Perseguição da CPI afastou vendedores de vacina contra Covid-19 do Brasil
Com medo de serem perseguidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, vendedores de vacina evitaram fazer negócios com governos brasileiros. A revelação bombástica foi dada pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) durante depoimento na CPI de hoje. “O mundo inteiro quer comprar vacina, e espero que essa CPI traga bons resultados ao Brasil. Porque o negativo já produziu muito: afastou empresas interessadas em vender vacina ao Brasil”, disse o deputado. Nas últimas semanas a CPI ganhou notabilidade por perseguir funcionários públicos, políticos, empresas, jornalistas, médicos e qualquer um que fosse identificado como aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Foram quebras de sigilo bancário, vazamentos de dados, acusações sem provas e mais uma série de atitudes que pode, segundo Barros, ter sido decisivas para o afastamento de empresas que pretendessem fazer negócio com o Brasil. “Esse tipo de situação já era comentada aqui na Câmara. Alguns representantes ficaram com medo de tentar vender vacinas para o Brasil em uma semana e na outra ter seu sigilo quebrado e começar a ser investigado pela CPI por perseguição”, disse um deputado da bancada maranhense ao Blog do Linhares. A fala do parlamentar e o depoimento de Ricardo Barros são corroborados por uma série de ataques de membros da CPI contra empresários e pessoas ligadas a empresas durante depoimentos da comissão. Após a fala de Barros, senadores que usam a comissão para tentar desestabilizar o governo entraram em surto e interromperam o depoimento do parlamentar aos gritos. Uma das mais exaltadas era a senadora esquerdista Eliziane Gama (Cid).
Resposta à Intimidação da CPI
Médico infectologista desmascara Luana Araújo
O médico infectologista e especialista da área pelo Instituto Emílio Ribas, Francisco Cardoso, disse, durante participação no programa Os Pingos Nos Is que produções acadêmicas e científicas de Luana Araújo são inexistentes Na semana anterior, Luana Araújo recebeu amplo destaque após depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Após declarações contra o protocolo de tratamento precoce, Luana Araújo foi considerada um perfil técnico para retificar pontos de interesse social sobre o combate à Covid-19, considerada uma figura de resistência contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. “Ela […] depois da residência médica, desapareceu do meio médico […] Ela não tem, em termos acadêmicos e científicos, nenhuma produção. Não foi professora ou pesquisadora em universidade. Ela não tem trabalho em hospital reconhecido, ela não tem consultório, não tem [trabalho em] nenhum hospital de referência. […] é colocada, de repente, em um pedestal de conhecimento que, na minha opinião, com todo o respeito que eu tenho a ela, é indevido. Têm pessoas que trabalharam […] e têm muito mais a oferecer para o Brasil do que ela. Ninguém sabe como esse nome chegou ao ministro” afirmou o especialista. Na oportunidade, Fernando Cardoso, em programa da Jovem Pan, disse estar a serviço dos brasileiros, falou que ninguém sabe o que Luana Cardoso fez depois da residência médica e, de repente, surgiu fazendo um mestrado em saúde pública na John Hopkins.
Renan Calheiros e CPI pressionam por boicote à Copa América
O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), encaminhou nota à Seleção Brasileira, neste domingo (6), exigindo boicote à Copa América de 2021 em território brasileiro. “Estamos vivendo um dos momentos mais críticos da doença, sob o risco concreto de uma terceira onda mais severa e, como constatado, com a população ainda não imunizada em percentuais seguros […] “para muito além da política, há uma discussão entre ciência em oposição ao negacionismo […] “Morrem em média cerca de 2 mil brasileiros todos os dias vitimados pela doença e o colapso do atendimento hospitalar se avizinha. Isso significa que a cada partida de futebol da Copa América, de 90 minutos, mais de 120 brasileiros estariam morrendo ao mesmo tempo.” No texto, Calheiros argumenta que é necessário trazer argumentos técnicos diante do interesse de setores em realizar a Copa América, por isso “técnicos da comissão” alertaram a comissão técnica e os atletas da Seleção para a situação pandêmica no Brasil.
