Comediante Chris Rock condena cultura de cancelamento
O artista Chris Rock atacou a cultura do cancelamento e expressou a dificuldade que enfrenta no cenário atual, durante entrevista ao Breakfast Club, na última sexta-feira (21). Embora o comediante ainda não tenha sido alvo do cancelamento, o ator alegou que a situação desestimula as pessoas a expressarem opiniões que não estão de acordo com o ponto de vista da esquerda e reforçou a importância de uma comédia sem censura. “É estranho quando você é um comediante porque, tipo… quando o público não ri, entendemos a mensagem. Você realmente não precisa nos cancelar porque entendemos a mensagem.” Chris Rock ainda afirmou que não compreende por que as pessoas sentem a necessidade de ir além disso, acrescentando: “É, honestamente, para mim é um desrespeito. São pessoas desrespeitando o público. Tipo, ‘oh, você acha que sabe mais do que o público?’”, afirmou a celebridade sobre seu ponto de vista em relação as frequentes tentativas de bloquear opiniões que não apoiam a doutrina da esquerda. O artista reconheceu que a comédia não é precisa no que descreve, não é pra ser séria, esse movimento de cancelamento afeta negativamente a todos por ter uma natureza esmagadoramente destrutiva e que a comédia ofensiva existe há décadas, sempre dotada de críticas e linguagem agressiva. Diante da auto permissão para que os comediantes sejam criativos com seus respectivos conteúdos e da necessidade de liberdade de pensamento, Chris Rock discorreu: “Esse não é a posição para se estar, sabe? Devemos ter o direito de falhar porque… porque o fracasso faz parte da arte. Você sabe o que eu quero dizer? É o cancelamento final […] Mas agora você tem um ambiente no qual as pessoas têm medo de falar. Isso não é… sabe, especialmente na América, você tem medo de falar. Mas, sabe, é o que as pessoas querem, você sabe, você deve fazer ajustes.” A lista de celebridades de esquerda que também falaram sobre os perigos de silenciar pontos de vista opostos só aumenta, tendo em vista que Bill Burr, Bryan Cranston, Sarah Silverman e Sharon Stone também se manifestaram contra a cultura do cancelamento.