Assim, dos 60, 48 leitos estão disponíveis para pacientes de São Luís, São José de Ribamar, Paço de Lumiar, Raposa, e para os casos graves vindos de cidades do interior do estado. A taxa de ocupação dos leitos de enfermaria ou leitos clínicos em São Luís está em 13%, ou seja, dos 100 leitos disponíveis, 87 estão ocupados e 13 livres. Já na segunda maior cidade do Maranhão, Imperatriz, a ocupação de leitos de UTI está em 45%. O município atende mais de 10 cidades no sul do estado. De acordo com a SES, o Maranhão tem 362.850 casos confirmados e 10.257 mortes pelo novo coronavírus, com um óbito sendo registrado nas últimas 24 horas.
Hidroxicloroquina pode reduzir em até 60% as hospitalizações
Um grupo de pesquisadores brasileiros e americanos publicou um estudo no qual aponta que a utilização da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus é capaz de diminuir hospitalizações em até 60%, caso administrada logo nos primeiros sintomas. “[…] o uso precoce destes medicamentos de modo correto, sendo o paciente bem acompanhado clinicamente, traria um impacto imensurável para a saúde pública, reduzindo muito os gastos financeiros e o sofrimento dos pacientes, e com certeza evitaria a maioria dos internamentos e dos óbitos”, afirmou o responsável pelo estudo, professor Dr. Anastácio Queiroz, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Realizado entre maio e junho de 2020, o artigo foi publicado ainda no final do ano anterior pela revista científica Travel Medicine and Infectious Disease, levando o título “Risk of hospitalization for covid-19 outpatients treated with various drug regimens in Brazil: Comparative analysis” (Risco de hospitalização para pacientes ambulatoriais de Covid-19 tratados com diversos regimes de drogas no Brasil: análise comparativa). “[…] este trabalho adiciona à crescente literatura de estudos que encontraram benefício substancial para o uso de HCQ combinado com outros agentes no tratamento ambulatorial precoce de Covid-19 e adiciona a possibilidade do uso de esteróides para aumentar a eficácia do tratamento”, defende a pesquisa. O grupo de pesquisadores observou 717 pacientes submetidos ao tratamento contra o novo coronavírus com a hidroxicloroquina e com a corticoide prednisona. Todos os observados no estudo possuíam 40 anos de idade ou mais. Após a prescrição dos medicamentos, a pesquisa apontou que houve uma queda de 50% a 60% nas hospitalizações dos infectados, pacientes estes que solicitaram emergência dos hospitais Hapvida Saúde no Ceará, Pernambuco e Bahia. “Como todos os tratamentos têm custos e benefícios, tratar todos os pacientes de alto risco precocemente exigiria um grande esforço do Sistema Público Universal (SUS) e de seus planos de saúde privados, mas seria muito menos caro do que o tratamento hospitalar, o que provavelmente seria impossível na escala necessária”, apontou o estudo, que não declarou uma conclusão definitiva sobre a utilização do medicamento. “No meio da pandemia de SARS-CoV-2, uma abordagem viável, com medicamentos baratos, baseando-se em sinais e sintomas sindrômicos em vez de escassos exames laboratoriais pode ajudar muitos pacientes e será ainda mais importante nos países em desenvolvimento”, defendeu o artigo científico.