GENOCIDA DO BEM?
Lula não compra vacinas e atrasa vacinação contra Covid em 2024
Por José Linhares Jr • 23/04/2024
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Falhas na aquisição e disputas jurídicas adiam o início da campanha de vacinação contra a cepa XBB.1.5, afetando a distribuição em vários estados.

BRASÍLIA, 23 de abril de 2024 – O início da campanha de vacinação contra a Covid-19 para 2024 foi adiado devido a atrasos na compra das vacinas atualizadas para a cepa XBB.1.5, causando desabastecimento em vários estados brasileiros. A gestão do presidente Lula, segundo relatos, enfrenta críticas devido à demora na resolução dos processos de aquisição e planejamento inadequado.

Inicialmente prevista para março, a campanha foi sucessivamente adiada, com nova promessa para maio. O atraso surgiu após disputas judiciais entre as farmacêuticas Pfizer e Moderna, que competiram no pregão de compra das doses. A disputa intensificou-se quando a vacina da Moderna foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março, provocando contestações por parte da Pfizer, que questionou o resultado do pregão.

A situação é complicada pela falta de doses no estoque federal, com apenas 1,5 milhão de doses da vacina pediátrica disponíveis e nenhuma para maiores de 12 anos. Estados como Paraná, Santa Catarina e São Paulo reportam escassez significativa e riscos de interrupção na vacinação. O Rio de Janeiro e o Maranhão também enfrentam desafios semelhantes, com estoques praticamente esgotados e sem previsão de normalização.

Especialistas na área da saúde têm expressado frustração com a lentidão do governo em adquirir as doses necessárias. Em uma carta pública, representantes do movimento “Qual máscara?” criticaram a demora do governo em responder às necessidades de imunização da população, destacando que a vacina contra a cepa XBB.1.5 já está disponível em outros países há meses.

AQUISIÇÃO EMERGENCIAL E CRÍTICAS AO PLANEJAMENTO

O governo Lula, através da Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, defendeu os esforços da gestão, destacando que um processo de compra emergencial foi aberto em dezembro, após aprovação da Anvisa. Adicionalmente, um procedimento regular de compra para adquirir cerca de 70 milhões de doses foi iniciado, embora este trâmite costume demorar aproximadamente oito meses.

Contudo, a incerteza continua a afetar a confiança no planejamento do governo para a saúde pública, com muitos questionando se as promessas de maio serão cumpridas. A Pfizer, por sua parte, aguarda o desfecho do processo judicial e assegura que cumprirá com os requisitos do edital assim que for resolvido.

A gestão atual enfrenta o desafio de restabelecer a confiança na eficácia de sua resposta à pandemia, enquanto especialistas e a população aguardam ansiosamente a normalização da distribuição das vacinas.

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