Augusto Nunes chama Duarte Jr de mentiroso, covarde e capacho de Dino

SÃO LUÍS, 5 de outubro de 2023 – O premiado e renomado jornalista Augusto Nunes desafiou o deputado federal Duarte Jr (PSB) a processá-lo na edição desta quarta (4) do programa Oeste Sem Filtro, transmitido pelo Youtube. Em sua fala, Nunes chamou o deputado de mentiroso, capacho de Flávio Dino, besta quadrada, cafajeste e ladrão. A fala do jornalista foi uma reação à participação do membro da bancada maranhense na CPMI do 8 de janeiro. Na ocasião, Duarte acusou Nunes de ter ligações com um dos possíveis depoentes. “Eu estou insultando publicamente, e chamando de mentiroso, um deputado que, se tiver o mínio de dignidade, pede, pelo menos, direito de resposta”, disse Nunes. Duarte Jr citou Augusto Nunes no ato de justificativa de negação do pedido de pedido de convocação de Sandro Augusto Sales Queiroz, comandante de um batalhão da Força Nacional. Segundo o deputado, as ligações de Sandro invalidariam seu depoimento. Para abonar sua fala, o deputado citou possíveis ligações de Sandro com Augusto Nunes. Instado a falar sobre o assunto durante o programa, Nunes iniciou sua fala negando as acusações levianas de Duarte que o acusou de ter relações com Sandro. “Não o conheço”. Visivelmente irritado com a postura irresponsável do parlamentar, Nunes iniciou uma série de impropérios contra o deputado em claro desafio. “Se ele acha que nada disso por dar, pelo menos, um processo por injúria, calúnia e difamação. Estou convidando o deputado a me processar. SE não fizer isso, é covarde, medroso, mentiroso e canalha”. A jornalista Ana Paula Heinkel também engrossou as críticas contra Duarte Jr e o chamou de office boy de Flávio Dino. Fernão Lara Mesquita, ex-diretor do Estadão, ainda chamou Duarte Jr de mais uma “dinete”. Os comentários sobre a participação de Duarte na CPMI foram encerrados pelo próprio Nunes afirmando que o parlamentar “Leva comida para Flávio Dino à noite”.

Jornalista reage após menção de Duarte: “Cafajeste Mentiroso”

Augusto Duarte

BRASÍLIA, 04 de setembro de 2023 – Durante a realização da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os eventos de 8 de janeiro, o deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA) mencionou o nome do jornalista Augusto Nunes. A menção resultou em uma resposta enérgica de Nunes, que acusou o deputado de ser mentiroso e subserviente. O deputado Duarte Júnior utilizou a menção ao jornalista como parte de sua argumentação contra a convocação de Sandro Augusto Sales Queiroz, comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional de Segurança Pública. Durante sua fala, o parlamentar mencionou supostas ligações entre o militar e jornalistas e parlamentares. Augusto Nunes, ao ser citado nominalmente, respondeu de maneira contundente: “Eu poderia, como jornalista, dizer simplesmente que eu conversei com a pessoa. A fonte você busca onde você quiser. Só que eu não o conheço. Nunca conversei com ele. Agora, eu gostaria muito de ser chamado aí para conversar com esse deputado (Duarte). Por dizer isso, só por dizer isso, (Duarte) é mentiroso, capacho do Ministro da Justiça do Maranhão (Flávio Dino), rouba comida dos eleitores, porque toda a elite maranhense come bem como o chefe (Dino)… Não conheço esse deputado, não pretendo conhecer, porque a essa altura da vida eu seleciono muito bem as minhas fontes e não converso com cafajeste mentiroso”, disparou. Nunes prosseguiu desafiando Duarte a tomar medidas legais contra ele: “Estou convidando o deputado a me processar. Se não fizer isso, é covarde, é medroso, é mentiroso, é canalha. Só isso. Está a serviço do Flávio Dino tentando impedir que se encontre a verdade e não consegue nem mentir”.

