PSOL fracassa em ação contra ex-ministro de Bolsonaro
O processo do PSOL exigindo a anulação do domicílio eleitoral do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao Governo de São Paulo, foi arquivado. Ficou entendido que Tarcísio é carioca e morava em Brasília antes de decidir disputar o governo do estado paulista. Ele alugou um apartamento em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em setembro de 2021, dentro do prazo permitido para mudança de postulantes a cargos públicos majoritários. “Vínculos foram comprovados com a prova de vínculo familiar do representado nesta circunscrição, onde moram sua irmã, cunhado e sobrinhos, com os quais Tarcísio de Gomes Freitas mantém contato com a possível frequência”, diz a decisão, ressaltando que os documentos mostrados pela defesa do pré-candidato ao governo de São Paulo “indicam vínculos de Tarcísio com o município de São José dos Campos”, no Vale do Paraíba. A Procuradoria citou o artigo 23 da resolução nº 23.569/2021 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), designando que para fins de transferência do domicílio eleitoral é preciso comprovar “existência de vínculo residencial, afetivo, familiar, profissional, comunitário ou de outra natureza que justifique a escolha do município”. A decisão da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo garante o nome do aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
União Brasil avalia lançar Moro candidato ao governo de São Paulo
Parte do União Brasil cogita lançar o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro na disputa pelo governo de São Paulo nas eleições deste ano. Caso isso aconteça, a legenda deve romper com o PSDB. Segundo informações, o União Brasil (criada no fim do ano passado fruto da fusão entre o PSL e o DEM) nasceu com ideia de lançar um candidato ao Palácio do Planalto. Diante disso, o partido analisa que Moro dará palanque ao pré-candidato à Presidência da República pela legenda, Luciano Bivar, e ajudaria a alavancar votos para deputados estaduais e federais. Sergio Moro se filiou ao Podemos no segundo semestre de 2021 com a intenção de se candidatar a presidente pelo partido. No entanto, Moro desembarcou da legenda e seguiu para o União Brasil, que decidiu não lançá-lo ao cargo máximo da República devido a pressões de Ronaldo Caiado, governador de Goiás, e o ex-governador da Bahia, ACM Neto, para não atrapalhar alianças estaduais. Até então, a ideia era que Moro disputasse a vaga ao Senado. Agora, o rumo de dele pode mudar mais uma vez com a possibilidade de se candidatar a um cargo por São Paulo. Atualmente, São Paulo tem como pré-candidatos: Fernando Haddad (PT), Tarcísio Freitas (Republicanos), Márcio França (PSB), Rodrigo Garcia (PSDB), Felicio Ramuth (PSD), Gabriel Colombo (PCB), Vinicius Poit (Novo), Elvis Cezar (PDT), Abraham Weintraub (PMB) e Altino Junior (PSTU).
Geraldo Alckmin alimenta união com Lula
O nome do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) como possível vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente da República tem ganhado cada vez mais força. Apesar do passado de disputa, o ex-governador tem alimentado a aliança com Lula. O ex-governador também segue trabalhando em sua candidatura para o governo de São Paulo. De saída do PSDB, ele mantém conversas até com o PSL. A possível união do ex-governador com o petista se fortaleceu em novembro, quando os grupos políticos do ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) e do ex-vice de Alckmin, Márcio França (PSB), alimentaram a especulação. A ideia é que Alckmin ajudaria a mudar a imagem da chapa petista. O ex-governador é popular no Estado de São Paulo, além de ser bem visto pelo mercado financeiro, ou seja, ele poderia agregar votos a uma chapa com Lula. Lula afirmou que nenhuma briga anterior entre os dois é irreconciliável. Por sua vez, Alckmin disse que fica “muito honrado” pela citação de seu nome como possível vice do petista. Apesar disso, Alckmin segue mantendo conversas com Junior Bozzella, o vice-presidente do PSL. O partido está em processo de fusão com o DEM para formar o União Brasil e gostaria de lançar o ex-governador na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Aliados de Dória na imprensa ganham contrato de R$ 8 milhões de verba pública
Contratos disponíveis no site de editais da Fundação Padre Anchieta mostram que o programa “Manhattan Connection”, adquirido no fim do ano de 2020 pela TV Cultura — emissora da Fundação Padre Anchieta, pertencente ao Governo do Estado de São Paulo — custam oito milhões e sessenta e quatro mil reais. Este valor, pago com impostos dos cidadãos paulistas, não é a única coisa que chama atenção na relação entre a TV Cultura e o programa ligado ao sócio do blog “O Antagonista”, Diogo Mainardi, este que divide afetos tanto com João Doria, quanto Sérgio Moro. De acordo com o contrato, o programa é representado pela Blend Negócios Divulgação e Editoração Ltda, empresa criada um dia antes do acordo entre as duas partes ser firmado, em 28 de dezembro. O capital social da empresa é divergente em relação ao tamanho do negócio firmado, pois, segundo informações do TV Pop, a Blend informa ter em seus cofres apenas R$ 10 mil reais. “Se os patrocinadores privados desistissem de anunciar no programa, ele acabaria no dia seguinte, porque a TV Cultura não é responsável por seu financiamento, nem pelo pagamento dos salários de seus apresentadores”, disse Diogo Mainardi em artigo publicado no blog “O Antagonista”, alegando que o Manhattan Connection é totalmente financiado por patrocinadores privados, todos eles captados pela Blend, depositando o dinheiro do patrocínio na TV Cultura, que repassa uma parte para a Blend. Entretanto, a hashtag “Mamata Connection” já possui mais de 370 mil menções no Twitter, demonstrando que a explicação não foi muito convincente.