Paulo Victor tenta apagar erros de sua gestão com discurso

Paulo Victor

SÃO LUÍS, 04 de junho de 2025 – O presidente da Câmara de São Luís, Paulo Victor (PSB), decidiu reagir à série de críticas sobre sua gestão com uma declaração de efeito: “as manchas do passado ficaram para trás”. A fala, no entanto, teve efeito contrário ao pretendido, ao ser interpretada como uma tentativa de limpar o presente com citações filosóficas — enquanto os problemas financeiros e administrativos da Casa continuam em evidência. Em um momento que parecia ensaiado para soar erudito, Paulo Victor citou a obra Utopia, de Thomas More, como se quisesse vestir a imagem de estadista. A referência, contudo, causou constrangimento até entre colegas de plenário, já que a ideia de uma sociedade sem ganância e corrupção destoou do cenário atual vivido pela Câmara, envolvida em denúncias, auditorias suspensas e dívidas acumuladas desde o início de sua gestão. Em meio a uma crise financeira que assola a Casa Legislativa, Paulo Victor chegou a sugerir um bloqueio parcial das verbas de gabinete dos vereadores, alegando a necessidade de cobrir um rombo previdenciário de R$ 3,2 milhões. Curiosamente, esse déficit refere-se a valores descontados dos servidores desde 2022, mas não repassados ao Instituto de Previdência e Assistência do Município (IPAM) . Enquanto isso, Paulo Victor também articulava a criação de 400 novos cargos comissionados na Câmara, por meio da Resolução nº 012/2025. A proposta previa aumentos expressivos no número de vagas e nos salários, sem apresentar estudos de impacto financeiro ou transparência no processo . Em outra frente, o presidente da Câmara solicitou e obteve o adiamento de uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) nas contas da Casa. A justificativa foi a realização simultânea de uma auditoria interna, que, segundo ele, comprometeria a eficiência dos trabalhos. Em discurso forçado na sessão ordinária realizada nesta terça (5), presidente da Câmara tentou reescrever a própria história ao minimizar os erros de uma das gestões mais criticadas do Legislativo ludovicense. “A fase que esta Câmara passa, e passou, é uma fase passageira. Com muita fé, resiliência e muita força, ela passou, está passando. Há tempos bons, há tempos de ordem e há tempos de crescimento. Hoje, de forma clara e explícita, eu remeto às vossas excelências que é um tempo de crescimento aqui na Câmara Municipal de São Luís. E o passado que um dia possa ter manchado ou sujado alguma reputação desta casa, eu bato no peito e digo que na presidência daqui em diante esta Câmara será limpa absolutamente por um trabalho honesto e puro pela cidade de São Luís e todos que aqui residem”, discursou.

Deputada Mical defende colega acusado de violência doméstica

Mical Deputada

SÃO LUÍS, 19 de março de 2025 – A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) defendeu publicamente o colega de partido Dalton Arruda durante sessão na Assembleia Legislativa nesta quarta (19). Arruda, suplente no exercício do mandato, responde a processos por agressão doméstica e ameaça de morte contra a ex-mulher, Janayna do Socorro Muniz Arruda. A parlamentar argumentou que ele reconheceu seus erros e busca reconstruir a vida ao lado da atual esposa, Poliana.

Lira orienta deputados a recusarem depoimentos à PF

Lira discursos

BRASÍLIA, 27 de novembro de 2024 – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), orientou os parlamentares a não prestarem depoimentos à Polícia Federal (PF) por declarações feitas na tribuna da Casa. A recomendação ocorreu após os deputados Marcel van Hatem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) serem indiciados por suposto crime contra a honra. As acusações envolvem declarações feitas sobre o delegado Fábio Alvarez Shor, que teriam motivado os indiciamentos. Lira reforçou que discursos parlamentares na tribuna estão protegidos pela imunidade parlamentar, conforme previsto na Constituição Federal. A Procuradoria Parlamentar da Câmara classificou os indiciamentos como uma “violação” e uma “afronta” à imunidade parlamentar. Em parecer de 15 páginas divulgado nesta terça (26), o órgão defendeu que a inviolabilidade dos discursos na tribuna é fundamental para o exercício democrático.

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