Os jornalistas e a falácia da intimidação

A imprensa, como todo mundo sabe, pois todo mundo viu, põe mais ênfase nos predicados do que nos verbos quando noticia sobre alguém e sobre algo. Os adjetivos utilizados por jornalistas medíocres que desonram a sua profissão são como senhas que identificam a qual tribo o sujeito pertence. “Negacionista”, “bolsonarista”, “antidemocrático”, “antivacina”, “anticiência”, estão tão em voga que já não identificam mais ninguém em particular, mas toda a classe de tecladistas de computador que se imaginam carregando o legado de gente como Walter Duranty, não sem razão.Lord Acton, historiador, político e escritor britânico, que curiosamente nasceu em Nápoles, no então Reino das Duas Sicílias, e morreu em Tegernsee, Bavária, no Império Germânico, dizia que o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente. Esse pensamento não se restringe ao meio político, que era a quem ele se referia, mas invade às salas de redação onde impera o poder da caneta ou das teclas de computador. Esses elementos servem de meio de comunicação entre a mente do redator e do editor com o leitor ou a audiência, corrompendo quem costuma apontar o dedo para os outros. Assistindo a um documentário fabuloso sobre Wilson Simonal, podemos ver como o rolo compressor da mídia esmaga seus desafetos com crueldade e sordidez de deixar tiranos, conhecidos ou anônimos, enciumados, mesmo quando lhes é dado passe-livre para o exercício da coerção. Jornalistas não usam a coerção; valem-se de uma artimanha muito mais sofisticada para imporem seus caprichos e devoções, usam a falácia da intimidação, chantageando, difamando e injuriando aqueles que não rezam a sua cartilha, sem direito à retratação. No documentário que citei, percebe-se a esquerda rançosa, rancorosa, sanguinária que, com a força da mídia, acabava com a vida de gente inocente, injustiçada só porque não pertencia à tribo. Como disse Mário Prata, escritor, dramaturgo e jornalista catarinense, famoso pelas novelas da Globo, muitos desses que assassinaram reputações usufruíram a anistia concedida pelos militares, mas não tiveram a grandeza de anistiar quem eles erroneamente consideraram adversários. Artur da Távola, político, jornalista e talentoso escritor, exilado no Chile depois do golpe de 1964, definiu com maestria e experiência própria a mentalidade reinante nas fábricas de notícias inventadas e opiniões enviesadas. Disse ele, nesse mesmo documentário sobre a vida de um dos maiores cantores brasileiros, o que segue: “Isso traz à tona um problema que ocorre com a imprensa no Brasil e no mundo hoje em dia, que é tomar um sintoma por indício, o indício por fato, o fato por julgamento, o julgamento por condenação e condenação por linchamento.” A ética que move o jornalismo é altruísta, não importa que tenham que sacrificar os outros para ganharem prestígio entre seus companheiros de tribo. Se puderem cancelar alguém, enviando-o para a Sibéria, onde o corpo e a alma do sujeito congelam como se a vida dele tivesse acabado, eles fazem sem hesitação. Vejam o que estão fazendo com o maior tenista da atualidade, só porque ele resistiu legalmente ao constrangimento protagonizado por um governo que queria violar seus direitos. Os tiranetes das redações e seus cúmplices querem que ele seja impedido de jogar o Grand Slam e ainda que ele perca os patrocínios que o sustentam. O poder corrompe, mas também há muita gente com princípios e valores corrompidos de berço que conquista o poder para promover o mal por diversos motivos: ressentimento, ignorância ou medo.
Lewandowski determina MP fiscalizar vacinação de crianças

