Diretor do Nina Rodrigues e pai de deputado são atropelados

Acidentes tragédia

MARANHÃO, 29 de setembro de 2023 – O médico intensivista Edson Soares, de 47 anos, diretor do Hospital Nina Rodrigues, foi vítima de um acidente fatal enquanto pedalava sua bicicleta na Avenida Litorânea, nas proximidades da ponte sobre o Rio Pimenta. O acidente ocorreu nas primeiras horas da sexta (29) e resultou na morte do médico. Ele foi atropelado por um veículo ainda não identificado e, de acordo com a perícia, foi arrastado por cerca de 30 metros. O impacto foi tão violento que vestígios de massa encefálica foram encontrados no local. Edson Soares, natural do Rio de Janeiro, dedicou mais de uma década de sua carreira à saúde no Maranhão. A Polícia Civil está investigando o incidente para identificar o motorista atropelador, que fugiu da cena. A bicicleta da vítima não foi encontrada. Em um segundo incidente, o pai do deputado federal Pastor Gil (PL), conhecido como Pastor Raimundo Lima, foi atropelado por um motociclista em frente à sua residência em Morros. O motociclista fugiu do local sem prestar socorro. O Pastor Raimundo Lima foi inicialmente atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Morros e, posteriormente, transferido para São Luís. Após avaliação médica, não foram identificadas fraturas ou problemas graves, e ele permanece em observação, sem risco de vida. Ambos os incidentes são objeto de investigação pelas autoridades policiais locais, que trabalham para identificar os responsáveis pelos atropelamentos.

Paciente morre após maus-tratos em clínica psiquiátrica do Maranhão

vitima

O paciente Francisco Osvaldo Dias de Sousa, de 38 anos, com passagens pela clínica São Francisco de Neuropsiquiatria e Hospital Nina Rodrigues morreu três dias após receber alta sob evidências de maus tratos, tortura e negligência médica. Segundo Cidinha, irmã da vítima, Francisco sofria de transtorno bipolar e fazia uso contínuo de remédios controlados há 13 anos. Devido a pandemia da Covid-9, desde que deixou de receber o medicamento pela Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados, localizada na Avenida Avenida Senador Vitorino Freire (em frente ao Terminal da Praia Grande), Francisco passou a ter surtos e, no dia 24 de novembro do ano passado, precisou ser levado pelo SAMU ao Hospital Nina Rodrigues e depois direcionado à clínica São Francisco de Neuropsiquiatria. Atualmente, a maioria dos pacientes é encaminhada aos serviços da rede estadual de saúde no que se refere aos ambulatórios de psicologia, a exemplo do Hospital Nina Rodrigues, situado no Monte Castelo, em São Luís. Segundo relatos, os pacientes dormem na chuva, no sol e em dias de visitas recebiam banho, desodorante, colocavam uma roupa melhor e eram entregues aos familiares para passar a falsa impressão de que estavam sendo bem cuidados, disse um ex-paciente internado na clínica São Francisco de Neuropsiquiatria por motivos de alcoolismo. “Os enfermeiros espancam mesmo […] Muitas vezes eles botam culpa em outros pacientes que estão internados, mas, na maioria das vezes, é eles mesmo quem espancam […] Lá eles classificam os pacientes em duas categorias: orientados e desorientados. Quando, na verdade, os desorientados ali são eles. Eu tava na categoria dos orientados e tinha acesso ao feminino. Via as mulheres cheia de piolho, cabeça ferida, uma crueldade sem tamanho […] A comida lá é deplorável! Café da manhã não existe, é pão e água quente. Na janta eles inventam arroz com uma tal de carne de soja e era briga todo dia. Todos loucos de fome. A maioria dos pacientes voltavam pra fila e já saía de lá debaixo de pontapés e porradas”, disse o ex-paciente à irmã da vítima. Assim que a mãe da vítima percebeu que Francisco apresentava sinais de maus tratos, as visitas que ocorriam às quintas-feiras foram suspensas sob justificativa da pandemia, no dia 31 de dezembro. Em 05 de março deste ano, a mãe de Francisco tentou contato telefônico com o filho, mas não obteve sucesso porque, de acordo com a assistente social, ele estava muito alterado. Estranhamente, cinco dias após, Francisco Osvaldo Dias de Sousa foi entregue para a família sem qualquer aviso prévio. A saúde de Francisco estava tão frágil que ele veio a falecer três dias depois. De acordo com laudo médico, o motivo foi pneumonia, apesar disso, evidências apontam desumanidade médica, tortura e abandono.

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