Coquetel reduz 81% de casos sintomáticos do novo coronavírus
Nesta segunda-feira (12), foram divulgados os resultados da terceira fase da elaboração de um coquetel que visa diminuir as chances de contrair a covid-19, realizado por uma empresa norte-americana (Regeneron Pharmaceuticals), em parceria com a suíça Roche e em conjunto com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID na sigla em inglês). Parte dos estudosa foi financiada por fundos federais norte-americados através da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado Biomédico (Barda, na singla em inglês). O coquetel utiliza a combinação dos anticorpos monoclonais Casirivimab e Imdevimab para impedir casos sintomáticos entre contactantes que residem no mesmo domicílio que pessoas diagnosticadas com a covid-19. De acordo com o laboratório Regeneron Pharmaceuticals, uma dose da combinação administrada por injeção subcutânea consegue diminuir em 81% a possibilidade do indivíduo desenvolver um caso sintomático do novo coronavírus. Os 19% restantes do estudo apresentaram sintomas leves e com duração por até aproximadamente sete dias. O estudo foi realizado com uma amostra de 1.505 pessoas não infectadas pela covid-19, que viviam no mesmo domicílio que alguém que teve o novo coravírus nos quatro dias anteriores e as pessoas da amostragem não tinham anticorpos para a doença. Reuniundo desde pré-adolescentes com 12 anos a idosos com 92 anos, cuja média de idade foi de 44 anos e 38% da amostragem estavam com 50 anos ou mais, de todos os participantes do estudo, 31% possuíam ao menos um fator de risco para a doença, enquanto 33% eram obesos. De acordo com o professor na escola de Medicina da Universidade de Harvard e codiretor investigador do teste, Dan H. Barouch, “esses anticorpos podem ser particularmente úteis em indivíduos que ainda não são vacinados, e também podem ter potencial para aqueles que são imunossuprimidos e podem não responder bem às vacinas”, disse em comunicado divulgado pelo laboratório Regeneron Pharmaceuticals. De acordo com a empresa responsável pelo estudo, ocorreram duas mortes de participantes que tomaram o tratamento, mas não tiveram relação com os anticorpos monoclonais (combinação dos medicamentos usados no teste) ou o novo coronavírus. Somente participantes que não receberam o tratamento precisaram ser hospitalizados por causa do novo coronavírus durante os 29 dias de avaliação da eficácia. Desde novembro passado o coquetel está liberado para utilização em caráter emergencial nos Estados Unidos, tendo sido usado no tratamento do ex-presidente Donald Trump. Conforme a fabricante, os testes clínicos em diferentes ambientes vão continuar, incluindo um ambiente com pacientes hospitalizados no Reino Unido. Conforme o diretor do Instituto de Saúde Global e Doenças Infeciosas da Universidade da Carolina do Norte e líder do estudo, médico Byron Cohen, “Esses dados sugerem que o Regen-Cov (dose da combinação) pode complementar estratégias de vacinação, particularmente para aqueles com alto risco de infecção.”