Dois caças Su-27 derrubaram um drone norte-americano no Mar Negro nesta terça (14 de março). Os EUA acusaram os pilotos russos de manobrar de forma a derrubar a aeronave. Além de voos perto demais para causar turbulência, os caças russos chegaram a soltar combustível sobre o drone, um modelo MQ-9 Reaper. A Rússia negou que seus caças tenham feito qualquer contato. O confronto aconteceu em espaço aéreo internacional.
Após as manobras, o drone foi danificado e derrubado pelos próprios EUA depois que ficou “impossível de controlar”, esclareceu o Pentágono.
Os drones MQ-9 Reaper são usados para tarefas de vigilância e inteligência pelos EUA e a suspeita é a de que a Rússia pode estar tentando dificultar o trabalho dos aliados da Ucrânia.
Autoridades militares dos EUA disseram que o incidente aconteceu por volta das 7h03, horário da Europa Central (3h03 no horário de Brasília), na terça-feira (14/3). O incidente durou cerca de 30 a 40 minutos.
Várias vezes antes da colisão, os caças despejaram combustível no drone de “maneira imprudente, ambientalmente nocivo e pouco profissional”, disse o comunicado do Pentágono.
O porta-voz, brigadeiro-general Pat Ryder, disse a repórteres que o drone se tornou “inviável e incontrolável, então o derrubamos”, acrescentando que a colisão provavelmente também danificou a aeronave russa.
John Kirby, do Conselho de Segurança Nacional dos EUA (NSC), disse que houve outras interceptações de aviões russos “nas últimas semanas”, embora este episódio tenha sido diferente.
Ryder disse que durante esse tempo não houve comunicação direta entre os militares russos e americanos.