A idiotia epidêmica transformou ignorância em virtude

Escolas fechadas

No segundo semestre de 2001, Silvio Santos teve uma ideia que certamente engordaria a pontuação do SBT no Ibope: apresentar um Show do Milhão com a participação exclusiva de políticos conhecidos nacionalmente. Reuniu a equipe responsável pela produção do programa e ordenou que fossem convidadas apenas figuras com fama de sabido, pose de primeiro da classe ou memória de elefante-africano. O senador piauiense Hugo Napoleão, por exemplo, sabia identificar de bate-pronto as bandeiras de todos os Estados brasileiros. Não podia ficar fora. O governador fluminense Anthony Garotinho sabia cantorias religiosas ignoradas por 99 em cada 100 devotos da igreja que frequentava. Outra presença obrigatória. E o internacional Paulo Maluf sabia o nome completo de todos os ibns e sauds da família real saudita. Com gente desse calibre, estava assegurado o sucesso do especial exibido na noite de 30 de dezembro. “Espero que os telespectadores compreendam que eles são célebres, famosos, mas não são obrigados a saber tudo”, preveniu Silvio Santos antes de apresentar, uma a uma, as 12 sumidades em conhecimentos gerais que sorriam para o Brasil. Mas excluiu Maluf da advertência com a ressalva superlativa: “O doutor Paulo tem uma cabeça brilhante”. Desconfiou que havia exagerado quando o craque fugiu da primeira pergunta. “Na linguagem tupi, abaçaí é o mesmo que a) amigo do peito, b) abraço apertado, c) espírito maléfico ou d) fruta saborosa?” A opção certa era a C. Maluf caprichou no sorriso superior enquanto contornava a pedra no caminho. “Olha, eu confesso que a língua tupi não é bem o meu forte”, desconversou a estrela de um dos quatro grupos formados pelos candidatos. “E eu não posso prejudicar meus companheiros.” Foi socorrido pelo lembrete do apresentador — “Você pode pular” —, que o livrou da enrascada. “Vou pular, não quero prejudicar”, escapuliu Maluf. “Vai pular?”, estranhou Silvio Santos. “Vou pular”, confirmou o gênio de araque. “Próxima pergunta, valendo 20 mil reais”, foi em frente o apresentador. “Quem escreve a respeito da vida dos santos é conhecido como a) sacrário, b) hierônimo, c) santório ou d) hagiólogo?”. Maluf devolveu a bola de primeira: “Três: santório!”, animou-se. “Está certo disso, posso perguntar?”, conferiu o apresentador. “Pode”, autorizou o falso brilhante. “Valendo 20 mil: qual é a resposta?”, perguntou Silvio olhando um painel onde reluzia a opção acertada. “Não, Maluf. É hagiólogo.” O sorriso amarelo do candidato contrastou com a gargalhada do apresentador. “Você derrubou a equipe!”, repreendeu Silvio. “Agora você vai pra lá, vai pra lá”, repetiu, apontando o fundo do palco. “Você derrubou seu time!” Além dos R$ 20 mil já obtidos pelos parceiros de Maluf, a equipe perdeu a chance de ganhar R$ 1 milhão (em barras de ouro). Ninguém reclamou. Fora o deputado paraibano Marcondes Gadelha, que preferiu parar em R$ 500 mil, todos naufragaram. Maluf dividiu com Anthony Garotinho os risos debochados que a plateia reservou ao pior da classe. “Em casa ele acerta todas, a gente não perde o Show do Milhão”, balbuciou Rosinha Matheus ao ver o marido afundar, com apenas R$ 15 mil, na oitava das 16 perguntas previstas. O governador do Rio começou a tenebrosa travessia pulando as duas primeiras. Não sabia em que década surgiu a pílula anticoncepcional, nem o que significava o W. de George W. Bush. Desvendou sozinho os dois mistérios seguintes. Pediu ajuda para livrar-se de outros três. Um deles: qual é a fórmula da água? Três jornalistas sopraram-lhe a resposta: H2O. Foi eliminado ao colidir com o oitavo obstáculo. A profecia de Nelson Rodrigues se cumpriu: os idiotas estavam por toda parte Os telespectadores ficaram espantados: se aquele bando de marmanjos não precisava saber tudo, também não precisava saber tão pouco. Os convidados ficaram inquietos: se o naufrágio numa prova de conhecimentos elementares influenciasse a decisão do eleitorado, nenhum deles arranjaria emprego nas urnas de 2002. Fiquei impressionado com as cenas de imbecilidade explícita, mas consolei-me com a ostensiva decepção do público. Pelo visto, ainda aparecia mal no retrato gente que não soubesse o que sabe um aluno do jardim de infância com mais de dez neurônios. Não demoraria a descobrir que naquele Brasil redesenhado pela ascensão das cavalgaduras a ignorância deixara de ser defeito. Já começara a virar virtude, anunciou a chegada à Presidência da República de um analfabeto funcional que não aprendeu a escrever direito e nunca leu um livro da primeira linha ao ponto-final. Não por falta de chances, mas pela preguiça que sempre sobrou. Passados 13 anos, a profecia de Nelson Rodrigues se cumpriu: os idiotas estavam por toda parte. Estudar e aprender tornaram-se verbos conjugados pela elite golpista, gente de olhos azuis irremediavelmente racista, misógina e homofóbica. Falar a linguagem culta é coisa de reacionário pedante. Para quem efetivamente ama os desvalidos, é pura música ouvi-los dizer “Nós pega os peixe”. Os democratas de abaixo-assinado controlam o orgasmo quando um favelado murmura “menas”. Num país desgovernado por cinco anos e meio pela nulidade que nunca disse coisa com coisa, nada tem de surpreendente a quarentena criminosa das escolas e universidades. Estudantes e mestres fariam um papelão num Show do Milhão, o Retorno. Isso se incontáveis professores se livrassem de uma doença rara: a exaustão provocada por excesso de descanso. Mas certos defeitos de fabricação não têm conserto. E não existe vacina para o vírus da vadiagem.

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.