O Governo Lula conseguiu envaziar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos de 8 de janeiro no Senado após intensa mobilização. O Executivo vinha alegando que as investigações poderiam tirar do holofote a agenda de Governo que o Planalto pretende implementar nos próximos meses e prejudicar a tramitação de propostas como a reforma tributária.
A CPI para avançar no Senado precisava de pelo menos 27 assinaturas, mas apenas 15 parlamentares reafirmaram necessidade da investigação CPI. Na lista dos senadores que voltaram a endossar a investigação estavam Alessandro Vieira (PSDB), Marcos do Val (Podemos) e Omar Aziz (PSD).
No entanto, nove parlamentares tiraram seus nomes, sendo eles: Humberto Costa (PT-PE), Leila Barros (PDT-DF), Fabiano Contarato (PT-ES) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Outros senadores não retiraram seus nomes e resolveram ficar em cima do muro, deixando, na prática, a pauta caducar. Entre os quais, Jorge Kajuru, líder do PSB no Senado.
O Blog, inclusive, já havia noticiado que o governo Lula iria investir pesadamente para evitar a instalação da CPMI. Para esvaziar a do 8 de janeiro, o Governo Federal estimulou apoio a outras CPIs como as da Americanas e CPI das Joias.
De acordo com O Antagonista, o Executivo ameaçava não pagar os R$ 13 milhões em emendas individuais aos 209 deputados federais de primeiro mandato, caso eles continuassem apoiando a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.