Gabinete de Brazão custou R$ 1,2 mi à Câmara desde prisão

RIO DE JANEIRO, 25 de novembro de 2024 – Apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) mantém um gabinete ativo na Câmara dos Deputados, com uma equipe de 24 assessores. Desde que ele está preso, a Casa Baixa desembolsou quase R$ 1,2 milhão para manter os funcionários. Chiquinho Brazão foi preso em 24 de março deste ano por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além dele, as investigações da Polícia Federal (PF) apontaram como mandantes o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O levantamento do Metrópoles considera o valor da remuneração bruta dos funcionários no gabinete de Chiquinho Brazão, com dados da folha de pagamento de abril a outubro deste ano. Para o cálculo, também são considerados valores relativos a auxílios e remunerações eventuais. No período, a Câmara desembolsou um valor médio de R$ 170 mil por mês para remunerar os funcionários de Brazão. A reportagem esteve no gabinete em diferentes momentos, no entanto, não encontrou nenhum funcionário presente e a sala do parlamentar estava trancada. O Metrópoles também telefonou para o gabinete e, após ter a ligação redirecionada, foi informado que não havia expediente naquele dia.
STF aceita denúncia contra acusados de mandar matar Marielle

BRASÍLIA, 18 de junho de 2024 – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade nesta terça (18) a favor da abertura de ação penal contra os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão sob acusação de serem os mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018. Todos os cinco ministros do colegiado acompanharam o voto do relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes. Ele também defendeu que se tornem réus o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil, os policiais militares Robson Claixto, o Peixe, e Ronald Pereira, sob acusações de auxiliarem no planejamento do crime. Moraes é o relator do inquérito que investigou os mandantes do crime. Ele homologou o acordo de colaboração firmada de Ronnie Lessa, executor do crime. A delação premiada do ex-PM é a br para a acusação feita pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Acompanharam Moraes os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Carmen Lúcia, membros da Primeira Turma do STF.
Preso, Brazão mantém salário, 25 funcionários e imóvel na Câmara

RIO DE JANEIRO, 17 de maio de 2024 – Preso desde 24 de março, acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco (Psol), o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) continua a receber salário e a manter imóvel funcional e 25 servidores em seu gabinete. Na próxima semana, ele receberá aproximadamente R$ 16,5 mil em salário da Câmara, mesmo não tendo comparecido a um dia sequer de trabalho, por estar na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Esse valor corresponde a uma estimativa do salário com os descontos feitos por suas faltas e pode variar, uma vez que a folha de pagamento ainda não foi fechada. Cada deputado ganha por mês R$ 44.008,52 em salário bruto. Em abril, com os descontos pelas faltas em 26 e 27 de março, datas em que já estava preso, o deputado recebeu R$ 37.896,23. Ele embolsou R$ 24.099,58 líquidos. As faltas nos dois dias custaram R$ 6.112,29 a Brazão.
Deputados maranhenses votam pela prisão de Chiquinho Brazão

BRASÍLIA, 11 de abril de 2024 – A Câmara dos Deputados se reuniu nesta quarta para discutir o relatório que propunha a manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de envolvimento no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018. O parecer, elaborado pelo deputado Darci de Matos (PSD-SC), foi aprovado por 277 votos a favor e 129 contra, com 28 abstenções. Para que a prisão fosse mantida, eram necessários pelo menos 257 votos. A sessão contou com a presença de quase 80 parlamentares ausentes, uma condição que acabou favorecendo a posição de Chiquinho Brazão. Durante o processo de votação, não houve a etapa de encaminhamento, na qual os parlamentares têm a oportunidade de apresentar seus argumentos favoráveis ou contrários ao relatório individualmente.