STF arquiva inquérito contra Aécio Neves alegando falta de provas
BRASÍLIA, 28 de fevereiro de 2024 – Nesta terça (27), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo arquivamento de um inquérito que envolvia o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). A investigação, originada na delação premiada do empresário Leo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS, no contexto da Operação Lava Jato, alegava recebimento de valores indevidos por Aécio entre 2010 e 2012, durante seu mandato como governador de Minas. A decisão, respaldada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela defesa de Aécio, destacou a falta de “elementos mínimos” de prova para dar continuidade à apuração. O arquivamento foi apoiado por quatro ministros: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques, enquanto Edson Fachin se posicionou de forma contrária.
Desempenho pífio nas eleições de 2022 decreta “morte política” do PSDB
Com apenas 13 deputados federais eleitos e nenhum senador, o PSDB é oficialmente um partido nanico. Fundado em 1988 por grandes nomes da política como Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Pimenta da Veiga e Franco Montoro, o desempenho nas eleições de 2022 devem decretar o fim de um dos maiores partidos de esquerda da história recente do país. Nas eleições para governo, o PSDB não conseguiu eleger nenhum governador. A legenda disputa o segundo turno em apenas três estados (Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. Entre os 13 deputados federais eleitos, estão o ex-governador Aécio Neves (MG) e Carlos Sampaio (SP). Por outro lado, nomes como José Serra não conseguiram a eleição. A decadência do partido foi iniciada após a derrota nas eleições de 2014, quando Aécio Neves esteve muito perto de vencer Dilma Rousseff. Logo após aquelas eleições, a tese do filósofo Olavo de carvalho sobre o teatro das tesouras. A tese afirma que PT e PSDB, eleitoralmente adversários nas eleições de 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014, fazem são duas partes do mesmo corpo. As lâminas de uma tesoura, vista de perto, parecem dois objetos diferentes. Contudo, se o observador se afasta, enxerga o instrumento inteiro e percebe que as lâminas estão interligadas e só funcionam em parceria. A percepção do eleitorado iniciou um processo de esvaziamento do PSDB que pode ser considerado definitivo em 2022. O partido está oficialmente morto politicamente.
PSDB oficializa apoio a Simone Tebet para a Presidência
Com 31 votos a favor da aliança, 1 contra e uma abstenção, po PSDB oficializou o apoio à pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência. A vaga de vice na chapa de Tebet será de um integrante do PSDB. Aécio Neves (PSDB-MG), Marcus Pestana (PSDB-MG), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Nilson Leitão (PSDB-MT) foram contra o apoio a Tebet, justificando que o partido precisa ter uma candidatura própria. Algumas integrantes da legenda, inclusive, defendem o nome de Eduardo Leite na disputa ao Planalto. A reunião da executiva contou com aproximadamente 40 integrantes, entre participações presenciais e on-line. Participaram Bruno Araújo, Aécio Neves, Izalci Lucas, Beto Pereira, Eduardo Azeredo, Marcus Pestana, Marconi Perrilo, Nilson Leitão, Edgar de Souz, Pedro Vilela, José Aníbal, Paulo Abi-Ackel, Moema Santiago, Sérgio Balaban, Luiz Carlos, Thelma de Oliveira, Tasso Jereissati e Adolfo Viana. Pesquisas apontam que Simone Tebet tem 1% das intenções de voto.
Pressionado por Lula, Paulinho da Força declara apoio à ex-presidiário
O deputado federal e presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, anunciou que o partido irá apoiar o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição à Presidência deste ano. O anúncio foi feito nas redes sociais um dia após o líder da sigla se reunir e publicar foto com Eduardo Leite e Aécio Neves, ambos do PSDB, cuja imagem repercutiu pela aparência do deputado tucano. “Lula me pediu para buscar novos apoios para juntos vencermos as eleições. Com união e diálogo, vamos lutar para recuperar o emprego e a renda do povo brasileiro”, afirmou Paulinho. Recentemente, o comandande do Solidariedade foi vaiado em um ato do PT com sindicalistas e, por conta disso, havia especulação que o partido poderia apoiar uma candidatura de terceira via. Militantes petistas guardam ressentimento por ele ter dado voto favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Em 2014, Paulinho da Força declarou apoio à candidatura de Aécio.