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, determinou nesta quarta (19) que todos os Ministérios Públicos estaduais e do Distrito Federal atuem contra pais que não vacinarem crianças contra o coronavírus. “Oficie-se, com urgência, aos Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal para que, nos termos do art. 129, II, da Constituição Federal, e do art. 201, VIII e X, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990), empreendam as medidas necessárias para o cumprimento do disposto nos referidos preceitos normativos quanto à vacinação de menores contra a Covid-19”, diz Lewandowski, cujas sanções podem incluir a aplicação de multa de 3 a 20 salários mínimos, e o dobro em caso de reincidência. No entanto, ao aprovar a aplicação da vacina Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, a Anvisa, não se manifestou pela obrigatoriedade da imunização contra a Covid-19, apenas recomendou sua aplicação ao público infantil. Da mesma forma, neste mês, o Ministério da Saúde autorizou a disponibilização da vacina para o público pediátrico, mas ressalvou que ela não será obrigatória.
União reconhece estado de emergência em Grajaú e Mirador

O Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), reconheceu a situação de emergência em oito municípios brasileiros atingidas por desastres naturais. No Maranhão, duas cidades tiveram a situação de emergência reconhecida. Grajaú sofre com as inundações, enquanto Mirador foi atingido por fortes chuvas. Depois da concessão do status de situação de emergência pela Defesa Civil Nacional, os municípios atingidos por desastres naturais podem solicitar recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional para atendimento à população afetada. As medidas envolvem restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de equipamentos de infraestrutura danificados pela tragédia. O requerimento deve ser feito através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. De acordo com as informações encaminhadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no Diário Oficial da União com a especificação do montante a ser liberado.
César Pires já propôs passaporte vacinal, mas PL foi rejeitado

O deputado César Pires (PV) apresentou na Assembleia Legislativa do Maranhão, em abril do ano passado, o Projeto de Lei 219/2021, que tornava obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação contra o novo coronavírus. No entanto, a matéria não foi aprovada pela CCJ, que na época seguiu o voto do relator, deputado Rafael Leitoa, líder do governo. Na análise do PL 219/2021, o relator Rafael Leitoa concluiu que a matéria era inconstitucional por extrapolar os parâmetros federais e violar o princípio da separação dos poderes. Logo, para a Comissão de Constituição e Justiça, não seria competência de um parlamentar propor a obrigatoriedade do comprovante de vacinação. “Não cabe, no momento, opiniões pessoais motivadas por ideologias e achismos, é hora de se ouvir e seguir a opinião científica e fundamentada daqueles que têm conhecimento para reverter a situação catastrófica em que o mundo se encontra. Só a vacinação pode reverter a pandemia e esse é o desejo de todos”, disse o deputado César Pires, na justificativa do projeto de lei. Atualmente tramita na Assembleia Legislativa projeto de lei semelhante, de autoria do presidente da Casa, Othelino Neto, que pretende tornar o passaporte vacinal como exigência para se ter acesso a restaurantes, bares, shows etc. “Se ano passado foi esse o entendimento do relator, mantido pelos demais membros da CCJ, entendo que vão prevalecer os mesmos critérios para a análise de qualquer outro projeto de lei que também proponha a obrigatoriedade do comprovante vacinal. Na época, tentamos nos antecipar, mas a CCJ barrou nossa iniciativa que visava preservar vidas”, concluiu César Pires.
Dino reafirma escolha por Carlos Brandão e contraria Lula

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), reafirmou, nesta quarta (18), que Carlos Brandão (PSDB) é o seu escolhido para disputar o cargo rumo ao Palácio dos Leões. “Como eu manifestei na última oportunidade, eu tenho uma posição muito clara, muito nítida de apoio a pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão”, assegurou. Em passagem pelo município de Imperatriz, Dino afirmou que no fim deste mês ocorrerá um entendimento por parte dos demais partidos e a vontade da maioria prevalecerá. Em contrapartida, o ex-presidente Lula (PT) descartou a possibilidade de apoiar o projeto eleitoral de Carlos Brandão rumo ao Governo do Maranhão (PSDB). “Nós defendemos a candidatura do Flávio Dino. Agora o companheiro Flávio Dino tem um candidato dele, que é o vice, que é do PSDB. Ele sabe que é difícil a gente apoiar o PSDB”, declarou o ex-presidente. “[…] Então eles vão ter que se acertar lá para facilitar a nossa vida”, afirmou o líder petista, sinalizando a dificuldade de firmar aliança política com o partido tucano. O PT e PSDB são rivais históricos no cenário político nacional.
Sergio Moro pode mudar do Podemos para o União Brasil