Senadora maranhense participou da sessão de tortura contra Nise Yamaguchi
CGU aponta desvios de recursos por estados e municípios
O chefe da Controladoria-Geral da União, ministro Wagner Rosário, afirmou nesta segunda-feira (24), em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da rádio Jovem Pan, que a CGU detectou uma série de desvios de recursos públicos destinadas ao enfrentamento da Covid-19. “Identificamos muitos casos de corrupção em Estados e municípios […] Me parece que o foco da CPI tem sido muito a gestão federal, mas nós sabemos que não é simples, envolve muita gente […] Em uma reunião, selecionamos 278 entes federados que seriam acompanhados: capitais, seis ministérios, os Estados, municípios acima de 500 mil habitantes etc. Mobilizamos equipes para cada Estado de modo a acompanhar as compras voltadas à luta contra o vírus.” revelou. Para o chefe do órgão, o valor preliminar desviado alcança R$ 160 milhões, cuja quantia subtraída deve ampliar à medida que as investigações da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal evoluírem. De acordo com Wagner Rosário, é necessário que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do novo coronavírus aumente o escopo. Com o intuito de alcançar estados e municípios, o ministro da Controladoria-Geral da União mencionou que o órgão está monitorando várias partes do país.
“Brasil usa cloroquina há 70 anos”, lembra Pazuello
Em depoimento da CPI, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falou sobre orientações e uso da cloroquina no país, lembrando que na epidemia do zika vírus o medicamento foi recomendado até mesmo para grávidas. “O Brasil usa cloroquina há 70 anos. […] O assunto não é tão difícil de entender, que o médico olhe para a cloroquina ou hidroxicloroquina, e qualquer outro medicamento que esteja sendo usado no mundo e diga, ‘olha, acho que isso tem q ser observado, vale tentar como off label, fora da bula”, disse Pazuello, cuja informação sobre popularidade do uso do medicamento contra o novo coronavírus é procedente de acordo com enquete feita envolvendo mais de 6 mil médicos em 30 países. O ex-ministro teve que explicar aos senadores que o Brasil faz aquisição da hidroxicloroquina há muitos anos e não poderia ficar sem medicamentos, o que justifica a compra pelo governo. Após a resposta, o relator Renan Calheiros interrompeu alegando se tratar de uma resposta “objetiva demorada”, apontando que Pazuello não teria comentado sobre o uso do dinheiro público para a aquisição do “medicamento sem eficácia”. Eduardo Pazuello teve que explicar a questão novamente. Em dado momento, Eduardo Pazuello mencionou que obedeceu o Conselho Federal de Medicina, que garante a autonomia de prescrição do médico, mas que orientou os profissionais de saúde a não usarem a hidroxicloroquina na fase final da doença.
Rosa Weber impede convocação de governadores à CPI
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, decidiu monocraticamente, nesta segunda-feira (21), suspender as convocações de gestores estaduais que haviam sido feitas pela CPI da Pandemia. “Tenho por suficientemente evidenciado, pelo menos em juízo preliminar, fundado em cognição sumária inerente aos pronunciamentos judiciais cautelares, que a convocação de governadores de estado pelo órgão de investigação parlamentar do Senado Federal (CPI da Pandemia), excedeu os limites constitucionais inerentes à atividade investigatória do Poder Legislativo”, escreveu a ministra. De acordo com Rosa Weber, os mandatários locais não devem prestar constas ao Congresso Nacional, e sim perante às assembleias legislativas ou ao Tribunal de Contas da União (TCU). A liminar foi incentivada por uma ação ajuizada pelos governadores que foram chamados para depor no colegiado. Na próxima quinta-feira (24), a decisão será colocada para ser referendada pelos demais magistrados em votação eletrônica.