BRASÍLIA, 09 de fevereiro de 2024 – O jornal Estadão publicou um editorial nesta sexta (9), intitulado “Notória ignorância ética”, criticando a nomeação de Flávio Dino (PSB) como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O periódico destaca o que considera ser um “sonho antigo” de Lula de ter um ministro da Corte com “cabeça política”, questionando a escolha do ex-presidente.
O Estadão descreve a presença de Flávio Dino nos bastidores dos Três Poderes como algo sem cerimônia e aponta que a indicação ocorreu não pelo saber jurídico do senador, mas pelo “notório saber político”.
O editorial destaca que Dino não teria cumprido o decoro ao não abandonar seu figurino político ao passar da pasta da Justiça para o STF.
Segundo o jornal, Flávio Dino correu ao Senado para propor projetos durante o intervalo entre deixar a Justiça e assumir a toga, atividade que poderia ter sido realizada por sua suplente, Ana Paula Lobato (PSB), esposa do deputado estadual Othelino Neto (PCdoB).
O Estadão utiliza a expressão “ignorância ética” para sugerir que as ações de Dino refletem a ideia de que “o ego não coubesse num só Poder”.
O texto critica a atuação do ministro no Ministério da Justiça, mencionando a “Operação de Garantia da Lei e da Ordem” e o “Programa de Enfrentamento às Organizações Criminosas”, que teriam resultados ineficazes.
O editorial conclui apontando o que seria ideal para o STF no atual momento de tensionamento institucional, sugerindo a necessidade de um ministro discreto, técnico e avesso a disputas partidárias e ao exibicionismo nas mídias sociais.