O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, pode mudar de legenda e migrar para o União Brasil (partido criado a partir da fusão entre PSL e DEM que detém a maior bancada na Câmara e o maior fundo eleitoral do país). A responsável pelas negociações sobre a eventual mudança de Moro é a parlamentar e presidente do Podemos. Com a migração, União Brasil ofereceria a vaga de vice na chapa à Renata Abreu, mas de acordo com a deputada, as tratativas ainda estão em fase inicial. “Parlamentares do União Brasil pediram para avaliarmos esta possibilidade de o Moro migrar para o partido, mas não temos nada concreto”, afirmou a deputada Renata Abreu (SP). Sergio Moro confessou sua proximidade com o União Brasil e revelou estar dialogando com alguns partidos. “A gente precisa começar a dialogar, falar sobre o projeto. Isso envolve, sim, fazer alianças […] Infelizmente, os partidos no Brasil não são aquela fortaleza, não têm aquela tradição, têm muita mutabilidade. Mas dentro de todos os partidos há gente que apoia o nosso projeto”, afirmou o ex-ministro em entrevista recente. Pouco mais de dois meses, algumas correntes internas do Podemos vêm abandonando o projeto político do ex-juiz e declarando apoio ao presidente Jair Bolsonaro ou ao Lula.
Secretário nacional de Defesa Civil virá ao Maranhão

O coronel Alexandre Lucas Alves, secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, agendou uma visita ao Maranhão para a próxima terça (25) devido ao cenário das fortes chuvas no estado que ocasionaram inundações em diversas cidades, superando o índice pluviométrico em mais de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Em Brasília, durante diálogo com autoridades maranhenses, tais como o vice governador Carlos Brandão e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), coronel Célio Roberto, as informações fornecidas são de que alguns pontos monitorados já apresentam recessão. Também foram indicadas medidas tomadas pelo Governo do Estado para garantir que as famílias afetadas recebam todos os cuidados necessários. Entre as ações estão a drenagem de riachos para que a água possa escoar, além de observação do manuseio da liberação da água e outras medidas como vistoria in loco e reuniões com um grupo de trabalho, formado pelas secretarias e órgãos do Governo, bem como técnicos da Fapema, Imesc e UEMA.
Simplício mostra o caminho para geração de investimentos

O secretário estadual de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo, segue batendo na tecla da importância da aprovação do novo Plano Diretor de São Luís como forma de promover o desenvolvimento da capital. Pré-candidato ao Governo pelo Solidariedade, o titular da SEINC aponta o mecanismo como o caminho para a geração de novos investimentos e empregos. A estruturação do Plano Diretor – que existe desde 1975, foi ajustado em 1992 para atender o adensamento dos vazios urbanos e, outra vez em 2006, dessa vez com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da cidade – não assumiu a devida relevância. Devido a imensa quantidade de artigos presentes, a última proposta do Plano Diretor, ainda em meados de 2018, segue uma tendência burocratizante da política urbana. Com isso, os projetos enfrentam entraves institucionais e regulatórios, e acabam por não lograr êxito na sua execução. Dessa forma, todos os planos diretores de São Luís insistem em não identificar os reais problemas que a capital ludovicense enfrenta. Inclusive, a Lei de Zoneamento (que serve para regular o uso e a ocupação do solo da cidade) não é atualizada desde 1992 e essa desvinculação dela com o Plano Diretor torna este problema ainda mais emblemático. A proposta do novo Plano Diretor de São Luís está com o Executivo Municipal, cuja expectativa é de que seja votada no plenário da Câmara dos Vereadores ainda neste primeiro trimestre. Ver esta publicação no Instagram Uma publicação partilhada por Simplicio Araújo (@simplicioaraujo)