Uma das maiores entusiastas da campanha de Lula (PT) no 2º turno, Simone Tebet (MDB) reclamou de uma tentativa de golpe em sua candidatura antes da eleição. A declaração foi dada em julho deste ano em entrevista à Jovem Pan News na qual falou sobre uma tentativa de golpe em sua candidatura por infiltrados. “São os mesmos velhos parlamentares ou políticos do MDB que estiveram há 10 ou 12 anos atrás com o PT. E eles queriam levar o MDB para o PT. Foram ministros de Estado do Lula. E eu dizia ‘não’, não temos que ir pra lado, temos que ter candidatura própria”, disse.
Naquele mesmo mês, o dirigente emedebista Hugo Wanderley Caju, ligado a Renan Calheiros (MDB-AL), recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a anulação da convenção que iria definir a candidatura de Tebet.
Prefeito de Cacimbinhas, no interior alagoano, e delegado da convenção, Caju criticava o fato do evento partidário ser virtual, por meio da plataforma “Zoom” e argumentava que não havia como garantir que o voto fosse secreto nesse tipo de votação.
Segundo os advogados de Caju na época, “grave irregularidade, notadamente relacionada à garantia do sigilo do voto, representando violação às disposições estatutárias do MDB”. Ao recorrer à Justiça Eleitoral, Caju afirmou que a plataforma virtual “não é capaz de atender ao sigilo das informações por ela veiculadas” e não é “recomendada para garantir a lisura das votações dessa natureza”.
Além dele, outros 11 aliados de Lula tentaram no MDB sabotar a candidatura de Tebet ao declarar apoio ao petista em jantar.
Tebet, que hoje apoia Lula, acusava o ex-presidente de ser o mentor da conspiração. “[Lula] Ele deu a senha, ele deu a senha quando disse para um jornal: ‘Olha, a Simone não é carta fora do baralho. Tem que ficar de olho’. Não passou uma semana e alguns dentro do partido resolveram que não podia ter mais candidatura própria. Ele deu a senha porque ele quer matar essa eleição no primeiro turno. Ele não vai matar essa eleição no segundo turno”.